[ Humanizar a Terra ]

  Humanizar a Terra - A Paisagem Humana (Notas)

A Paisagem Humana está dividida em treze capítulos e cada um deles em fragmentos.

Pode agrupar-se os grandes motivos do livro do seguinte modo:

A. Os cinco primeiros capítulos estão dedicados a esclarecer o significado de paisagem humana e do olhar que se refere a esta paisagem.

B. Os sete capítulos seguintes dedicam-se a diferentes questões que se apresentam na paisagem humana.

C. O capítulo treze, ao mesmo tempo que dá por terminados as exposições, convida o leitor para que continue o estudo de importantes assuntos que foram aflorados na obra.

A ordem dos temas é a seguinte:

I. As paisagens e os olhares
Estabelece diferenças entre paisagem interna, externa e humana. Começam as distinções entre diferentes tipos de «olhares».

II. O humano e o olhar exterior
Considera-se o dito sobre o ser humano do «olhar exterior».

III. O corpo humano como objecto da intenção
A intencionalidade e o governo do próprio corpo sem intermediação. A coisificação do corpo do outro e o «esvaziamento» da sua subjectividade.

IV. Memória e paisagem humana
A não coincidência entre paisagem humana percepcionada actualmente com a paisagem humana correspondente ao tempo de formação daquele que percepciona.

V. Distância que impõe a paisagem humana
As distâncias entre paisagem humana percepcionada e paisagem humana representada não estão somente determinadas por uma diferença de tempos, mas sim de modos de estar no mundo mediante a emoção e a presença do próprio corpo.

VI. A educação
Opina-se que uma educação integral deve ter em conta o pensar coerente como contacto com os próprios registos do pensar; deve considerar a captação e o desenvolvimento emotivo como contacto emotivo consigo mesmo e com outros e não deve eludir práticas que ponham em jogo todos os recursos corporais. Fazem-se distinções entre educação como formação e informação como incorporação de dados através do estudo e da prática como forma de estudo.

VII. A História
Até agora, a História tem sido vista de «fora», sem ter em conta a intencionalidade humana.

VIII. As ideologias
Em épocas de crise das ideologias surgem ideologemas que pretendem representar a própria realidade. É o caso do chamado «pragmatismo».

IX. A violência
A não-violência como metodologia de luta política e social não requer justificações. É um sistema em que domina a violência que necessita de se justificar para se impôr. Por outro lado, estabelecem-se distinções entre pacifismo e não-violência.

X. A Lei
Discorre-se em torno da origem da lei e do tema do poder como premissa de todo o Direito.

XI. O Estado
O Estado como aparelho intermediador do poder real de uma parte da sociedade com o todo social.

XII. A religião
As religiões como «externidade» quando pretendem falar de Deus e não do registo interno de Deus no ser humano.

XIII. Os caminhos abertos
Conclusão do livro e convite ao leitor para que estude e desenvolva temas importantes da paisagem humana, que não foram tratados na obra.


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