No início, todas as funcionalidades das redes de comunicação eram implementadas a nível de hardware. O software tinha como única tarefa a supervisão das funções implementadas, bem como a correcção de alguns outros detalhes da comunicação. Devido às dificuldades de interligação de dispositivos de origens diferentes esta metodologia tornou-se difícil e rapidamente obsoleta. A solução estava na delegação integral do controle da comunicação para o software, mais flexível e barato do que o seu antecessor em hardware. Para reduzir a complexidade do desenvolvimento do software de rede, foi organizado como um sistema de camadas com funcionalidades distintas. Esta topologia garante que a camada inferior vai proporcionar uma abstração dos detalhes implementacionais da comunicação à camada superior, através da oferta de vários serviços. Paralelamente, o software de rede garantia, ainda, a comunicação entre camadas equivalentes em diferentes sistemas, através de protocolos de rede. Esses, definem acordos entre camadas equivalentes sobre o modo como a comunicação se processa, bem como os recursos utilizados pela mesma.
A transmissão própriamente dita não é assim tão linear. Quando uma camada quiser transmitir informação para outra equivalente noutro sistema, ela passa-a para a camada inferior que a processa. Esta passagem de informação entre camadas contíguas volta a existir até que a informação chegue à última camada (ou primeira, confome o ponto de vista), que transmite físicamente a informação recebida sobre um meio físico de transmissão. Do outro lado, a camada equivalente recebe a informação e faz com que a mesma passe pelo processo inverso até chegar à camada desejada. Ao conjunto de protocolos utilizados pela rede chamamos de pilha protocolar e, em conjunção com as camadas e respectivos serviços é definida a arquitectura de rede usada.
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Departamento de Engenharia Informática |
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