Universidade de Coimbra
Departamento de Engenharia Informática
Sistemas Multimédia
 
 
 

Video-on-Demand
 
 
 

Nelson Manuel Marques dos Santos

Coimbra, 03/06/98.


 



 

Indice
 

1- Introdução

2- O que é o Vídeo-on-Demand

3 - Requerimentos de um sistema Video-on-Demand

4 - Arquitectura de um sistema Video-on-Demand (Ver Fig. 4).

4.1 - Sistema Centralizado Vs. Sistema Distribuído
4.2 - Escalabilidade
4.3 - Componentes do sistema

5- Funções interactivas fornecidas pelo serviço VoD.

6 - Tipos de Video-On-Demand

7 - Diferença entre o Video-on-Demand e o Pay Per View

          8 - Novas Tecnologias: RAIDs 9 - Alguns sistemas experimentais em fase de teste

10 - O teste do Video-on-Demand em Taiwan

11 - Bibliografia

12 - Conclusão

          13 - Anexos
 
 
 
 
 

1- Introdução

Com o surgimento de novas tecnologias e o melhoramento das já existentes, começa a ser possível, hoje em dia, por em practica algumas das ideias que tem vindo a surgir no cérebro dos mais criativos. Uma de essas ideias e que até poucos anos, parecia só um sonho, torna-se agora numa realidade, se bem que ainda não completamente difundida e enraizada nos nossos lares, mas que vai em vias disso. Estamos a falar do Video-on-Demand, ou seja a possibilidade de ver qualquer filme, a qualquer hora do dia, no nosso aparelho de televisão, simplesmente pedindo-o a um fornecedor deste serviço, na comodidade do nosso sofá, servindo-nos do nosso comando da televisão.

Eis aqui uma nova maravilha das novas tecnologias. É que com este produto, conseguimos libertar-nos dos horários impostos pelas estações de televisão actuais, os quais muitas vezes não nos servem. Por tanto assim, podemos continuar a ver o nosso filme que da as 22h, noutra hora qualquer e não perder a festa de anos de um amigo.

Mas há ainda muito a fazer para implantar esta tecnologia de uma forma mais consistente, falta ainda uma política de marketing eficiente, assim como também, é necessário que os diversos testes que se tem efectuado em várias cidades do mundo continuem a ter êxito e por outro lado é ainda importante que se continue melhorando as tecnologias necessárias para implementar o Video-on-Demand; para que este consiga alcançar melhores desempenhos ainda.

Ao longo deste trabalho, falaremos sobre o estado actual desta tecnologia, das técnicas necessárias para a sua implementação, das suas componentes, de alguns testes feitos e do futuro que se espera para o VoD.
 

2- O que é o Vídeo-on-Demand

Vídeo on Demand é um pequeno sistema englobado numa estrutura maior que é a tecnologia interactiva multimedia, que está na actualidade a conquistar os sistemas de informação em todo o mundo e que integra serviços de informação isolados como a TV, o telefone, empresas de acesso a Internet/WWW e outros serviços de telecomunicações num único serviço.

VoD é um dos mais avançados serviços de telecomunicações actuais e emerge como um dos mais promissores serviços que podem ganhar amplia aceitação no mercado. Este serviço pode ser considerado como um serviço electrónico de aluguer de cassetes de vídeo. Em lugar de haver uma procura física e a devolução da cassete, os clientes podem aceder a filmes codificados electronicamente através de redes de alta velocidade, sem abandonar o conforto das suas casas. A informação em formato vídeo é armazenada em nodos de armazenamento de informação, distribuídos pela rede.

O sistema VoD permite a um utilizador ver o seu filme preferido usando uma unidade de controlo remoto, em qualquer instante. É um serviço assegurado em tempo real. Para ver um filme, procura-se numa ampla lista de filmes que apareceram no ecrã da T.V. Depois é só escolher um, e o seu custo será logo somado a conta mensal.

Como é uma tecnologia relativamente recente, O VoD está carente de uma standarização universal; mas já existem algumas standarizações de-facto.

Algumas das aplicações do Vídeo-on-Demand hoje, são:
• Prover filmes a pedido
• Noticias locais e estado do tempo
• Jogos, música e lazer
• Educação e ensino a distância
• Comércio electrónico e outros serviços de consumo
• Serviços de bancos

Até agora tem se tido algumas dificuldades que tem impedido uma maior difusão do VoD: Os custos proibitivos da codificação e descodificação (converter um sinal analógico para um digital e vice-versa) e do armazenamento. Mas com os avanços nas tecnologias espera-se que muito pronto o VoD possa alcançar grande difusão. As seguintes empresas estão a desenvolver tecnologias VoD: Ameritech , Bell Atlantic, Bellcore, Bell South, Digital Equipment Corporation, Hewlett Packard Corporation, IBM, Intel, Microsoft, Oracle Corporation, Pacific Bell, SGI, Southwestern Bell, Sun.

