[ Cartas aos meus Amigos ]

[ Qualquer sugestão é bem vinda ]

  Quinta carta aos meus amigos
  1. O tema mais importante: saber se se quer viver e em que condições se quer fazê-lo
  2. A liberdade humana, fonte de todo o sentido
  3. A intenção, orientadora da acção
  4. Que faremos com a nossa vida?
  5. Os interesses imediatos e a consciência moral
  6. O sacrifício dos objectivos em troca de conjunturas de sucesso. Alguns defeitos habituais
  7. O Reino do Secundário

Estimados amigos:

Entre tanta gente com preocupações pelo desenvolvimento dos acontecimentos actuais, encontro-me frequentemente com antigos militantes de partidos ou organizações políticas progressistas. Muitos deles ainda não recuperaram do choque que lhes provocou a queda do "socialismo real". Em todo o mundo, centenas de milhar de activistas optam por se recluirem nas suas ocupações quotidianas, dando a entender com essa atitude que os seus velhos ideais foram enclausurados. Aquilo que para mim representou um facto mais na desintegração de estruturas centralizadas, de resto esperado durante duas décadas, para eles foi uma imprevista catástrofe. No entanto, este não é o momento de se envaidecer, porque a dissolução dessa forma política gerou um desequilíbrio de forças que permite o avanço expedito de um sistema monstruoso nos seus procedimentos e na sua direcção.

Há um par de anos assisti a um acto público em que velhos operários, mães trabalhadoras com os seus filhos, e reduzidos grupos de jovens, erguiam o punho entoando os acordes da sua canção. Ainda se via o ondular de bandeiras e escutava-se o eco de gloriosos lemas de luta... e ao ver isto, considerei que tanta vontade, risco, tragédia e esforço movido por genuinos impulsos, se afastava por um túnel que levava à absurda negação das possibilidades de transformação. Teria querido acompanhar essa cena comovedora com um canto aos ideais do velho militante, aquele que sem pensar em êxitos, mantinha em pé o seu orgulho combativo. Tudo isso me provocou uma enorme ambiguidade e hoje, à distância, pergunto-me: que aconteceu com tantas boas pessoas que solidariamente lutavam, para além dos seus interesses imediatos, por um mundo que acreditavam ser o melhor dos mundos? Não penso apenas naqueles que pertenciam a partidos políticos mais ou menos institucionalizados, mas sim em todos os que escolheram pôr a sua vida ao serviço de uma causa que criam ser justa. E, desde logo, não posso medi-los pelos seus erros nem classificá-los simplesmente como expoentes de uma filosofia política. Hoje, é mister resgatar o valor humano e reanimar ideais numa direcção possível.

Reconsidero o escrito até aqui e peço desculpas aos que não tendo participado daquelas tendências e actividades se sentem alheios a estes temas, mas também a eles reclamo o esforço de ter em conta a acção humana. Sobre isto trata a carta de hoje, um pouco dura, mas destinada a remover o derrotismo que parece ter-se apoderado da alma militante.

[ Início da Página ]

1. O tema mais importante: saber se se quer viver e em que condições se quer fazê-lo.

Milhões de pessoas lutam hoje por subsistir, ignorando se amanhã poderão vencer a fome, a doença, o abandono. As suas carências são tais que qualquer coisa que tentem para sair desses problemas complica ainda mais as suas vidas. Ficarão imóveis num suicídio simplesmente adiado?; tentarão actos desesperados?; que tipo de actividade ou de risco ou de esperança estarão dispostas a enfrentar? Que fará todo aquele que por razões económicas ou sociais ou simplesmente pessoais se encontre em situação limite? Em qualquer caso, o tema mais importante consistirá sempre em saber se se quer viver e em que condições se quer fazê-lo.

