O ideário do Novo
Humanismo
O
Movimento Humanista considera-se representante do Novo Humanismo ou Humanismo
Internacionalista,no qual confluem não só o
humanismo ocidental, mas também os contributos
humanistas de outras culturas. Por isso, os humanistas
são internacionalistas: aspiram a uma nação humana
universal. Não desejam um mundo uniforme, mas sim
múltiplo: múltiplo nas etnias, línguas e costumes;
múltiplo nas localidades, nas províncias e nas regiões
autónomas; múltiplo nas ideias e nas aspirações;
múltiplo nas crenças, no ateísmo e na religiosidade;
múltiplo no trabalho; múltiplo na criatividade.
As ideias principais do Novo
Humanismo estão contidas no Documento do Movimento Humanista e podem resumir-se da seguinte
forma:
* Os humanistas consideram
o ser humano como valor central e proclamam:
"Nada por cima do ser humano e nenhum ser humano
por baixo de outro!".
Se se coloca como
valor central Deus, o Estado, o Dinheiro ou qualquer
outra entidade, subordina-se o ser humano criando
condições para o seu ulterior controlo ou
sacrifício.
* A acção dos
humanistas parte das necessidades da vida humana e
não de teorias fantasiosas sobre Deus, a Natureza, a
Sociedade ou a História.
Os humanistas têm
este ponto claro: são ateus ou crentes, mas não
partem do seu ateísmo ou da sua fé para fundamentar
a sua visão do mundo e a sua acção.
* Os humanistas
colocam a questão de fundo: saber se se quer viver e
decidir em que condições fazê--lo.
Os humanistas dão a
maior importância à questão do sentido da vida,
face à resignação, à cumplicidade e ao absurdo.
* Os humanistas
conectam a sua vida pessoal com a vida social e nisso
radica a sua coerência.
Os humanistas não
perspectivam o indivíduo e a sociedade como
antinomias.
* Os humanistas
pensam no futuro, lutando pela superação da crise
geral do presente. São optimistas, crêem na
liberdade e no progresso social.
Os humanistas nâo
acreditam que tudo se comporá automaticamente. É na
compreensão da direcção do processo histórico que
radica a nossa fé no futuro.
* Todas as formas de
discriminação, manifesta ou larvar, são motivo de
denúncia para os humanistas. Todas as formas de
violência física, económica, racial, religiosa,
sexual e ideológica repugnam aos humanistas.
Os humanistas não
são violentos, mas sobretudo não são cobardes nem
temem enfrentar a violência porque a sua acção tem
sentido.
* Os humanistas
propõem a transformação radical daquelas
estruturas políticas e económicas que geram os
actuais problemas sociais.
Os humanistas são
conscientes de que hoje os poderes estabelecidos
tratam de destacar o secundário e, consequentemente,
ocultar as questões primárias.
* Os humanistas
lutam pela total transformação da absurda relação
entre o capital e o trabalho como factores de
produção.
Os humanistas não
seguem a opinião daqueles que sustentam que na
empresa só o capital corre riscos. Também os
trabalhadores arriscam o seu presente e o seu futuro
nos vaivéns da crise e do desemprego.
* Os humanistas
entendem que os lucros gerados nas empresas devem ser
reinvestidos, de modo a criar novas fontes de
trabalho.
Os lucros não
dirigidos para a expansão e diversificação da
empresa derivam para a especulação financeira. Os
trabalhadores devem exigir ao capital o seu máximo
rendimento produtivo. Porém, para que tal se torne
possível, a gestão e a direcção da empresa devem
ser partilhadas por ambos os factores.
* A nível
político, os humanistas postulam a passagem da
democracia formal vigente à democracia real.
Propõem um Estado federativo descentralizado e um
novo modelo de representatividade, baseado na
responsabilidade política dos representantes do povo
e na consulta popular, o plebiscito e a eleição
directa de candidatos.
Os humanistas lutam
para impedir que o Estado se converta em mero
instrumento do capital financeiro mundial e para
devolver à sociedade a sua autonomia arrebatada.
