Introdução
O movimento de
Desenvolvimento Organizacional surgiu como um conjunto complexo de ideias a
respeito do homem, da organização e do ambiente, no sentido de
propiciar o crescimento e o desenvolvimento segundo as potencialidades ambicionadas.
Os seus conceitos estão fortemente relacionados com os conceitos de mudança
e a capacidade adaptativa da organização a mudança, apresentando
o conceito dinâmico de organização, cultura e mudança
organizacional. A constante e rápida mutação do ambiente,
a necessidade crescente de adaptação, a interacção
entre a organização e o meio ambiente e a relação
entre objectivos individuais e organizacionais, o compartilhamento dos conhecimentos
individuais na busca de novas viabilidades empresariais para a formação
do conhecimento organizacional, são algumas das mais valias para o desenvolvimento
organizacional.
O desenvolvimento do sistema organizacional visa mudança das organizações
de modo a que transformem em sistemas sociais que incorporam mudança
como componente intrínseca a adaptabilidade.
Numa perspectiva
direccionada para o futuro, tudo começa com a passagem de testemunho
dos sistemas de informação arcaico, mas adaptado a sua era, para
os actuais sistemas de informação em constante crescimento.
No inicio da década de 1950, os mainframes começam a estar disponíveis
nas empresas. Apavora por um lado e da luz verde por outro, no que concerne
ao preço que custavam, e a paciência dos operadores para os dominar.
Para os que tiveram espirito de coragem, os resultados vieram a demonstrar que
de facto valia a pena apostar. Já na década de 1970 com o aparecimento
dos micro-computadores tudo estava em aberto para os mais cautelosos em preço
e consequentemente para os mais atentos em gerir os seus sistemas de informação.
Informação
nas Organizações
A informação nas organizações surge assim como dados
agregados, que fazem parte de um contexto útil e de grande significado
sempre que a ele se recorre para tirar o que de facto interessa. Para que a
gestão de informação seja eficaz é necessário
que se estabeleçam um conjunto de políticas coerentes que possibilitam
fornecimento de informação relevante, com qualidade, precisão,
direccionada para lugar certo, no tempo certo, o que permite os decisores, em
tempo oportuno reduzir a incerteza no processo de decisão e de uma visão
partilhado do futuro, que enquadre essa decisão.
O Planeamento nas Organizações
Nas organizações o planeamento, assume um papel importante na
definição do sistema de informação mais adequado
e o modo como esta deve enquadrar as tecnologias de informação
nos objectivos da empresa, em suma, o desenvolvimento do Sistemas de Informação
começa a ser desenhado com a finalidade de estabelecer metas, objectivos,
prioridades e planos de acção para alcançar estas metas
e objectivos, o seu controlo e revisão. Nesta leva, estão englobadas
o desenvolvimento de recursos de Sistemas de Informação, incluindo
pessoas, hardware e software.
O planeamento do Sistema de Informação esta intrinsecamente relacionado
com a gestão operacional do desenvolvimento do Sistema de Informação
, mais concretamente através de aquisição de tecnologias
de informação, e do desenvolvimento, exploração
e manutenção de aplicações, entre outros.
Globalmente as
suas actividades distribuem-se em:
Todos esses condimentos já vistos entram na preparação da empresa para o mundo da competitividade, para isso, o Sistema de Informação surge como um processo de mudança que visa melhorar o desempenho de um subsistema de Informação, referindo-se a todas as actividades envolvidas na produção de Sistema de Informação que suportem adequadamente a organização como apoio ao seus processos e estabelecimento de vantagens competitivas. Dá para sublinhar a importância do Desenvolvimento de Sistemas de Informação como parte preponderante no processo chave no sucesso das organizações.
A implementação
de um Sistema de Informação envolve actividades de analise,
concepção, construção, implementação
e manutenção, adequado a diferentes tipos de sistemas e de situações,
constituindo assim uma base comum de desenvolvimento.
O Desenvolvimento do Sistema de Informação, bem como o Planeamento
de SI ,deve ser considerado um processo contínuo com uma sequência
lógica de actividades que deve ser consideradas e integradas com fases
anteriores e subsequentes, alimentando-se mutuamente. Essas actividades estão
relacionadas e são interdependentes, mas que na realidade podem ocorrer
simultaneamente, e a qualquer momento motivo pelo qual é útil
pensar no DSI como um conjunto de actividades interligadas e não como
fases sequenciais.
Análise de Sistemas
A Análise de Sistemas envolve um estudo criterioso dos requisitos de informação e dos utilizadores finais, das actividades, dos recursos e SI existentes visando uma identificação detalhada da natureza dos sistemas propostos pelo plano de sistemas de informação.
O segredo do sucesso do Desenvolvimento de SI passa por uma definição muitocriteriosa dos requisitos que constituem as expectativas da organização. Em caso de insucesso por causa de uma análise inadequada, conduz a custos elevados de desenvolvimento e insucesso dos sistemas.
Os requisitos
de informação de um novo sistema envolvem a identificação
dos utilizadores potenciais do sistema, de que informação necessitam,
onde, quando e como, definindo de forma muito objectiva os objectivos dos
novos sistemas.
Para a concepção dum novo sistema deve-se fazer um estudo antecipado
daquilo que se quer que o novo sistema venha a fazer, dos sistemas que irão
ser melhorados ou mesmo substituídos, é necessária ainda
compreender como é que esses sistemas utilizam o hardware, o software
e os recursos humanos para processar informação, identificando
os seus objectivos, entradas, processamentos e saídas. Estas especificações
visam ser implementadas apenas com base nos requisitos dos utilizadores finais
e da Organização.