[ Início da Página ]

2. A liberdade humana, fonte de todo o sentido.

Mesmo aqueles que não se encontrem em situação limite questionarão a sua condição actual, formando um esquema de vida futura. Mesmo aquele que prefira não pensar na sua situação ou que transfira para outros essa responsabilidade, escolherá um esquema de vida. Assim, a liberdade de escolha é uma realidade desde o momento em que nos questionamos o viver e pensamos nas condições em que queremos fazê-lo. Que lutemos ou não por esse futuro, sempre a liberdade de escolha fica em pé. E é unicamente este facto da vida humana que pode justificar a existência dos valores, da moral, do direito e da obrigação, ao mesmo tempo que permite refutar toda a política, toda a organização social, todo o estilo de vida que se instale sem justificar o seu sentido, sem justificar para que serve ao ser humano concreto e actual. Qualquer moral ou lei ou constituição social que parta de princípios supostamente superiores à vida humana, coloca esta em situação de contingência, negando o seu essencial sentido de liberdade.

[ Início da Página ]

3. A intenção, orientadora da acção.

Nascemos entre condições que não escolhemos. Não escolhemos o nosso corpo nem o meio natural nem a sociedade nem o tempo e o espaço que nos calhou por sorte ou por desgraça. A partir daí, e em algum momento, contamos com liberdade para nos suicidarmos ou continuar a viver e para pensar nas condições em que o queremos fazer. Podemos revoltar-nos contra uma tirania e triunfar ou morrer na empresa; podemos lutar por uma causa ou facilitar a opressão; podemos aceitar um modelo de vida ou tratar de modificá-lo. Também nos podemos enganar na escolha. Podemos crer que ao aceitar todo o estabelecido numa sociedade, por perverso que seja, nos adaptamos perfeitamente e que isso nos oferece as melhores condições de vida; ou então, podemos supôr que ao questionar tudo, sem fazer diferenças entre o importante e o secundário, ampliamos o nosso campo de liberdade, quando na realidade, a nossa influência para mudar as coisas diminui num fenómeno de inadaptação acumulativo. Podemos, por último, priorizar a acção, ampliando a nossa influência numa direcção possível que dê sentido à nossa existência. Em todos os casos, teremos que escolher entre condições, entre necessidades, e fá-lo-emos de acordo com a nossa intenção e com o esquema de vida que nos proponhamos. Desde logo, a própria intenção poderá ir mudando em tão acidentado caminho.

[ Início da Página ]

4. Que faremos com a nossa vida?

Não nos podemos pôr esta questão em abstracto, mas sim em relação à situação em que vivemos e às condições em que queremos viver. Para já, estamos numa sociedade e em relação a outras pessoas e o nosso destino joga-se com o destino destas. Se cremos que tudo está bem no presente e o futuro pessoal e social que vislumbramos parece-nos adequado, não há outro tema senão seguir adiante, talvez com pequenas reformas, mas na mesma direcção. Em sentido oposto, se pensamos que vivemos numa sociedade violenta, desigual e injusta, ferida por crises progressivas que se correspondem com uma mudança vertiginosa no mundo, imediatamente reflectimos sobre a necessidade de transformações pessoais e sociais profundas. A crise global afecta-nos e arrasta-nos, perdemos referências estáveis e torna-se-nos cada vez mais difícil planificar o nosso futuro. O mais grave é que não podemos levar adiante uma acção de mudança coerente, porque as antigas formas de luta que conhecíamos, fracassaram e porque a desintegração do tecido social impede a mobilização de conjuntos humanos importantes. Desde logo, acontece-nos o mesmo que a todas as pessoas que sofrem as dificuldades actuais e intuem a pioria das condições. Ninguém pode nem quer mover-se em acções destinadas ao fracasso e, ao mesmo tempo, ninguém pode continuar assim. E o pior é que com a nossa inacção estamos a deixar a passagem livre a maiores desigualdades e injustiças. Formas de discriminação e atropelo, que julgávamos superadas, renascem com força. Se a desorientação e a crise são tais, por que razão não poderiam servir de referência social novas mostruosidades cujos representantes digam com clareza, e depois exijam, que devemos todos e cada um de nós fazer? Esses primitivismos são hoje mais possíveis do que nunca, porque o seu discurso elementar propaga-se com facilidade e chega mesmo a quem se encontra em situação limite.