* Os humanistas
apoiam as minorias, exigindo que lhes sejam dadas as
garantias que merece a sua representatividade e que
se tomem medidas que favoreçam na prática a sua
integração e desenvolvimento.
Lutar pelos direitos
das minorias é lutar pelos direitos de todos os
seres humanos. Em todo o mundo, os humanistas
encabeçam a luta contra os fascismos e neo-fascismos
mais ou menos encobertos.
Os
humanistas são conscientes de que hoje os poderes
estabelecidos tratam de destacar o secundário e,
consequentemente, ocultar as questões primárias.
* Os humanistas
lutam pela total transformação da absurda relação
entre o capital e o trabalho como factores de
produção.
Os humanistas não
seguem a opinião daqueles que sustentam que na
empresa só o capital corre riscos. Também os
trabalhadores arriscam o seu presente e o seu futuro
nos vaivéns da crise e do desemprego.
* Os humanistas
entendem que os lucros gerados nas empresas devem ser
reinvestidos, de modo a criar novas fontes de
trabalho.
Os lucros não
dirigidos para a expansão e diversificação da
empresa derivam para a especulação financeira. Os
trabalhadores devem exigir ao capital o seu máximo
rendimento produtivo. Porém, para que tal se torne
possível, a gestão e a direcção da empresa devem
ser partilhadas por ambos os factores.
* A nível
político, os humanistas postulam a passagem da
democracia formal vigente à democracia real.
Propõem um Estado federativo descentralizado e um
novo modelo de representatividade, baseado na
responsabilidade política dos representantes do povo
e na consulta popular, o plebiscito e a eleição
directa de candidatos.
Os humanistas lutam
para impedir que o Estado se converta em mero
instrumento do capital financeiro mundial e para
devolver à sociedade a sua autonomia arrebatada.
* Os humanistas
apoiam as minorias, exigindo que lhes sejam dadas as
garantias que merece a sua representatividade e que
se tomem medidas que favoreçam na prática a sua
integração e desenvolvimento.
Lutar pelos direitos
das minorias é lutar pelos direitos de todos os
seres humanos. Em todo o mundo, os humanistas
encabeçam a luta contra os fascismos e neo-fascismos
mais ou menos encobertos.
*
Os humanistas propõem um tipo de sociedade flexível
e em constante mudança, de acordo com as
necessidades dinâmicas dos povos.
Os humanistas
opõem-se às posturas conservadoras que, fruto da
desorientação provocada pela actual mudança
vertiginosa, procuram referências no passado.
* Os humanistas
não querem amos; não querem dirigentes nem chefes.
Por seu lado, também
não se sentem representantes nem chefes de ninguém.
* Os humanistas
definem o Humanismo como uma teoria e uma prática
que visa a libertação do ser humano e
diferenciam-no do humanitarismo. Do mesmo modo,
traçam uma linha divisória entre o Humanismo e o
Anti-humanismo.
Os humanistas põem à
frente a questão do trabalho face ao grande capital;
a questão da democracia real face à democracia
formal; a questão da descentralização face à
centralização; a questão da anti-discriminação
face à discriminação; a questão da liberdade face
à opressão; e a questão do sentido da vida face à
resignação, à cumplicidade e ao absurdo.
Porém,
entre as aspirações humanistas e as realidades do mundo
de hoje levantou--se um muro. Chegou, pois, o momento de
derrubá-lo. Para isso, é necessária a união de todos
os humanistas do mundo.
Os
humanistas não são ingénuos nem se
engulosinam com declarações próprias de épocas
românticas. Nesse sentido, não consideram as suas
propostas como a expressão mais avançada da
consciência social, nem concebem a sua organização em
termos indiscutíveis. Os humanistas não fingem ser
representantes das maiorias. Em todo o caso, actuam de
acordo com o seu parecer mais justo, apontando às
transformações que crêem mais adequadas neste momento
que lhes cabe viver.
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