Máscaras por Rialian O preço da ignorância é a perda de conversa inteligente. Eu não falo de ignorância em termos de conhecimentos acerca de outros, mas de uma ignorância do que se passa dentro de nós, da verdadeira motivação por detrás das caras multifacetadas que nós mostramos em batalha. Às vezes sentimos tanta necessidade de criar estas caras, de assumir titulos e defender honras, que perdemos a capacidade de percepção da doença que todos carregamos e que está à vista de todos. Nós perdemos a capacidade de perceber a razão principal da formação da máscara: que foi formada para que nós saibamos do que mais precisamos de melhorar e deixar de lado para que possamos criar uma máscara mais aproximada ao que precisamos de curar. Mascaras fae são máscaras que não escondem, elas revelam-nos muito mais. Elas são prismas que iluminam as nossas almas para que possamos andar com o nosso coração à nossa vista. Assim que ficamos enamorados pela máscara, nós seguimo-la para a ignorância e perdemos a capacidade de conversar verdadeiramente, de sermos capazes de olhar para as máscaras à nossa volta e sermos capazes de descobrir a beleza dentro dos olhos e na substância das máscaras que todos usamos. Quando isto acontece, esta ignorância, nós começamos a associar a máscara com a única verdade, a que tem de existir, o objectivo, o amor ou o medo de algo. Nós começamos a ver a nossa máscara nos outros e começamos a tentar tentar mudar ou adorar qualquer acção ou inacção. Nós convencemos os outros da nossa visão e fazemos com que a nossa doença seja o deus público, e o outro que não o é, o mau, o preconceituoso, o que nos desaponta. A nossa capacidade de conversar, de inter-relacionar, é prejudicada e formamos o nosso próprio mundo tentado esconder a nossa desilusão, o que nos leva abaixo o caminho de dissolução, de separação dos mundos de onde ganhamos a substância de que vivemos. E ficamos ocos e vazios. Eu rezo para que todos percebamos que somos todos máscaras, que vivemos através delas e que as deixamos de lado quando acabamos. Nós não somos as máscaras. Elas exprimem-nos no momento em que precisamos de nos perceber. |