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Da antiga catedral romântica de Lamego resta a torre. pois que a primitiva construção sofreu profundas alterações em mais do que uma época. 

Virgílio Correia, no seu livro "Monumentos e Esculturas" refere, em particular, a torre: "A silharia que a compõe está toda siglada, e três das suas paredes são vasadas da janelas de arco aguçado ou trilobado". E mesmo este monumento foi subido um pouco pelo bispo D. Manoel de Noronha, que lá deixou assinalada a obra com o seu escudo de armas. 

Por muito tempo serviu de cadeia, até que D. Frei Feliciano de Nossa Senhora, bispo de Lamego de 1742 a 1771, "mandou fazer aljube para guarda dos culpados, tirando-os da torre dos sinos, cárcere tenebroso, que mais parecia sepultura dos mortos". 

Altos estão os sinos, daqui não reparamos neles senão quando repicam, cantando festivos, ou quando dobram, sombrios de tristeza.

Nos oito olhais da torre estão, hoje, sete sinos. Na fachada principal, os dois grandes bronzes são do pontificado de D. João António Binet Pincio (1786-1821): a um chamam "do Senhor Bispo", ao outro, o "sino grande" que é tangido quando o Senhor do Paços vem à Sé.

Foi este "sino grande" que nos lembrou, agora, uma tradição arquivada por Bernardino Zagalo nas suas "Telas Antigas", de um velho sino da torre da Sé lamecense. 

Nos fins da Era de Quinhentos, logo a subida e à direita da rua Pereira - mais antiga do que a Era - feita e cozida a forma, estavam em fusão o cobre e o estanho para um novo sino o, que iria servir nas funções mais solenes da catedral. Fidalgo e interessado no engrandecimento da Sé lamecense, o bispo D. António Telles de Menezes quis que o novo sino superasse os das demais cidades episcopais. Para que a sonoridade e o timbre saíssem mais belos, foi à Rua da Pereira e, ele mesmo, despejou magnanimamente nos metais em fusão, um açafate da arrecadadas moedas de ouro, do reinado de D. João III. É mais uma das "histórias "do "sino de ouro" da Sé de Lamego...