Como principais vantagens do Video-On-Demand em relação aos sistemas tradicionais podemos realçar o controlo e liberdade para o utilizador; a flexibilidade e eficiência no uso e a correspondência entre o sistema e o mundo real.
 
 

3 - Requerimentos de um sistema Video-on-Demand

4 - Arquitectura de um sistema Video-on-Demand (Ver Fig. 4).

4.1 Sistema Centralizado Vs. Sistema Distribuído. (Ver Figs. 1 e 2)

O sistema VOD pode ser implementado como um sistema multimédia centralizado ou distribuído. No modo centralizado, os servidores e os ficheiros multimédia estão localizado num único sitio, é aqui donde chegam todas as requisições através da rede e a partir de donde se enviam os filmes para os clientes. Este modo é muito fácil de gerir, mas obtêm muitas vezes uma pobre escalabilidade, assim como grandes atrasos na rede e uma baixa taxa de transmissão. No modo distribuído são adicionados servidores locais que tem capacidade de buffering, podendo assim armazenar os filmes mais populares de modo que possam assim ser acedidos mais rapidamente. Neste modo, serão os servidores locais que tratarão os comandos dos clientes e lhes enviarão o filme se o tiverem, se não é que irão chamar servidores remotos. Este modo complica a gestão mas torna-se mais eficiente pois reduz os atrasos e congestões na rede. Agora os dados e o processamento dos servidores estão mais perto do cliente. A escolha de o modo mais conveniente deverá ser feita com base nas capacidades de armazenamento disponíveis, dos sistemas de comunicação, dos custos, do tipo de aplicações.; mas não haja dúvida que em qualidade de serviço o modo distribuído leva grande vantagem

4.2 Escalabilidade

É completamente impensável pensar que um simples servidor será encarregue de armazenar todos os dados e prover serviços interactivos para milhares de usuários. Isto porque para suportar uma simples sessão de VoD, são requeridas substanciais quantidades de armazenamento e largura de banda. E por outro lado, o armazenamento local em cada PC dos usuários não é possível devido ao seu elevado custo. Portanto distribui-se os dados por múltiples pontos de acesso que incrementam assim a capacidade dos dispositivos de I/O para suportar estas sessões interactivas.

4.3 Componentes do sistema.

O sistema Video-On-Demand consiste de três entidades principais: clientes, servidores e a rede. As quais se subdividem em vários componentes e interfaces.

Interface de Rede: Permite ao cliente receber os dados do servidor e faz a tradução dos comandos introduzidos pelo utilizador em sinais que possam ser transmitidos pela rede.

Descodificador: Por problemas de espaço em disco e de trafego na rede, os filmes são codificados antes de ser guardados. Por tanto é necessário um descodificador que os descodifique para que possam ser vistos pelos clientes.

Buffer: Devido as variações no atraso da transmissão de dados na rede, nunca se pode saber ao certo o tempo que demorará uma stream a ser enviada. Como o VoD tem que garantir uma continua reprodução nos filmes sem atrasos, para evitar perdas de qualidade é necessário a utilização de um buffer que guarde algumas das streams seguintes, evitando a necessidade de uma contínua ida ao servidor a procura da próxima stream, o qual pode provocar atrasos significativos.

Hardware de sincronização: ficará encarregue da sincronização entre as streams de imagem e as streams de vídeo que correspondem a cada filme.

Um servidor deste tipo tem diferenças significativas com um servidor tradicional de base de dados porque tem que executar um número adicional de funções para lidar com a interactividade tais como: o controlo de admissão, o tratamento dos pedidos, o envio da resposta, garantir a transmissão dos streams, encriptação dos streams e suporte das funções comuns de um aparelho de vídeo.

Outra característica especial deste servidor é que necessita suportar muitos utilizadores a verem o mesmo programa em instantes diferentes. Para possibilitar isto, existem duas abordagens diferentes: uma consiste na criação de várias cópias de um programa, donde cada uma servirá um cliente. Outro método é a divisão do vídeo em pequenas tiras que se encontrem em discos diferentes. Quando muitos utilizadores quiserem aceder ao mesmo programa podem fazê-lo simultaneamente tirando informação dos diferentes discos duros.

