Muitas aplicações de difusão de informação
limitam-se a apresentar um conjunto de informação preexistente. Se essa
informação contém vídeo, então a aplicação deve mostrar o vídeo, e o
objectivo do vídeo é apenas esse - ser visto.É o exemplo de um arquivo de notícias
de um determinado assunto. Quando o arquivo contém vídeo, a aplicação deve
mostrá-lo, senão, não estará a fazer o trabalho dela. Por vezes a aplicação implica a disponibilização
de vídeo, mas a quantidade é muito grande. Um exemplo, é uma base de dados de
informação sobre filmes, a ser produzida em Cd-Rom, para ser utilizada pelos
consumidores para alugarem ou comprarem filmes. A base de dados contém cerca de
30.000 filmes que foram produzidos desde o início do cinema, e seria bom
incluir apresentações para esses filmes, se disponíveis. Mas, apesar de as
apresentações demorarem apenas alguns minutos, seriam necessários 1.000
ou mais horas de vídeo, para fornecer uma informação minima
àcerca de cada filme o que tornaria impossível colocar toda essa
informação num Cd-rom. As apresentações teriam de ser criteriosamente
escolhidas e reduzidas a apenas algumas centenas. Um diferente caso de difusão de informação é,
por exemplo, num quiosque electrónico, num centro comercial, que apresenta
informação do centro comercial ao visitante. Aqui, quase toda a informação
poderia ser disponibilizada em imagens, texto e som. Mas com a introdução do
elemento vídeo, a aplicação poderia ganhar uma outra vida, chamando e
prendendo mais a atenção do cliente. Neste caso a função do vídeo é de
pura “sedução”, mas é precisamente disso que a aplicação necessita. O objectivo destas aplicações é ensinar. Para
facilitar esta tarefa, o conteúdo deve ser apresentado na maneira mais clara e
fácil de entender possível. Muitas vezes isso necessita de vídeo. Por
exemplo, quando a informação apresentada envolve acções ou procedimentos físicos,
o vídeo seria a melhor maneira de o conseguir. Aqui o objectivo do vídeo é
tornar mais clara e “visível” a informação. Quando se trata de uma simulação, para se obter
mais realismo, o melhor método pode ser o vídeo. Neste caso o vídeo servirá
para “dramatizar” o real, para o tornar mais perceptível. O ensino é mais eficiente, quando o aluno está
interessado e envolvido no processo. O vídeo, está comprovado, “consegue”
atrair o estudante – a “sedução” pode
ser uma das funções
que o vídeo é capaz de cumprir com mais eficácia. O uso de vídeo no entretenimento é um pouco como
na educação: é necessário oferecer realismo, acção e prender a atenção
do utilizador. A diferença é que aqui, o principal objectivo é
divertir, em vez de ensinar. O utilizador também pode estar a aprender,
mas a sua primeira reacção deve ser divertir-se. Muitas aplicações de
entretenimento interactivo resolvem este problema fazendo um jogo, que é apenas
um ambiente onde é necessário que o utilizador resolva alguns enigmas
relacionados com o assunto do entretenimento. Quando se constrói o ambiente de um jogo importa
que ele, ao longo do tempo, se mantenha “interessante” o que vai implicar
que seja diversificado. Deve conter
vários caminhos para serem descobertos e explorados durante horas, de maneira a
que o utilizador não fique aborrecido. Isto é complicado de obter apenas com vídeo
visto que uma aplicação distribuída num único CD-ROM não pode ter mais do
que 1 ou 2 horas de vídeo. Assim, o mais indicado será construir o ambiente
num suporte com um “custo” e um peso mais leve, ou seja, com imagens, animações,
texto e som. O vídeo, nestes casos, apenas deve ser utilizado em pontos chave
da aplicação. Este é outro exemplo onde o realismo impõe que a
inclusão do vídeo seja ponderada e ajustada, ainda que o possivel fique
aquem do desejável.
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