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1 - PEDAÇO DE ARTE
O receio, que eu queria o teu relógio
O receio, quando te pergunto as horas sentado no passeio
Com essa expressão não me consegues enganar
Leio na tua cara tudo o que estás a pensar
Na minha testa vem escrita a palavra perdido
Mas qual de nós os dois será exactamente o mais esclarecido?
Aquilo que a tua mente censura é a expressão de uma cultura
Tentaram abafá-la, mas ela perdura
Tudo o que tu vês fazer e que depois te limitas a repetir
Sem sequer te dares ao trabalho de parar e reflectir
Tudo o que te ensinam na privada, jaula dourada
Onde por bons rapazes a menina foi violada
Tudo o que a mamã (que a trata por você desde bébé)
Lhe disse sobre a escumalha, sobre a ralé
Tudo isso é verdadeiro como um O.V.N.I. de Marte
Enquanto aquilo que eu te trago é um pedaço de arte
Estranho, mas eu apanho que algo em mim te dá tesão
Mas é tão difícil aceitar essa sensação
Imaginas por momentos como seria
Se te aventurasses a fazê-lo quem sabe um dia,
Se conseguisses experimentar sem ninguém dar por nada
Na volta davas uma queca bem suada
Deixava-te virada, estás a delirar, com certeza
Pensa só numa mistura dessa natureza
Passam-te pela cabeça as ideias mais tontas
Deixa as aventuras para a pocahontas
Afinal de contas...
Nem devias estar sozinha a esta hora
Mas a tua amiga normalmente não se demora
E agora só te apetece dar um grito
Um breve momento passa a ser infinito
Vai com calma, não quero que tenhas nenhum enfarte
Relaxa e aprecia este pedaço de arte
Eu não quero nada de ti, nem de mão beijada
Fiz-te uma simples pergunta, mais nada!
O preconceito espelhado na tua face
Foi suficiente para que eu desde logo me assustasse
É irónico, mas enojas-me, mais do que eu a ti
Bastou-me um segundo e logo, logo percebi
Nasci ontem mas passei a noite acordado
Conheço bué pessoas, de facto sou licenciado
Numa escola a que nunca terás acesso
Nem todo o dinheiro do mundo chega para o teu ingresso
Guarda o teu medo e segue lá o teu caminho
Só queria saber se ainda tava a dar o Marinho
Hoje quero ir ouvir um som doce como uma tarte
E deliciar-me com mais um pedaço de arte...
Peguei neste pedaço, mas com tudo o que é preciso
Desde palavras e sons, até mesmo um improviso
Puro como água, doce como uma tarte
Faz então a tua porque eu já fiz a minha parte...
Peguei neste pedaço, mas com tudo o que é preciso
Desde palavras e sons, até mesmo um improviso
Puro como água, doce como uma tarte
Faz então a tua porque eu já fiz a minha parte...
Peguei neste pedaço, mas com tudo o que é preciso
Desde palavras e sons, até mesmo um improviso
Puro como água, doce como uma tarte
Faz então a tua porque eu já fiz a minha parte...
Peguei neste pedaço, mas com tudo o que é preciso
Desde palavras e sons, até mesmo um improviso
Puro como água, doce como uma tarte
Faz então a tua porque eu já fiz a minha parte...
Peguei neste pedaço, mas com tudo o que é preciso
Desde palavras e sons, até mesmo um improviso
Puro como água, doce como uma tarte
Faz então a tua porque eu já fiz a minha parte...
Nada de novo neste panorama, a mesma trama:
O people na rua continua todo à mama
Permanentemente em estado de alerta
À espera da altura certa, numa porta entreaberta
Há esquemas novos em folha para serem postos em prática
De uma forma maquinal, automática
Nada mais natural para todos os vivos
Nativos cativos da rua para sempre esquivos
Agarrados não tão parados por um segundo
De um lado para o outro correm meio mundo, no fundo
Há banhadas para serem dadas (contos de fadas)
Histórias maradas para serem contadas
Comeca um estrilho por dá cá aquela palha (malha, malha)
Um bacano todo oudido, nunca falha, nunca falha
Da necessidade muitos fizeram virtude
Com a esperança de que talvez um dia tudo mude...