Como técnicas de compressão de vídeo são usadas a MPEG-2 e a Quick-Time, mas quase sempre a MPEG-2, que permite comprimir vídeo sem provocar perdas de qualidade, enquanto a Quick-Time disponibiliza uma transmissão muito mais rápida mais comprometendo a qualidade da imagem.

A rede de acesso que interliga os servidores aos clientes, pode ser implementada com duas ligações: uma que vai do servidor aos nodos locais (usam-se redes ATM geralmente) e outra que vai dos nodos locais para cada cliente em específico (usa-se ADSL geralmente).

O Headend vai assegurar a transparência da informação através da rede: para isso recebe os vídeo streams do servidor, os quais são modulados e combinados com sinais analógicos CATV convencionais, e depois envia o sinal analógico combinado resultante para os clientes através da rede.

Actualmente, as tecnologias de rede mais usadas para transferir dados no sistema VoD são a ATM, ADSL e ainda a ISDN.

ISDN (Integrated Services Digital Network): oferece comunicação sobre a linha telefónica existente. Ainda que não foi desenhada para sistemas VoD tem sido alvo de vários testes. É uma solução que tem um desempenho menor, mas que vai ao encontro dos recursos mais disponíveis hoje em dia, a linha telefónica ainda é actualmente o meio de comunicação por rede mais amplamente distribuído.

ATM (Asynchronous Transfer Mode): é uma das mais promissoras tecnologias para integrar trafego em tempo real (voz e imagem) em comunicações de dados convencionais, pois permite grande flexibilidade para tratar diferentes necessidades de transmissão e para manter elevadas taxas de transmissão.

ADSL (Asymmetric Digital Subscriber Loop): usa também linhas telefónicas convencionais e alcança taxas de transferência bastante elevadas, na ordem dos 6 Mbps.

Existem ainda as tecnologias HFC (Hybred Fiber Coax) e SONET, que usam fibra óptica.
 
 

5- Funções interactivas fornecidas pelo serviço VoD.

São praticamente iguais as disponibilizadas pelos aparelho de vídeo normais:

1. Stop : Acaba a reprodução sem mostrar imagem nem som.

2. Play/Resume : Começa a reprodução desde o começo ou continua depois de uma paragem.

3. Pause : Retêm a reprodução sem mostrar imagem.

4. Jump Forward : Salta para algum sitio do filme que está a frente na reprodução sem mostrar imagem nem som.

5. Jump backward : Salta para algum sitio do filme que está atrás na reprodução sem mostrar imagem nem som.

6. Fast Forward (FF) : Adianta a reprodução mostrando imagem e som.

7. Slow Down : Reproduz o vídeo para a frente mas de uma forma muito lenta com som e imagem.

8. Reverse : Faz a reprodução no sentido inverso com imagem e som.

9. Fast Reverse (REW) : Atrasa a reprodução mostrando imagem e som.

10. Slow Reverse : Reproduz o vídeo para trás mas de uma forma muito lenta com som e imagem.

Outras funções incluem a habilidade para evitar ou seleccionar anúncios publicitários, para investigar sobre novas noticias de multimédia, por exemplo; e para procurar, escolher e requisitar filmes.
 
 

6 - Tipos de Video-On-Demand

Entre o tradicional broadcast da TV normal e os serviços de pay-per-view, encontramos os diversos tipos de Video-on-Demand:

True-Video-on-Demand (TVOD): Num sistema TVOD, o utilizador tem o controlo absoluto sobre um programa multimédia, que inclui funções tais como adiantar ou atrasar uma reprodução, parar, adiantar mais rapidamente e posicionar a reprodução aleatoriamente. Cada utilizador é alocado num canal único, do qual o utilizador fica como dono até acabar o programa multimédia. A principal vantagem deste modelo é que permite total interactividade para os usuários, ainda que o número de utilizadores que podem usufruir do serviço, ao mesmo tempo, é limitado pelo número de canais disponíveis. Por este motivo, é de esperar que muitos potenciais utilizadores, não consigam aceder ao serviço, situação denominada como "blocking".

Near-Video-on-Demand (NVOD): Permite a distribuição de programas multimédia a um relativo baixo custo. Uma cópia de cada programa multimédia é iniciada cada intervalo de tempo T. Todos as streams do mesmo programa são enviadas por broadcast ao mesmo tempo em vários canais multimédia. Quando um utilizador requestar o programa multimédia, o seu acesso será atrasado até o inicio do próximo stream, o qual terá como máximo T unidades.

