programas

João Vieira


Alberto Pimenta

Ana Hatherly

Ângelo de Lima

António Aragão

António Barahona

António Ramos Rosa

Arnaut Daniel

Camilo Pessanha

Ernest Fenollosa

Ernesto Melo Castro

Ezra Pound

Fernando Calhau

Haroldo de Campos

Jorge Peixinho

José Alberto Marques

José Blanc

Liberto Cruz

Luis de Camões

Luís de Oliveira

Mário Cesariny

Nei Castro

Paul Éluard

Paul Valéry

Pedro Barbosa

Pedro Xisto

Salette Tavares

Silvestre Pestana

Wenceslau de Moraes

Pintor português, João Rodrigues Vieira nasceu em outubro de 1934, em Vidago. Em 1951 instala-se em Lisboa onde frequenta a Escola de Belas-Artes. Aqui trava conhecimento com alguns artistas ligados ao meio neorrealista, como Júlio Pomar e Lima de Freitas. Dois anos mais tarde retorna a Trás- os-Montes, pelo que interrompe o curso. Em 1956, após voltar para Lisboa, retoma a actividade artística e associa-se ao atelier de José Escada, de René Bértholo e de Lourdes Castro, conhecido por Grupo do Gelo. No ano seguinte, viaja para Paris e estuda na Académie de la Grande-Chaumiére, sob orientação de Henri Goetz, manifestando especial interesse pelo movimento da Arte Informal. Em 1959 é-lhe atribuída uma bolsa de estudos pela Fundação Calouste Gulbenkian, o que lhe possibilita colaborar com o pintor Arpad Szènes, também radicado em Paris. Nessa altura João Vieira integrava, juntamente com os antigos colegas do Grupo do Gelo (ao qual se associaram Costa Pinheiro, Jan Voss e Christo Javacheff), o grupo KWY. Realizam em conjunto exposições em Paris e em Lisboa e publicam uma revista.

As suas pinturas, sempre abstratas e de carácter gestual, apresentam elementos formais simples que são assumidos como signos elementares. A execução destes trabalhos com tinta espessa de intenso valor cromático aproxima-os das obras de alguns pintores informalistas. Mais tarde, João Vieira começa a introduzir letras nas suas pinturas, realizando também algumas esculturas em forma de caracteres tipográficos, de que é exemplo a exposição-instalação o "Espírito da Letra", apresentada em Lisboa em 1970 e que foi também objecto de uma performance durante a qual o artista destruiu a própria obra.

Neste período, João Vieira utiliza alguns materiais modernos que raramente eram utilizados nas artes plásticas, como o poliuretano (tipo de material plástico). Para além da pintura, da escultura e da performance, o artista interessa-se por outros tipos de expressões artísticas, como o cinema, o vídeo, o design e o teatro. Nesta área foi autor de algumas cenografias, dedicando-se também à encenação de algumas peças, o que lhe valeu a atribuição de alguns prémios como o Prémio do Círculo de Teatro Latino de Barcelona, em 1968 e o Prémio Nacional do Teatro, de 1971.

Foi professor de pintura no Maidstone College of Art, em Londres, no IADE e na Sociedade Nacional de Belas-Artes, em Lisboa. Em 1978 leccionou cenografia no Conservatório Nacional.

Entrevista com João Vieira:







joaovieira

ligações

3º programa

10º programa