O Professor e os Computadores no Ensino2. O Professor Enquanto Utilizador do Computador 2.1. O Professor e a Opção
Pelo E.A.C.
3. O Professor e a Produção de Programas Educativos 3.1. O Professor e os Sistemas de Produção
Individual
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A formação dos professores é assim fundamental e deverá
passar não só, por dar respostas a questões relacionadas
com o conhecimento da máquina, isto é pela consideração
da sua configuração física, pelo seu domínio
e das suas diversas potencialidades, mas também pelo conhecimento
das melhores formas de utilização do computador em determinadas
situações pedagógicas, com determinados alunos e determinado
espaço e uma unidade didáctica particular. Diversos autores
têm-se preocupado com o papel dos professores em contextos pedagógicos
que utilizam o computador (v.g. Alves, 1987; Anderson, 1990; Dwyer, 1974;
Green & Filinders, 1990; Lengen, 1985; Manion, 1986; Mendes, 1984;
Rushby, 1981;Sendov, 1988). A explicitação dos papéis
do professor enquanto utilizador, por um lado, deverá conduzi-lo
à descoberta ou redescoberta do seu lugar numa sociedade educativa
diferente, informatizada e com novas exigências em que poderá,
deverá, assumir outros papeis que não unicamente o de mero
transmissor de conhecimentos mas sobretudo o de animador da aprendizagem,
adoptando outras formas de diálogo com os alunos e mostrando disponibilidade
para contactos significativos para os outros (Kulik et al., 1984).
Por outro lado, enquanto produtor ou co-responsável na elaboração
de programas educativos o professor será, de certo modo, obrigado
a repensar a sua forma de ensinar.
Para a formação do professor é assim fundamental definir
todo um caminho que deverá começar, com certeza, pela compreensão
da natureza do computador mas que deve ter sempre como grande finalidade
o entendimento desta máquina em termos da sua segunda natureza
como um objectivo evocativo, um objectivo que fascina, perturba a paz,
e precipita a reflexão (Turkle, 1985, 13). Esta reflexão,
tão importante no desenvolvimento pessoal do formador, passará
pela sua capacidade de se colocar num futuro ou num
«Admirável Mundo Novo» em que, senão
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