Com maior ou menor informação, muita gente sabe que a situação é crítica em termos aproximados aos que temos vindo a utilizar. No entanto, a opção que se está a seguir cada vez com mais vigor é a de ocupar-se da própria vida, fazendo caso omisso das dificuldades de outros e do que acontece no contexto social. Em muitos casos, celebramos as objecções que se fazem ao Sistema, mas estamos muito longe de tentar uma mudança de condições. Sabemos que a Democracia actual é simplesmente formal e que responde aos ditames dos grupos económicos, contudo lavamos a nossa consciência em ridículas votações aos partidos maioritários, porque sofremos a chantagem de apoiar esse sistema ou possibilitar o surgimento das ditaduras. Nem pensamos que o facto de votar e reclamar o voto a favor dos pequenos partidos pode-se constituir num fenómeno de interesse no futuro, do mesmo modo que o apoio à formação de organizações laborais fora do padrão estabelecido pode converter-se em importante factor de aglutinação. Rejeitamos o trabalho arraigado em freguesias, em povoações, em sectores citadinos e no nosso meio imediato, porque nos parece demasiado limitado, mas sabemos que é aí onde começará a recomposição do tecido social no momento da crise das estruturas centralizadas. Preferimos atentar ao jogo de superfície, de cúpulas, de notáveis e de formadores de opinião em vez de ter o ouvido presto para escutar o subterrâneo apelo do povo. Protestamos pela acção massiva dos meios de difusão controlados pelos grupos económicos em vez de nos lançarmos a influir nos pequenos meios e em todo o resquício de comunicação social. E se continuamos a militar em alguma organização política progressista, andamos à pesca de algum incoerente com acesso à imprensa, de alguma personalidade que represente a nossa corrente porque é mais ou menos potável para os meios informativos do Sistema. No fundo, acontece-nos tudo isto, porque cremos que estamos vencidos e não nos resta outra alternativa senão amassar em silêncio a nossa amargura. E a essa derrota chamamos "dedicar-nos à nossa própria vida". Entretanto, "a nossa própria vida" acumula contradições e vamos perdendo o sentido e a capacidade de escolha das condições em que queremos viver. Em suma, não concebemos ainda a possibilidade de um grande Movimento de mudança que referencie e aglutine os factores mais positivos da sociedade e, evidentemente, a decepção impede-nos de nos representarmos como protagonistas desse processo de transformação.

[ Início da Página ]

5. Os interesses imediatos e a consciência moral.

Devemos escolher as condições em que queremos viver. Se actuamos contra o nosso projecto de vida, não escaparemos à contradição que nos colocará à mercê de uma longa cadeia de acidentes. Nessa direcção, qual será o travão que poderemos aplicar aos factos da nossa própria vida? Somente o dos interesses imediatos. Assim, podemos imaginar numerosas situações limite de que trataremos de sair sacrificando todo o valor e todo o sentido, porque o nosso primário será o benefício imediato. Para evitar dificuldades, trataremos de eludir qualquer compromisso que nos aproxime da situação limite, mas há-de acontecer que os próprios acontecimentos nos porão em posições que não teremos escolhido. Não se requer uma especial subtileza para compreender que acontecerá com as pessoas que nos são mais próximas se partilharem a mesma postura. Por que razão não haveriam elas de escolher contra nós se estão movidas por idêntico imediatismo? Por que razão toda uma sociedade não haveria de tomar a mesma direcção? Não existiria limite para a arbitrariedade e venceria o poder injustificado; fá-lo-ia com manifesta violência se encontrasse resistências e, a não ser assim, bastar-lhe-ia a persuasão de valores insustentáveis a que teríamos de aderir como justificação, sentindo no fundo dos nossos corações o sem-sentido da vida. Então, teria triunfado a desumanização da Terra.

