Exploradores | ||||||||||||
Organização (retirado do site www.cne-escutismo.pt) Tal como a sociedade em que vivemos, também o Grupo Explorador se encontra hierarquizado, não num sentido de autoridade absoluta do nível maior sobre o menor, mas num sentido de progressiva integração de contributos e desenvolvimentos que não só contribuem para o crescimento e desenvolvimento do/a jovem, como para o crescimento e desenvolvimento da comunidade, mais ou menos alargada, a que pertencem. A constituição de um Grupo Explorador respeita o que se segue: 2 a 4 Patrulhas, integrando cada cerca de 4 a 8 elementos com idades compreendidas entre os 10/11 e os 14 anos, rapazes e/ou raparigas, e com uma constituição vertical, ou seja, numa mesma Patrulha deverão encontrar-se elementos de todas as idades consideradas. A Patrulha é a célula básica de funcionamento do Grupo, e não é em vão que este surge da reunião e diversidade das Patrulhas que o integram. É, portanto, um elemento fundamental (para não dizer o mais importante) dentro do esquema pedagógico em que nos movemos, pois dá vida à Unidade, articula-a e constitui um âmbito educativo e de participação privilegiada para o Escuteiro. Na Patrulha cada um tem o seu papel e tem a possibilidade de poder expressar-se. Só nela tem sentido falar de responsabilidades, de relações, de cooperação,...O Escuteiro pode descobrir, através do seu funcionamento quotidiano, valores de liberdade, amizade, democracia... Para isso procura-se que a Patrulha tenha vida interna. Uma Patrulha não se constitui só sobre o papel, mas toma corpo na acção, através das Missões da Patrulha, actividades autónomas que ela se encarrega de realizar. Abreviadamente, pode-se dizer que não há Patrulha sem missão. A Patrulha, composta por um pequeno grupo de Exploradores, é: Coeducativa: isto é, integrada tanto por Exploradores como por Exploradoras numa proporção o mais equilibrada possível. As Patrulhas mistas, serão formadas por um mínimo de dois elementos do mesmo sexo. Compete aos Dirigentes do Grupo decidirem em contrário, caso lhes pareça mais conveniente a separação por sexos. O projecto coeducativo do nosso Movimento deve cimentar-se desde as Unidades básicas. Estável: a Patrulha deve ter uma certa duração, uma certa permanência, que facilite a coesão entre os seus membros e o desenvolvimento daqueles valores que pretendemos que promovam (amizade, colaboração, funcionamento democrático...). A Patrulha deve ser algo mais que uma mera divisão da Unidade, para o tempo que dura uma Aventura ou uma actividade concreta (acampamento, missão, etc.). Para que a Patrulha seja uma entidade activa na comunidade maior a que pertence, o Grupo deverá funcionar através de alguns elementos que lhe são próprios: - Reunião da Patrulha - Símbolos da Patrulha - Canto da Patrulha Neste contexto surgem diversas instituições reguladoras do funcionamento do Grupo, a saber: - Guia de Grupo (designado de entre os Guias
de Patrulha) Os elementos institucionais a seguir descritos têm muita importância se forem vistos na sua óptica educativa. É na forma de os fazer funcionar e na utilidade que se lhes dá, que o/a jovem aprenderá um certo tipo de relações sociais ou outras. O Agrupamento e o Grupo representam a sociedade, mais ou menos próxima. Sentir-se membro pertencente a ele, dá-lhe um sentido de pertença, de responsabilidade, de solidariedade e também de segurança. A Patrulha é a "família" mais próxima, porém entre iguais. Para com ela será exigido o cumprimento dos compromissos e dela se receberá autorização para as Aventuras/Expedições que permitirão medir as próprias forças. Dar importância à autonomia da Patrulha é ajudá-los a crescer e proporcionar-lhes um espaço onde exercer a sua responsabilidade. Estes elementos institucionais são estáveis e permitem o funcionamento dos seguintes órgãos: - Conselho de Grupo (orgão deliberativo);
Estes elementos institucionais permitem e favorecem uma aprendizagem democrática, já que representam os três poderes em que se baseia a nossa sociedade. Neles estão sempre representados os Exploradores, com mais ou menos incidência e segundo o seu grau de responsabilidade. Os dois elementos complementares são os seguintes: - Oficinas (atelier's); Actividade Típica de Secção Nesta idade começa a ser de particular importância a vivência em grupo. O sente necessidade de encontrar um círculo de amigos, de se reunir com eles, de jogar em grupo, de sentir emoções fortes, enfim de sonhar com grandes aventuras. Assim, a Equipa de Animação deve motivar o aparecimento de várias Aventuras, que incluirão pequenas expedições, grandes e pequenos jogos, actividades de ar livre e muitas outras coisas. - A Aventura A Aventura é o elemento místico que preside à Unidade dos Exploradores, e toda a mística tem o seu ambiente, os seus relatos, as suas personagens, os seus ritos, etc. Na Secção dos Lobitos, a mística assenta na base de "O Livro da Selva"; é uma proposta em ordem ao fantástico. Nesta Secção evolutiva, dos 10 aos 14 anos, é necessário um ambiente místico real ou que possa ser real; centra-se na ideia da descoberta. É a descoberta das suas próprias possibilidades pessoais, exercitadas mediante a descoberta do seu envolvimento geográfico. - As Características da Aventura A Aventura deve ser: Autêntica: Que suponha ser uma actividade com certo risco a superar. Adequada: Para que as suas possibilidades evolutivas tendam a superar-se, porém, sem descurar as possibilidades de êxito. Ambiente "selvagem": Nesta Secção a Natureza cria muitas possibilidades de Aventuras, que fomentam algumas aprendizagens básicas de destreza e de organização, sem recusar o ambiente urbano que também tem possibilidades de descoberta social. - Estrutura e funcionamento da Aventura Tal como já foi dito, a Aventura é toda a vida da Unidade. Esse espírito ou ambiente da Aventura concretiza-se em determinadas actividades. Depende do grau de maturidade do Grupo, ou seja, da rodagem em anos anteriores, da experiência dos responsáveis, do meio sócio-educativo dos componentes da Unidade, que estas actividades surjam da iniciativa dos Exploradores, ou sejam bem induzidas, ou propostas pelos responsáveis. Estes preferirão propor oficinas para realizar as aprendizagens ou actividades curtas e muito animadas para entrar em rodagem. Prepara-se assim o terreno para uma Aventura concreta. Esta surge quando uma série de ideias flutuam no ambiente do Grupo. Idéias que apareceram depois das Patrulhas terem realizado uma série de actividades e algumas aprendizagens concretas, e, assim, se vêem capazes de empreender algo mais forte, mais interessante. Algumas vezes, pode surgir o "clarão" e criar-se uma motivação; outras, são os responsáveis que criam o ambiente preciso, para que as possam idealizar. A estrutura da Aventura baseia-se nestas quatro fases, resumidamente: 1ª Fase: Escolha 2ª Fase: Preparação 3ª Fase: Realização 4ª Fase: Avaliação |
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