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de Pirotecnia - Testes e Ensaios" VOLTAR | PÀGINA
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TESTES e ENSAIOS
A propósito de teste e ensaios ha toda uma literatura química
e física, com procedimentos suportados por aparelhos e
instrumentos de alto custo.Os métodos e equipamentos que
vamos descrever são soluções de custo insignificante,
não sendo portanto o mais recomendado tendo
disponibilidade de um laboratório moderno.
Em pirotecnia a fotometria e a calorimetria são
importantes. A fotometria , essencialmente medição de
luz, pode ser aplicada de modo
simples.
Para medir a luz de um artefato primeiro providenciamos
um tubo de l0 metros de comprimento. Medida exata e diâmetro
de l0 a 50 cm, colocando em uma extremidade uma foto-celula(Foto-resistiva
ou foto-voltaica). Ligamos a um voltímetro que mede a
corrente ou voltagem da célula. se necessário usar
fontes de alimentação estáveis, tipo baterias..
Na parte externa do tubo, oposta a célula, ascende-se
uma lâmpada e marca-se o valor que o voltímetro acusar.
depois duas, treis e mais lâmpadas , anotando os valores
para traçar um gráfico ou tabela. Em seguida queimamos
um corpo pirotécnico e pelo valor que acusar no voltímetro
estabelecemos um paralelo em Watts. Ou seja, o pirotécnico
A equivale a iluminação de um lâmpada de X watts.
Usando a tabela dos fabricantes de lâmpadas, podemos
transformar em CD (candelas) o poder
luminico das lâmpadas. Se o pirotécnico A oscila entre
l,8 e 2 mil candelas, o voltímetro acusara uma marca
igual as lâmpadas elétricas de 2 ou 2.5 mil watt,
conforme diz a tabela do fabricante .
A pratica de ensaios dessa natureza demostrara os
cuidados que devem ser tomados; um mostrador em branco no
voltímetro para anotações; curva de comportamento nas
tabelas dos fabricantes de lâmpadas, etc.
No calorímetro a cor será localizada dentro do espectro.
Como um aparelho espectrometro é difícil , usamos
fototransistores comuns que colocamos em volta de uma
amostra de material que queimamos. O voltimetro acusa um
valor referencial. No mercado ha diversos tipo de
transistores sensíveis a luz que , cada um com suas
características , basta escolher na folha de especificações
do fabricante aquele mais sensível ao comprimento de
anda desejada( ou seja a cor desejada). O uso de filtro
na lente do transistor estabelece a equivalência com o
expectro dos valores anotados.
O aparelho a ser montado é pequeno 20x 40 cm e a amostra
deve ser menor que uma grama. Uma chama, de gaz. butano (
ou propano de isqueiro) ou de álcool serve para calibrar
o ponto zero da escala de medição. Para o valor máximo
de cor usa-se uma solução de água e sal puro do
produto que fornece a cor desejada. Dissolve-se nitrato
de estrôncio em água, uma grama em l00 de água e com
uma bomba pulverizadora ( spray ) pulveriza-se a água
sobre a chama do gaz. ou álcool. O valor que o voltímetro
acusar é o valor máximo de cor. Depois de calibrado , máximo
e mínimo queima-se a amostra em ensaio. temos assim um
valor referencial. Queimar apenas algumas gramas,
ajustando a distancia conveniente.
Para efeitos de controle de qualidade de produção uma
amostra da linha de produção foi retirada e realizamos
os testes. Anotamos os valores numéricos atingidos .
Dias depois retiramos outra amostra da mesma linha e
repetimos exatamente os mesmos testes . Os valores tem de
ser iguais. Digamos que no teste de luz encontramos
intensidade luminica menos e no colorimetro a cor acusa
uma valor maior. Isso indica provavelmente um erro de
composição química. Com certeza o combustível metálico
foi diminuído e aumentou-se os oxidantes (sais da cor).
Claro que ha tolerância, em tabela feita a propósito.
Deve haver também mais de um teste. Convém colocar
sensores, (foto-celulas, etc) em ângulos diferentes,
tendo sempre duas ou treis medições concomitantes para
observar desvios.
Velocidade de queima
A velocidade de queima é medida usando-se um tubo
prensado, sempre igual,e medindo quantos centímetros
queimam em um minuto. Usa-se um tubo de papelão fino com
uma polegada de diâmetro e 10 a 15 centímetros de
comprimento.
Pode ser um teste apenas visual. Querendo aumentar a
precisão, pode-se usar um iniciador elétrico e um
sensor de fim de queima . Para tanto fazemos dois furos
no tubo distantes um do outro exatamente l0cm.
Transversais, diametrais de 2 ou 3 milímetros de diâmetro.