Escolher um projecto de vida entre condições impostas está longe de ser um simples reflexo animal. Pelo contrário, é a característica essencial do ser humano. Se eliminamos aquilo que o define, pararemos a sua História e poderemos esperar o avanço da destruição em cada passo que se dê. Se se depõe o direito de escolher um projecto de vida e um ideal de sociedade, encontrar-nos-emos com caricaturas de Direito, de valor e de sentido. Se essa é a situação, que podemos sustentar contra toda a neurose e a desordem que começamos a sentir à nossa volta? Cada um de nós verá o que faz com a sua vida, mas também cada um deve ter presente que as suas acções chegarão mais além de si mesmo e isto será assim desde a menor à maior capacidade de influência. Acções unitivas, com sentido, ou acções contraditórias ditadas pelo imediatismo, são ineludíveis em toda a situação em que se comprometa a direcção de vida.

[ Início da Página ]

6. O sacrifício dos objectivos em troca de conjunturas de sucesso. Alguns defeitos habituais.

Toda a pessoa comprometida com a acção conjunta, todo aquele que actua com outros na consecução de objectivos sociais com sentido, deve ter claro muitos defeitos que no passado arruinaram as melhores causas. Maquiavelismos ridículos, personalismos por cima da tarefa conjunta proclamada e autoritarismos de todo o tipo, enchem os livros de História e a nossa memória pessoal.

Com que direito se utiliza uma doutrina, uma formulação de acções, uma organização humana, afastando as prioridades que elas exprimem? Com que direito propomos a outros um objectivo e um destino, se depois situamos como valor primário um suposto êxito ou uma suposta necessidade de conjuntura? Qual seria a diferença em relação ao pragmatismo que dizemos repudiar? Onde estaria a coerência entre o que pensamos, sentimos e fazemos? Os instrumentadores de todos os tempos efectuaram a básica fraude moral de apresentar a outros uma imagem futura mobilizadora, guardando para si uma imagem de êxito imediato. Se se sacrifica a intenção acordada com outros, abre-se a porta a qualquer traição negociada com o bando que se diz combater. E, nesse caso, justifica-se tal indecência com uma suposta "necessidade" que se escondeu na proposta inicial. Fique claro que não estamos a falar da mudança de condições e de tácticas em que todo aquele que participa compreende a relação entre elas e o objectivo mobilizador proposto. Também não nos estamos a referir aos erros de apreciação que se podem cometer nas implementações concretas. Estamos a observar a imoralidade que distorce as intenções e perante a qual é imprescindível pôr-se alerta. É importante estarmos atentos a nós próprios e esclarecer outros para que saibam antecipadamente que, ao quebrar os seus compromissos, as nossas mãos ficam tão livres como as suas.

Certamente que existem diferentes tipos de astúcias na utilização das pessoas e que não há forma de fazer um catálogo completo. Também não se trata de nos convertermos em "censores morais", porque bem sabemos que por trás dessa atitude está a consciência repressora, cujo objectivo é sabotar toda a acção que não controla, imobilizando com a desconfiança mútua os companheiros de luta. Quando se introduz a contrabando supostos valores que vêm de outro campo para julgar as nossas acções, é bom recordar que essa "moral" está em questão e que não coincide com a nossa... como poderiam esses estar entre nós?

Por último, é importante atentar ao gradualismo enganoso que se costuma praticar para inserir subtilmente situações que vão contra os objectivos delineados. Nesse posicionamento encontra-se todo aquele que nos acompanha por motivos diferentes aos que expressa. A sua direcção mental é torcida desde o princípio e apenas espera a oportunidade de se manifestar. Entretanto, gradualmente, irá utilizando códigos manifestos ou velados que respondem a um sistema de linguagem de dois sentidos. Essa atitude quase sempre coincide com a daqueles que, em nome dessa organização militante, desreferenciam outra gente de boa fé, fazendo cair a responsabilidade das suas barbaridades sobre a cabeça das pessoas autênticas.

