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Ângelo Vaz Pinto Azevedo Coutinho de Lima (Porto, 30 de Julho de 1872 - Lisboa, 14 de Agosto de 1921 (49 anos)), pintor e poeta louco da revista Orpheu. Nasce no Porto em 1872, filho de Pedro Augusto de Lima e de Maria Amália Azevedo Coutinho de Lima.
Foi uma criança precoce e sonhadora. Em 1882, vai estudar para o Colégio Militar em Lisboa (aluno no 205). Em 1883, o seu pai morre louco (segundo Ângelo de Lima, a causa teria sido uma sífilis terciária). É também nesse ano, que se torna "muito onanista" e fumador, segundo confessa na sua curta autobiografia. Em 1888, é expulso do Colégio Militar, por repetente, e regressa ao Porto, onde frequenta as aulas da Academia de Belas-Artes, a que, segundo ele, "gazeteava notavelmente".

Em 5 de Setembro de 1902, o jornal O Dia publica um artigo sobre os alienados do Rilhafoles. Ângelo de Lima é descrito como tendo um aspecto triste e doentio, tomado de uma enorme depressão: "não me sinto bem, cada dia me parece um degrau descido a mais..." No hospital, escreve, desenha, e pinta (lastimosamente, segundo o Dr. Miguel Bombarda). Entretanto, os seus poemas, alguns com laivos simbolistas, mas outros com características marcadamente delirantes e surreais, repletos de neologismos, versos de sentido incompreensível, provocam a admiração dos futuristas que, em Junho 1915, em atitude provocadora para espantar o burguês lisboeta, lhe publicam alguns textos no no 2 da Orpheu.
Ângelo de Lima permaneceria internado no Rilhafoles até ao final da sua vida, aos 49 anos.

OBRAS
1984 - Poemas in Orpheu 2 e outros escritos, Hiena, Lisboa
1971 - Poesias Completas, Inova, Porto
1991 - Assírio e Alvim, Lisboa







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