1. Introdução
2. Medir o desempenho de um telemóvel
3. Benchmarking usando aplicações específicas
4. Benchmarking usando aplicações típicas
5. Quem se interessa
6.
Presente vs. Futuro
7. Conclusões
8. Agradecimentos
9. Referências
10. Questões


Os testes de benchmarking utilizando aplicações específicas não são propriamente populares. O seu interesse é limitado já que, como foi mencionado, a performance não costuma ser um factor determinante na escolha de um telemóvel. São resultados geralmente mantidos desconhecidos do público em geral, estando reservados apenas para determinados usos. Mesmo em revistas da especialidade, que analisam com frequência vários dispositivos, a performance só é considerada uma característica decisiva quando é suficientemente baixa para não recomendar a aquisição do telemóvel. A nível de fabricantes, os resultados dos testes internos não são utilizados de modo promocional, já que o seu impacto é bastante limitado (é preferível anunciar as funcionalidade disponíveis).

É de esperar que, daqui a 2 anos, esta situação já não seja igual. À medida que o número de telemóveis com determinadas características aumente, o seu preço deverá baixar. Isto irá oferecer aos utilizadores uma gama variada de dispositivos aparentemente similares e com preços acessíveis. A partir deste momento, a possibilidade de escolher o dispositivo que querem será uma exigência dos utilizadores. E os factores de escolha deverão alterar-se substancialmente. Ao ser confrontado com a possibilidade de optar por um telemóvel entre vários com características parecidas, o utilizador irá querer obter mais informação sobre a performance de cada telemóvel. Pode-se comparar esta situação à que existe na actualidade no mercado dos computadores pessoais, em que a performance de um sistema é determinante para a sua aquisição. Isto poderá levar os próprios fabricantes a disponibilizarem os resultados de benchmarking dos seus telemóveis, já que passarão a ser material de marketing. Estes resultados também começarão a tornar-se conhecidos do utilizador normal, pois é de prever a sua utilização em publicações sobre este tema (como ocorre hoje em dia com as análises comparativas de computadores pessoais)

No entanto, não é tão óbvio o que deverá ocorrer em relação aos criadores de jogos. A popularidade de determinado telemóvel continuará a ser um factor determinante para o desenvolvimento de jogos, mas também deverão surgir outras opções. É perfeitamente compreensível que, por exemplo, uma determinada software house queira criar jogos que levem a tecnologia aos limites e para isso pretenda efectuar testes de benchmarking para ver até onde pode ir. Apesar disso, é improvável que esta venha a ser uma situação comum… a maior parte dos criadores de jogos deverá continuar a utilizar os seus próprios títulos para comparar os vários telemóveis, já que apenas lhes interessa o modo como um dispositivo corre as suas aplicações e não as características técnicas desse dispositivo.


 

 

 

Pedro Amaro e João Martins © '03