ADRO DA SÉ

    Subindo a Rua, encontra-se o Adro da Sé, considerado uma das mais belas praças de Portugal. Servem-lhe de enquadramento quatro nobres edíficios: a Varanda dos Cónegos e Torre de Menagem, a Sé Catedral, o Paço dos três Escalões (actual Museu de Grão Vasco) e a Igreja da Misericórdia. Formam um conjunto harmonioso, conferindo ao largo um sentido de interioridade, que convida à visita.
    Ao centro da Praça encontra-se o esbelto cruzeiro de granito. A primorosa coluna, tem na base o brasão do Bispo que tomou a iniciativa da sua construção, D. Júlio Francisco de Oliveira (1760).

  Sé Catedral
 
Monumento, cuja fisionomia actual é o resultado de inúmeras transformações de que foi objecto ao longo dos séculos, quer a nível construtivo, quer a nível decorativo.   
A base arquitectónica da Catedral remonta aos séculos XIII-XIV, em estilo Românico-Gótico, arrastando-se a construção por vários séculos.   
A fachada actual, veio substituir a anterior, manuelina, que sucumbiu vítima de um temporal em 1635. Em estilo maneirista, foi edificada segundo o traçado do arquitecto de Salamanca, João Moreno. Divide-se em três corpos, cujos nichos albergam as estátuas dos quatro evangelistas (lateralmente); do padroeiro da Catedral, S.Teotónio e a Nossa Senhora da Assunção(ao Centro). Enquadra um portal de arco abatido, que dá acesso ao interior do edíficio.   
É ladeada por duas pesadas torres, a do Relógio maioritáriamente românico-gótica, enquanto a dos sinos é contemporânea da fachada.  
Adro da Sé (Fachada Principal, Museu Grão Vasco-Esq.)
 
  Igreja da Misericórdia
 

  Frontal à Sé , ergue-se a majestosa Igreja da Misericórdia, cuja actual construção remonta ao séc.XVIII, estilo "Rocaille". A horizontalidade da fachada é apenas quebrada pelas duas torres sineiras. No interior, um arco cruzeiro separa a nave da capela-mor. Possui três retábulos, um principal e dois laterais, estilo Neoclássico, pintados a branco e dourado. É notória a sua ligação aos elementos arquitectónicos, o predomínio das linhas direitas e a sobriedade decorativa.
  No trono do retábulo-mor repousa a imagem de Nossa Senhora da Misericórdia, que protege um par de pobres ajoelhados a seus pés, obra do séc.XVIII. Na nave, ainda se encontra a banqueta do orgão Barroco, recentemente perdido vítima de um incêndio.  
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