No caso da difusão terrestre, o sinal processa-se por via hertziana. Mas, o standard europeu DVB contempla mais duas vertentes de transmissão do sinal.

Além de terrestre, existe ainda a variante por cabo e por satélite (fig.3).

Caixa de texto:  fig. 3A televisão digital por cabo, obedece à norma DVB-C, enquanto a televisão digital por satélite usa o standard DVB-S. Contudo, o cabo tem a grande vantagem da banda larga que vai permitir chegar à interactividade. As potencialidades da TV digital terrestre são inferiores à TV digital via satélite ou Cabo, dado que as frequências autorizadas não permitem muita abundância de canais e funcionalidades. A TV digital via cabo ou via satélite não tem este tipo de limitações, tornando-se assim muito mais apelativa.
 

   Multiplexagem e Desmultiplexagem

A grande vantagem do DVB-T face às emissões analógicas está relacionado com um processo técnico chamado multiplex. É este processo que permite o transporte de vários canais de dados de baixa velocidade por um canal de alta velocidade. Ou seja, insere-se uma dada quantidade de informação num único cabo digital que chega até ao utilizador. Depois dá-se o processo de desmultiplexagem. Isto é, essa mesma quantidade de informação é posteriormente distribuída pelos vários canais do televisor. O que significa que, o que um único canal analógico transmite pode equivaler a vários canais digitais.

No caso especifico do DVB-T, cada multiplex deve ter, no mínimo, seis canais de televisão com a resolução de 625 linhas(como no actual sistema PAL), vários canais de rádio e seis canais para dados com velocidade de transmissão até 2 Mbits por segundo. Uma vez que cada multiplex ocupa um espaço reduzido no espectro radioeléctrico, vai ser possível ter vários multiplexers simultâneos, que podem ser geridos e ocupados por um só operador de televisão ou reunir um conjunto de serviços prestados por diferentes operadores, à semelhança do que já aconteceu no âmbito da difusão radiofónica com o DAB (Digital Audio Broadcasting).