Partitioned-Video-on-Demand (PVOD): Combina as vantagens dos sistemas TVOD e NVOD, que são a interactividade e a capacidade. A ideia base deste modelo é particionar os canais digitais em dois grupos: um grupo para serviços NVOD e outro para serviços TVOD. Os canais NVOD são usados para fazer o broadcast dos filmes mais populares usando o modelo NVOD. Os utilizadores têm controlo limitado sobre esses programas. Os restantes canais são usados pelos serviços TVOD, onde o usuário detêm o controlo absoluto dos programas.

Dynamically-allocated-Video-on-Demand (DAVOD): É uma extensão do modelo PVOD. Neste novo modelo quando o utilizador está a ver um programa da lista de NVOD, pode requerer total interactividade com este programa a qualquer instante. Se houver algum canal disponível, o utilizador será trocado para o grupo de canais TVOD, o qual lhe vai oferecer total interactividade.

O sistema NVOD não requer de mudanças nas redes de TV por cabo, existentes hoje em dia. O mesmo não acontece com os outros serviços que requerem um sistema de "switching" que deverá ser instalado para suportar a comunicação bidireccional.

Ainda no modelo TVOD, podemos distinguir dois tipos de serviço:

7 - Diferença entre o Video-on-Demand e o Pay Per View

Ambos, são sistemas donde se paga para ver filmes, que são os mesmos para os dois sistemas. Só que os filmes oferecidos pelo Pay Per View são reproduzidos em certos tempos, enquanto que o Vídeo on Demand permite aos utilizadores aceder e ver um filme a qualquer momento que eles queiram

Até hoje o Pay Per View tem sido o sistema utilizado por defeito, enquanto que o Vídeo on Demand não tem estado muito disponível. Com o surgimento rápido das novas tecnologias começa a ser fácil para os potenciais clientes esperar por um novo standard, resultado da combinação destes dois sistemas num único, que oferece os benefícios de um e outro sistema. Este novo sistema é o denominado "Request Cinema".
 
 

8 - Novas tecnologias: RAIDs (Ver Fig. 8)

O atraso na gestão dos dados vem do tempo que se demora a procurar os dados requisitados no disco e da largura de banda disponível para ler os dados.

Uma nova tecnologia para melhorar o desempenho do serviço VOD é o RAIDs (Redundant Arrays of Inexpensive Disks), usada para alcançar um mais eficiente armazenamento e uma mais eficiente resposta aos pedidos. RAIDs baseia-se na transferência paralela desde um array de drives para suportar altas taxas de transferência na transmissão dos dados.
 
 

9 - Alguns sistemas experimentais em fase de teste

Testes como estes, possibilitam a exploração de possíveis dificuldades técnicas que possam aparecer, e que podem ser resolvidas antes de implementar este serviço a larga escala.
 
Localidade Empresa Descrição
Orlando, Florida Time Warner Sistema VOD via cabo
Northern Virginia Bell Atlantic Sistema VOD usando ADSL
Cerritos, California GTE Sistema VOD simples usando VCRs
Montreal, Canadá Videoway Sistema VOD limitado via cabo
New York Ninex and Dow Jones Sistema VOD para distribuição de notícias

 

10 - O teste do Video-on-Demand em Taiwan:

Para familiarizar-nos melhor com os sistemas VOD, apresenta-se aqui um dos testes mais importantes realizados até hoje:

Este teste foi desenvolvido por "the Science-Based Industrial Park, Hsinchu, Taiwan, ROC. E conduzido por "Computer & Communication Research Laboratories (CCL), Industrial Technology Research Institute (ITRI).

Os mais importantes requerimentos deste teste são um sistema end-to-end e um sistema aberto. Sistemas abertos permitem que uma grande variedade de servidores de vídeo e set-top boxes sejam integrados num sistema.

Podemos caracterizar cada uma das entidades do sistema:
 
 

- Servidor de vídeo:

Largura de banda: 50 streams a 3 Mb/s

Concorrência: 20 utilizadores a aceder ao mesmo programa concurrentemente.

Transporte de dados: Usa streams com formato MPEG-2 para o transporte. Mas pode transportar streams com formato MPEG-1.

Armazenamento de dados: tem capacidade para 50 filmes de 2 horas em formato MPEG-2. Usa um sistema de ficheiros hierárquico.

Interface de rede: usa a rede ATM baseada em switch network

- Rede de dados: Compreende o Headend e uma rede de acesso HFC (Hybrid fiber coax). Os vídeo streams são empacotados a partir do servidor em células ATM e transportadas para o headend. Aqui as células ATM são moduladas por "Quadrature Amplitude Modulation (QAM)" e são combinadas com sinais analógicos CATV convencionais, depois o headend envia o sinal analógico combinado para os clientes (set top box) através da rede HFC, que actua sobre fibra óptica.