A colaboração dos utilizadores do novo sistema no levantamento das necessidades para analise do sistema é muito importante, ainda assim esta estratégia pode ser geradora de conflitos posteriores, bem como as expectativas em termos de desempenho. É de ressaltar a importância que tem a identificação de objectivos mensuráveis na especificação de um sistema. Aqui, não é muito aconselhável decidir uma base tecnológica para o sistema, sendo premente identificar o que deve fazer e não como fazê-lo. No entanto, o conjunto de opções e dos seus benefícios são informação importante. Poderá ser necessário clarificar, se determinadas tecnologias são apropriadas e porquê.
Os requisitos que o sistema pretende satisfazer deverão ser cuidadosamente analisados, o resultado desta actividade é a especificação de requisitos do sistema, consistindo numa versão simplificada da realidade que não abordar e representar todos os seus detalhes.
Os requisitos do sistema tenta especificar na íntegra as característica do SI necessárias para satisfazer as necessidades de informação dos utilizadores em particular e da Organização em geral.
Concepção do Sistema
É a actividade mais criativa e desafiante quando se trata de conceber um novo sistema. Dos requisitos dos sistemas dos sistemas avaliados e descritos na analise de sistema a actividade de Concepção do Sistema daí parte para mapear as necessidades do negócio, numa solução técnica , através de detalhes físicos que assegurem que o sistema é viável, seguro e capacidade adequada, ou por outra enquanto que a análise de sistema descreve que o sistema deverá fazer para satisfazer as necessidades de informação das organização e dos utilizadores finais, é no decorrer da concepção de sistemas que é especificado como é que o devera satisfazer estas necessidades, através do desenvolvimento de especificações detalhadas das funções que o sistema deverá assegurar.
O que se pretende
é a implementação do sistema, e para isso há que
considerar diferentes configurações tecnológicas, as
tecnologias de informação a aplicar, as estruturas dos programas
e o modo como os dados serão armazenados.
As especificações
detalhadas de cada aspecto do novo sistema são desenvolvidas para a
sua posterior construção. Esses aspectos podem ser :
A contribuição de utilizadores pode se tornar critica. A sua participação na concepção do novo sistema aumenta a sua compreensão e aceitação diminuindo os problemas causados por eventuais transferências e de poder, conflitos organizacionais, e o facto de não estarem familiarizados com as articulações do novo sistema.
Construção de Sistema
Entra em prática as actividades técnicas. As actividades dos sistemas são transformadas em software e hardware que se encarregarão de funções tais como o suporte aos requisitos de informação da organização, bem como em documentação que explicita o sistema a programadores e utilizadores.
A construção de sistema encarrega-se desta forma na aquisição e/ou desenvolvimento de do software e do hardware necessário, documentação de suporte, a integração de todas as componentes num sistema de informação funcional e bem de acordo com as especificações do sistema.
Uma vez o sistema
superado do teste que:
Concorda que
o sistema funciona como foram traçadas as expectativas,
é aberta a porta a finalização desta fase. Não
por Sistema de Informação só dar por finda a o desenvolvimento
do sistema, mas sim por indicação que os componentes automatizados
do sistema funcionam o que será mais tarde determinado pela organização.
Pode-se dizer mesmo que com base nos requisitos e especificação
do sistema, a actividade de reconstrução é responsável
pela produção e teste do novo sistema, após a qual deverá
ser instalado no âmbito da actividade de implementação.
Implementação
do Sistema
A implementação é o processo de tornar o sistema operacional no âmbito organizacional, abrindo as portas para a utilização do sistema.
Actividades de instalação de equipamento e s/w, preparação das instalações, formação de especialistas responsáveis pela sua exploração , conversão de sistemas existentes em novos sistemas, são actividades que têm aqui o seu ponto mais alto.
Nada nos diz que de facto algo não possa faltar, para tal é preciso que se crie todas as condições para que as falhas possam ser reparadas de uma forma mais eficaz , o que passa em grande medida pela formação e gestão de recursos humanos da forma mais racional possível.
As mudanças para um novo sistema pode ser significativa, por isso deve ser planeada e executada para prevenir situações mais desagradáveis.
Manutenção de Sistemas
A entrada de
um sistema em operação não implica que o mesmo mantenha
indefinidamente inalterado, muito pelo contrário, há necessidade
imperiosa da sua manutenção e desenvolvimento. Ao longo do tempo
o sistema necessitará de incorporar novas tecnologias, de modificações
derivadas de evolução de requisitos de informação
dos utilizadores, de erros de s/w que necessitam de ser resolvidos quando
detectados , dentre outros. Portanto a longevidade da capacidade de Gestão
de SI em manter em consonância com a mudança de requisitos que
podem ter a sua origem de formas variadas dentre as quais alterações
a nível interno ou ambiental da Organização.
Bibliografia Consultada
Varajão
J. E. Quintela, A Arquitectura da Gestão de Sistemas de Informação.
FCA 1998.
Rivas, F.G.- P., Estruturas Organizativas e Informação na Empresa.
Editorial Domingos Barreira,1989.
Outras Fontes
http://www.perspectivas.com.br/leitura/g8.htm
http://www.optionsfc.com/FedPress.htm