Birras de Morte adaptação de textos de Vicente Sanches

"Birras ..."
"A morte.
A ressureição.
O verbo.
Vive e deixa viver.
O Grupo uma vez mais.
As dúvidas.
Os medos.
Sempre os medos.
As ansiedades mal disfarçadas,
muito mal disfarçadas.
O cansaço.
Já chega.
Sim à vida.
Não à morte.
Viva nós e abaixo os outros.
Os malditos degraus.
O palco.
A cena.
O texto mal decorado.
As férias que acabaram.
As aulas que recomeçam.
E os ensaios. 
Sempre os ensaios.

Improvisações sem nexo.
Marcações inevitavelmente 
[ inacabadas.
Mais dúvidas.
Menos dinheiro.
O espaço.
O Tchà Tchà Tchà.
A Rumba.
O Bolero.
Sons distantes desprovidos 
[ de toda
e qualquer lógica.
O Luís e o seu chefe.
O cenário outra vez.
E a Ana que vai para Itália.
Sempre a Itália.
Os discursos.
As bebedeiras.
A falta de senso comum.
A loucura iminente.
Os ensaios gerais com e sem 
[ falta de público.

O Paulo Afonso que se foi 
[ embora.
E a Rita.
E a Joana.
E a Inês.
E o Luís.
E a Isabel.
E o Ricardo.
E a Dirce.
E a Sandra.
E a Filomena.
E a Sónia.
E a Lurdes.
E a Filomena.
E o Mário.
Memórias de outros tempos.
O fechar de um ciclo.
E sempre o teatro.
A maldita arte do teatro.
Alienações póstumas de alguém 
[ que procura
a vida para além de uma morte
[ intelectualmente inválida.
Pontos finais? Muitos, pois claro!"

 

Marcantónio Del - Carlo uma produção do ARTEC

ficha técnica:

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