Não se trata aqui de enfatizar o que desde há muito tempo se tem conhecido como os "problemas internos" de toda a organização humana, mas pareceu-me conveniente mencionar a raiz conjunturalista que actua nisto tudo e que corresponde à apresentação de uma imagem futura mobilizadora, guardando para si uma imagem de êxito imediato.

[ Início da Página ]

7. O Reino do Secundário.

É de tal forma a situação actual que acusadores de todo o tipo e penugem exigem explicações em tom inquisidor, dando por assente que se lhes deve demonstrar inocência. O interessante de tudo isto é que a sua táctica reside no enfâse do secundário e, consequentemente, no ocultamento das questões primárias. De algum modo, essa atitude faz recordar o funcionamento da Democracia nas empresas. Com efeito, os empregados discutem sobre se, no escritório, as secretárias devem estar perto ou longe das janelas; se há que colocar flores ou cores agradáveis, o que não está mal. Posteriormente votam e, por maioria, decide-se o destino dos móveis e da decoração, o que também não está mal. Porém, no momento de discutir e propôr uma votação em torno da direcção e das acções da empresa, produz-se um silêncio aterrador... imediatamente a Democracia congela-se, porque na realidade está-se no Reino do Secundário. Não acontece nada diferente com os fiscais do Sistema. De súbito, um jornalista coloca-se nesse papel, fazendo com que o nosso gosto por certas comidas pareça suspeito ou exigindo "compromisso" e discussão em questões desportivas, astrológicas ou de catecismo. Desde logo, nunca falta alguma acusação grosseira à qual, supõe-se, devemos responder e não escasseia a montagem de contextos, a utilização de palavras carregadas de dois sentidos e a manipulação de imagens contraditórias. É bom recordar que aqueles que se colocam num bando oposto a nós têm o direito a que lhes expliquemos por que razão eles não estão em condições de nos julgarem e porque é que nós temos plena justificação para julgá-los a eles. Que, quando muito, aqueles devem defender a sua postura das nossas objecções. Desde logo, que isto se possa fazer dependerá de certas condições e da habilidade pessoal dos contendores, mas não deixa de revoltar ver como alguns que têm todo o direito de tomar a iniciativa baixam a cabeça diante de tanta inconsistência. Também é patético observar no écran certos lideres a dizer palavritas engenhosas, dançando como ursos com a coordenadora do programa ou submetendo-se a todo o tipo de vexames desde que figurem em primeiro plano. Ao seguir esses maravilhosos exemplos, muita gente bem intencionada não consegue compreender como é que se deformou ou substituíu a sua mensagem, no momento de fazê-lo chegar a públicos amplos através de certos meios de comunicação. O comentado destaca aspectos do Reino do Secundário que operam afastando os temas importantes, resultando disto a desinformação dos públicos a quem se pretende esclarecer. Curiosamente, muita gente progressista cai nesse laço, sem entender muito bem como é que a aparente publicidade que se lhe dá produz o efeito contrário. Finalmente, não se trata de deixar ao campo oposto posições que a nós nos cabe defender. Qualquer um pode acabar por reduzir a nossa postura a simples frivolidade, ao afirmar que ele também é, por exemplo, "humanista", porque se preocupa com o humano; que é "não-violento", porque está contra a guerra; que é anti-discriminador, porque tem um amigo negro ou comunista; que é ecologista, porque se tem que cuidar das focas e das praças. Porém, se se o aperta, não poderá justificar de raiz nada do que diz, mostrando o seu verdadeiro rosto anti-humanista, violento, discriminador e predador.

Os anteriores comentários relativamente a algumas expressões do Reino do Secundário, não trazem nada de novo, mas às vezes vale a pena prevenir militantes distraídos que, tratando de comunicar as suas ideias, não notam o estranho território em que foram recluídos.

Espero que saibam dissimular o incómodo de ter lido uma carta que não se refere aos vossos problemas e interesses. Confio que na próxima possamos continuar com as nossas amenidades.

Recebam com esta carta os meus melhores cumprimentos.

Silo
04/06/92


[ Início da Página ]