Em um furo colocamos um fio de níquel cromo e no outro
um fio fino de cobre. O fio de cobre deve ser o fio que
conduz eletricidade ate um relógio elétrico. O fio de níquel
cromo ascende o misto quando eletrificado .E o outro fio
rompe-se , queima-se quando o fogo nele chega, parando o
relógio por falta de eletricidade. Com uma ligação
certa, o fio de níquel quando eletrificado ascende o
misto e liga o cronometro, e o fio de cobre que se rompe
quando o fogo chega nele , para o cronometro. , deixando
marcado o tempo transcorrido.
Para medir velocidade de queima de pólvora usa-se o
mesmo processo.. Um relógio elétrico, que liga com o
fio de niquel-cromo que inicia o rastilho. E um fio de
cobre ou fusível no fim do rastilho que para o
cronometro quando o fogo chega nele eo queima . Rastilho
é um montinho continuado de pólvora de 5 ou mais
metros, sobre uma tábua limpa ou superfície de
alvenaria. Observar que deve haver de 2 a quatro gramas
de pólvora total por metro de rastilho. Menos resulta
errático, mais salta fogo e atrapalha o teste. Mistos rápidos
também podem usar esse teste.
OUTROS TESTES
DENSIDADE
Usa-se mercúrio, enchendo um becker. Coloca-se a amostra
medida e pesada dentro. pesamos a quantidade de mercúrio
que transborda do becker, e calculamos a densidade do
misto
UMIDADE
A maioria dos testes simples saio baseados em
pesar a amostra de uma ou duas gramas, e colocar embaixo
de uma lâmpada , com termômetro, esperando que ela aqueça
a amostra e a umidade se evapore.Depois é só pesar
novamente. O peso faltante é a umidade que havia.
Cuidado com produtos sublimáveis. Na pólvora negra
percebe-se logo o cheiro de enxofre que esta ëvaporando".
SOLÚVEIS
Determina-se o teor de solúveis de um
misto,pulverizando e pesando amostras iguais em vários
solventes. primeiro água para retirar os nitratos e
cloratos solúveis. Depois em solventes orgânicos para
combustíveis e gomas. Os pós metálicos aparecem
filtragem de malha 80 ou mais fina. A secagem dos
solventes permite separar quantitativamente os compostos.
No mais segue-se os métodos tradicionais de química
analítica qualitativa e quantitativa .
CORES e VELOCIDADE
Em casos especiais recolhe-se uma amostra de
miligramas na extremidade de um bastão de vidro , ou fio
de platina e leva-se a chama de gás. Aparece a cor do
misto. E a velocidade de queima. Útil quando se suspeita
que o produto é um explosivo.
TERMPERATURA E CALOR
O teste de temperatura, entre outros que pode
ser realizados, com aparelhos sensores , como os modernos
termômetros a lazer, são úteis
também com fios fusíveis. Um fio comum de solda com 20%
de chumbo derrete a l80*; se tiver menos chumbo derrete a
um valor menor, digamos l60*. O uso de diversos tipos de
fio iguais e uma solução muito boa.
O calor produzido pode ser medido por uma bomba
calorimetria improvisada. Colocamos um recipiente com água
em uma capela ,ou local fechado, e embaixo queimamos a
amostra , como se esquenta uma panela. medindo a
temperatura da água antes e depois temos um referencial.
Um litro de água a 25* inciais é aquecida a 60* após a
queima de 5 gramas de misto A. Resta só calcular o
numero de calorias. Os mistos de produção de calor,
tipo escorvas e iniciadores , são sempre lentos, basta
fazer uma tabela própria de referencia com um produto
conhecido. O tempo de teste e a condução do calor são
importantes.
DURABILIDADE
Ensaios de durabilidade ou estabilidade são
sempre ciclo térmico, ou seja colocam-se em um
refrigerador por tantas horas ,e depois e em uma estufa
por igual tempo. repete-se o ciclo varias vezes.
Intervalos de uma hora, com l5 minutos entre um e outro,
Ha testes de seis horas , por 14 dias de duração.
temperatura de menos l0* e de mais 60*.
Como a ação térmica dessore os pirotécnicos estes
testes são para avaliar a durabilidade, ou seja o
envelhecimento. Uma embalagem apropriada diminui os
efeitos rápidos do choque térmico, mas no ciclo longo a
embalagem não faz diferença .Usando só a estufa também
acusa bons resultados. Só queima-se o produto depois que
a temperatura voltou ao normal. A base do teste é
facilitar a degeneração e acelerar a combinação dos
produtos. É o melhor teste para saber da qualidade e
confiabilidade de um misto.
Para finalizar este resumo ha os
testes físicos, voltados para a periculosidade. O teste
de forca da pólvora, ou espoleta pode
ser medido colocando-se uma quantidade uma quantidade em
um tubo fixo e tampando o tubo com um peso grande.
Ascendendo o misto o peso é arremessado. A distancia do
arremesso serve de referencia para a forca exercida. Uma
espoleta comum pode arremessar um peso de duas gramas a
mais de oitenta metros, portanto se colocarmos um peso de
250grs. a distancia será de penas alguns centímetros
Medimos e guardamos. Cinco gramas de misto lançam um
peso a 35 cm. Outro misto lança o mesmo peso a 45 cm ,
indicando mais energia. Importante ser o mesmo tubo. para
polvoras , usar quantidades pequenas.
