No meio de tanta variedade, existe uma plataforma que, por razões históricas obscuras, se no standart de facto nos dias de hoje: o PC (Personal Computer) com sistema operativo DOS/Windows, e resolução 640x480 pixéis.

Os sistemas Unix têm a supremacia nas áreas científicas e tecnológicas, e em servidores de rede.

Ambientes ‘alternativos’ incluem o Apple Macintosh, Commodore Amiga, consolas de jogos... Quanto ao futuro, vêm aí o video-on-demand, a WebTV, a televisão interactiva.

Requisitos que caracterizam uma plataforma:

• fabricante e modelo da máquina
• tipo e velocidade do processador
• sistema operativo, e versão
• quantidade de memória RAM
• espaço em disco rígido (e velocidade...)
• drive de CD-ROM (e DVD-ROM), velocidade (e capacidade)
• acesso remoto (intranets, internet, ...), e velocidade
• resolução e número de cores do ecrã
• tratamento de som (8-16 bits, mono/stereo, compressão)
• capacidades multimédia (full screen video, MMX, ...)
• necessidade de outro software instalado - extensões habituais do sistema operativo (DirectX, browser, plug-ins ao browser, ...)

Existem algumas abordagens que tentam resolver o problema de restringir o público-alvo ao escolher uma plataforma: de um modo genérico podem chamar-se aplicações multi-plataforma, que variam entre duas filosofias:

• O sistema autor pode produzir versões diferentes para plataformas diferentes (e.g. Macromedia Director); a um nível mais baixo, podem usar-se livrarias de funções C/C++ que permitem compilações separadas em plataformas diferentes.
• Emular a plataforma. Por exemplo, o PowerPC pode emular o MS Windows graças ao SoftWindows; de modo que uma aplicação para Windows passa a funcionar numa plataforma diferente daquela para a qual foi concebida. Uma variante, mais interessante, consiste no conceito de máquina virtual (VM), como é usada no Java. A aplicação é executada (interpretada) num ambiente definido pela VM; bastam existir VM’s para várias plataformas para que a aplicação funcione nessas plataformas. Mas não há bela sem senão. E neste caso o preço é a performance conseguida. Os sites web seguem esta filosofia: a aplicação (o HTML) é executado por uma VM (o browser), e o browser é que varia entre as várias plataformas.

No caso duma aplicação multiplataforma, torna-se necessário resolver as incompatibilidades entre as plataformas; se elas são resolvidas da melhor maneira (de um modo subtil, afectando o menos possível a execução da aplicação) obteve-se graceful degradation: perdem-se algumas funcionalidades características da aplicação, mas ainda é possível tirar proveito dela. Esta característica está na base do HTML: muito embora a página web possa ter imagens, tabelas, Java, Scripts, alguns browsers não os reconhecem; no entanto ainda é possível obter (alguma) informação. Nalguns casos (frames, plug-ins) devem ser feitas versões alternativas.