Características da rede HFC:

  1. Analog CATV broadcasting: 50~550MHz
  2. Digital VOD channels: 550~750 MHz
  3. Upstream control signal: 5~35 MHz.
Características do Headend:
  1. Processamento do sinal: Provê funções de comutação, multiplexagem e modulação.
  2. Ligação: Estabelece e gere as ligações de transporte entre o servidor de vídeo e as STBs.
  3. Menu: Apresenta aos clientes um menu da informação disponível pelos provedores.
  4. Combinação de sinal: combina vídeo digital com broadcasting analógico CATV.
  5. Operação, administração e manutenção: provê funções tais como alocação de recursos, gestão de rede, etc.
- Set-top box: Localizada no cliente, extrai o vídeo em formato MPEG-2 desde as células ATM, descomprime-o e comunica com o servidor interactivamente.

Características das STBs.

  1. Descodificação de áudio: o formato básico de dados áudio para ser aceites pelos STB são o MPEG-1 ou MPEG-2.
  2. Descodificação de vídeo: A STB aceita e processa correctamente MPEG-2.
  3. Transporte da stream: a sincronização de áudio e vídeo e feito pela stream de transporte MPEG-2.
Entrega de vídeo: Inicialmente o vídeo está no formato MPEG-2 e armazenado no servidor. Quando o utilizador requisita um filme, o servidor encapsula o vídeo numa célula ATM com 48 bytes e envia-o para uma nova rede. O módulo OC no headend converte os sinais ópticos para sinais eléctricos e extrai as células ATM da rede. Estas células são logo enviadas para o módulo QAM donde o sinal digital é modulado para o sinal analógico a 6 MHz de largura de banda. Existem 9 módulos QAM e 9 canais QAM para o módulo de cabos, no qual cada canal QAM é encaminhado para cada para o canal apropriado e é combinado com o sinal analógico da T.V. através de um combinador. Os sinais combinados são o output para a rede HFC.

Preparação do conteúdo: Um computador sem software não nos serve para nada, assim é umVOD sem conteúdo. O conteúdo pode dividir-se em: filmes-Express; Pop Music e

Notícias ao instante. A preparação do conteúdo pode dividir-se em:

  1. Criação e captura do conteúdo. 3) Autorização.
  2. Edição de Conteúdo. 4) Carregamento do conteúdo.
- Integração de sistemas:

Um sistema envolve uma variedade de tecnologias, tais como redes, comunicações, computador, vídeo, software mas também conteúdos e programas. Devido a proliferação de empresas o aspecto da compatibilidade começa a adquirir importância.

Na China surge um problema, porque os sistemas VOD não provêm as fontes chinesas.

A latência deste sistema está no rango entre 1 e 2 segundos. Está-se a tentar chegar a 1 segundo. Uma latência acima dos 3 segundos já se revela insatisfatória para o serviço.
 
 

11 - Bibliografia
 

12 - Conclusão

Estamos no futuro. Imagina um fim de semana em casa. Tu acabaste de tomar o lanche e sentaste-te em frente da televisão. Tu ligas-a. Não vês nada interessante. De pronto lembras-te de um bom filme que o Pedro te recomendou no bar, carregas então nums quantos botões no teu comando da T.V e o filme começa, tu deitas-te no sofá com um copo de Martini na mão, e ficas relaxado por um par de horas.

O futuro não está muito longe. De facto, já estão criadas as bases para o desenvolvimento desta ideia excitante, o Video-on-Demand, agora é só esperar por algumas melhorias em certas tecnologias a fim de que se consiga levar este sistema à maioria dos lares do mundo.

Mas não deixa de ser um sistema com muitos e fortes requerimentos ao nível de rede, largura de banda, armazenamento em disco, compressão de dados, transmissão em tempo real, escalabilidade, etc. factores que são críticos e necessitam ser cuidados ao pormenor para obter desempenhos óptimos.

O VoD é um sistema super inovador que permite a interactividade, num mundo donde as crianças cada vez mais se sentem atraídas por estas novas tecnologias, é de esperar que daqui a não muito tempo este serviço será tão usado como o telefone ou a luz eléctrica.
 
 

ANEXO

Fig. 1 Um sistema Video-on-Demand Centralizado.


 
 

Fig. 2 Um Sistema Video-on-Demand Distribuído.


 
 
 

Fig. 3 Arquitectura completa de um sistema Video-on-Demand


 
 
 
 

Fig. 4  Modelo de rede de um sistema VoD.


 
 

Fig. 5   Estrutura típica de um servidor VoD.


 
 

Fig. 6   Fluxograma de um servidor de VoD.


 
 

Fig. 7  RAIDs
 


 



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