O teste de atrito, usa um pêndulo, como
u pêndulo, de u relógio, metálico, que passa
esfregando tangencialmente sobre uma mesa de granito onde
esta o pó de misto Passando varias vezes, numa vez
ascende. Esse tempo e o numero de passadas determinam a
sensibilidade ao atrito. O pêndulo é movido a
distancia, e deve ter seu eixo a mais de um metro do
ponto de atrito, A sapata de esfregamento pode ser mudada
para materiais diferentes.
A prensagem é um teste de aperto. Usa-se
um pouco de misto entre duas partes metálicas. Com
comando a distancia inicia-se a prensagem . Primeiro
lentamente , até ascender. depois rapidamente.Assim como
no atrito, a velocidade de prensagem , assim como a
velocidade do pêndulo alteram o resultado. Usa-ase dois
discos de l0cm de diâmetro, pesando mais de dois quilos
cada. Uma grama de misto sobre o disco inferior, no
centro em montinho, e abaixa-se o disco superior até
acusar 20t. este teste exige repetições.
O teste de impacto consistem deixar cair sobre
uma amostra de material um peso. Usa-se geralmente uma
guia vertical e um peso que cae sobre uma superfície rígida,
não amortecida, onde esta o misto ou artefato. Avalia-se
pela alterada queda , quando ascende ou explode.
Empuxo
O teste de empuxo de foguetes é feito medindo-se a forca
em quilos que ele exerce. O banco de ensaios consiste de
um pedestal com um sensor. O foguete ou motor é colocado
horizontalmente e preso ao sensor. Durante a queima ele
faz forca para soltar-se e aperta o motor. Este aperto é
medido eletricamente , fazendo-se um gráfico. este
sensor é contraído a partir de uma peca (stranger) minúscula
que ligada a um circuito em ponto, de baixíssima
corrente, acusa desequilíbrio da ponte elétrica sempre
que flexionado ou movido. Quem acusa o desiquilibrio é o
voltimetro. Na pratica esse sensor , do tamanho de uma
moeda é colado na extremidade de uma lamina ou barra de
torcao.Esta barra é fixa por uma extremidade a uma base
imóvel. na outra extremidade da barra estão motor
foguete, preso por um suporte. Fazem-se as ligações da
ponte de equilíbrio elétrico com potenciometros manten-se
a zero o circuito. nas treis pernas da ponte , na quarta
esta ligado o sensor. Quando o motor faz forca o sensor
sente a flexão da barra, um movimento mínimo, imperceptível,
e desequilibra a ponte elétrica. O voltímetro acusa o
desequilíbrio da corrente. Um dinamômetro simples.
O sensor de uma balança eletrónica comum serve A aplicação
elétrica facilita o uso de um registrador gráfico,
porque na pratica a pressão é intermitente. A
velocidade de exaustão dos gases é medida em um voltímetro,
ligado no circuito de um micro-dinamo movido por uma hélice
na frente do fluxo de gases.
Empuxo médio:
É o quociente da impulsão total pelo tempo de
ação
Fmed = S Fdta
t a (S = integral)
Impulso Total: [ I t ]
É a integral da curva de Empuxo x Tempo de ação-{
A área sombreada do desenho.}
I t = S Fdta
Impulsão especifica do Propelente: [ I sp ]
É o quociente de impulsão total pelo propelente:
isp= ___it____ ou Iesp. empuxo . tempo
Mg (prop) Peso
Tempo de Ação: [ ta ] É o tempo durante o qual a pressão
da câmara d combustão é igual ou superior a l0% do máximo.
Teste de Fumaças
Os testes de avaliação de fumaças são difíceis.
Normalmente fazem-se com amostras do composto fumigeno.
Usa-se 10 gramas do composto ou da massa do artefato
fumigeno em uma embalagem similar. Queima-se no interior
de um ambiente fechado, climatizado, e verifica-se a
densidade da fumaça com o auxilio de um facho de luz
detectado por uma foto-celula. Monitorar a persistência
da fumaça dentro do ambiente é importante.
Construtivamente é um facho de luz apropriado, com lente
, posto de um lado do ambiente , e uma fotocelula do lado
aposto. A fumaça interfere na recepção da luz
indicando a densidade da fumaça visível.
Outra forma é queimar a peça original completa frente a
um tubo com ventilação forcada , A fumaça produzida é
obrigada a passar pelo tubo onde ha um raio de luz
transversal medido por fotocelula. Com o ventilador em
velocidade certa de metros cúbicos deslocados por
minuto, e um facho de luz apropriado pode-se avaliar a
quantidade de fumaça passando, e sua densidade .
Tamanho de Particulas
Gráfico ilustrando o efeito do tamanho das partículas
de Magnésio
Isso significa que partículas menores aumentam a área
total de queima acelerando a velocidade de queima da vela.
Aumenta também a luz produzida.
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