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Cerimonial
para um Massacre de Jorge Lima Alves "Bem , não é propriamente uma peça de teatro, é antes o argumento de um espectáculo... Eu diria mesmo que se trata do espectáculo de alguém que se dá em espectáculo. É a história ou a anedota de uma vida". Assim descreve o autor a sua peça em 1973. Provocante, agressiva, mexendo com todos os tabus da sociedade estabelecida e bem pensante, continua hoje tão perturbadora como naquela época de mudanças. Boa, portanto, para exercício de estudantes que, à época, ainda mudavam os coeiros e que são agora acusados de pertencer a uma geração rasca... Estudantes que compreenderam qual o cerimonial em jogo, e de que massacre se tratava, se dedicaram a massacrar, ritualizadamente e com todo o cerimonial, a tríade "Deus, Pátria e Família ", apelando à poesia e ao gesto para os salvar da mediocridade redentora . Como diz Artur que dizia Rimbaud, "... isto não quer não dizer nada." "
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