Rancho Folclórico da Casa do Povo da Palhaça
De vento em Popa

O Falcaçar quis saber um pouco da vida deste movimento rico em cultura e também algo sobre o próximo Festival de Folclore.

Falcaçar: Mais uma vez o Rancho Folclórico da Casa do Povo da Palhaça, vai realizar o Festival de Folclore, desta vez incluído no Mês Cultural da Palhaça. Como vai ser este Festival em relação aos anteriores?

Rfl: Este 16º Festival vai ser realizado no próximo dia 27 de Junho; na nossa opinião, os festivais têm vindo a crescer sempre com ranchos diferentes e de diferentes zonas do País para que a freguesia se aperceba da magnífica cultura que o País têm. Este ano, de facto integrado no mês cultural da Palhaça, este festival vai ter a presença de Ranchos da zona de Oeiras, Sever do Vouga, Minho e do Ribatejo. Sem querer ter preferências por qualquer Rancho, chamo à atenção do facto de termos encontrado no Rancho da zona do Ribatejo "Cojo", em 1997, uma Família descendente da Palhaça e esperamos descobrir, aqui na Palhaça, quem é a sua Família, porque de facto nós não conseguimos na altura.

Falc: Quinze Festivais já realizados com o sucesso que se viu, atraindo Pessoas comple-tamente diferentes, como se conseguem realizar tais eventos?

Rfl: O rancho é uma escola, e isto deve-se à simples abertura do rancho à comunidade.

Falc: Passando agora para o Rancho em si e sabendo que a Juventude é a pedra fundamental, como é que vocês conseguem arrastá-los para os ensaios aos Sábados á noite e também para as actuações na época alta do Verão?

Rfl: Uma das coisas que agrada registar e enaltecer, desde há 16 anos e tirando momentos muito pontuais, o Rancho ensaia ao Sábado e raramente os jovens faltam, o que quer dizer que os jovens encontram aqui um espaço onde se sentem bem.

Falc: Porque é que pessoas que já fizeram parte do Rancho quando vêem o rancho da Palhaça actuar e mesmo por muitas vezes que sejam sentem algo emocionante ao ponto de ficarem com uma "Lágrima no canto do olho"?

Rfl: Isso é sinal de que gostaram, é sinal que o Rancho não ficou zangado, é um sinal de ligação entre todos aqueles que fizeram e fazem parte do Rancho, fazendo deste uma escola.

Falc: Ao fazerem as Vossas digressões por esse País fora, sentem que as pessoas que vos vêem, recebem a cultura do Concelho, a cultura da Palhaça?

Rfl: Pensamos que sim, que as pessoas recebem as nossas tradições, as nossas danças e os nossos cantares. O que nós levamos principalmente é sobre a Palhaça, a sua História e as suas gentes.

Falc: Qual é o ponto da situação do Rancho ao longo destes anos , em relação ao meio em que está inserido?

Rfl: Desde que rancho nasceu, eu o acompanhei de uma maneira directa ou indirecta, sempre houve problemas e ainda há, mas quero deixar aqui uma homenagem a todos aqueles que por aqui passaram sem esquecer ninguém, e até mesmo as Famílias de todos nós. Todos eles têm um lugar junto de nós.

Quero também enaltecer o trabalho dos Jovens que hoje estão no meio de nós e que de facto são o futuro do nosso Rancho.

Ficamos, assim, a saber que muitas são as histórias que as pessoas do rancho têm para nos contar. Sabemos também que o Rancho é um meio fundamental para levar a cultura das gentes da Palhaça. Continuem assim, Rancho Folclórico da Casa do Povo da Palhaça.

Sérgio Pelicano