Na mesma: as putas continuam a atacar, dealer's a dealar
Junkies a comprar, putos vivos a roubar
Não há nada de novo, não há nada de anormal
E as cenas desenrolam-se de forma casual
Na mesma: as putas continuam a atacar, dealer's a dealar
Junkies a comprar, putos vivos a roubar
Não há nada de novo, não há nada de anormal
E as cenas desenrolam-se de forma casual
Pretendendo, querendo, falando, mostrando uma nova actividade
Não sei o que pensam, não sei o que vêem a não ser a realidade
Um mundo fudido que toda a gente desfruta:
Agarrados, putos fudidos, inocentes e até mesmo filhos da puta
No meio disto tudo as prostitutas são as lixadas:
Levam porrada, são violadas e têm que estar caladas
Mas a vida continua e enquanto há vida há esperança
Penso eu, pensamos nós que um dia haverá então a tal mudança
Só queremos que sigam o verdadeiro rumo
Que sigam o caminho certo e não um caminho oportuno
Porque este rumo, sim, é o futuro
E se este não é o caminho certo, pelo menos é o mais seguro
Na mesma: as putas continuam a atacar, dealer's a dealar
Junkies a comprar, putos vivos a roubar
Não há nada de novo, não há nada de anormal
E as cenas desenrolam-se de forma casual
Na mesma: as putas continuam a atacar, dealer's a dealar
Junkies a comprar, putos vivos a roubar
Não há nada de novo, não há nada de anormal
E as cenas desenrolam-se de forma casual
Ao mesmo tempo que um drogado compra o produto
Uma velhinha é assaltada por um puto
Uma prostituta é violada e largada num viaduto, tudo isto é fruto
Resultado de uma desigualdade que nos rodeia
Pela cidade a criminalidade vagueia, começa a estender-se como uma teia
Ei-la aí: cada vez mais difícil de conter
Uns com ela a sofrer
Outros para o aumento dela contribuir, porque é dela que vão subsistir
Ladrões sempre haverão de existir, enquanto houver o que roubar...
Resta apenas saber-se o que vão roubar
Drogados sempre existirão enquanto houver dealers a traficar
Basta apenas lançar um pequeno olhar sobre o rumo dos acontecimentos para ver que as cenas têm tendência a piorar
É um cenário difícil de alterar...
É um cenário difícil de alterar...
É um cenário difícil de alterar...
Na mesma: as putas continuam a atacar, dealer's a dealar
Junkies a comprar, putos vivos a roubar
Não há nada de novo, não há nada de anormal
E as cenas desenrolam-se de forma casual
Na mesma: as putas continuam a atacar, dealer's a dealar
Junkies a comprar, putos vivos a roubar
Não há nada de novo, não há nada de anormal
E as cenas desenrolam-se de forma casual
Na mesma: as putas continuam a atacar, dealer's a dealar
Junkies a comprar, putos vivos a roubar
Não há nada de novo, não há nada de anormal
E as cenas desenrolam-se de forma casual
Na mesma: as putas continuam a atacar, dealer's a dealar
Junkies a comprar, putos vivos a roubar
Não há nada de novo, não há nada de anormal
E as cenas desenrolam-se de forma casual
3 - MICROCOSMICA
"Só som!"
Acendo mais um cigarro
E mais uma vez faço um esforço para ver se não aparro
Quando engulo o último ansiolítico
Prevejo mais um serão apocaliptico
Contigo o conhecimento surgia como um rebento
Dizem que o tempo tudo cura, não me contento
Sinto o meu corpo em frente da televisão
Desesperadamente à espera de um empurrão, mas não
Continua a não acontecer nada, maçada
Imagens desfocadas surgem à desfilada
E subitamente dou por mim assim
A pensar palavras abstractas como rim
Abstracto? De bom grado
Assinaria um pacto, exacto, diabo passa-me o contracto
Vendo-te a alma quando o corpo for enterrado
Pronto para continuar a ser devorado
Porque é que hei de correr para o que quer que seja
Se afinal não é isso que o meu corpo deseja
Sinto-me como um bébé preguiçoso, e dorminhoco
Deixando-me levar a pouco e pouco
Continua a não acontecer nada, maçada
Imagens desfocadas surgem à desfilada
E subitamente dou por mim assim
A pensar palavras abstractas como rim
Pai nosso que estais no céu
Sei que falo contigo do lugar do réu
Mas preciso de algo para sarar a minha chaga
Já agora diz-me, tens aí alguma vaga?
Pai nosso que estais no céu
Sei que falo contigo do lugar do réu
Mas preciso de algo para sarar a minha chaga
Já agora diz-me, tens aí alguma vaga?
Basta! Dá-me um batuque que eu preciso dançar
Não! Dá-me antes a tua boca para eu a beijar
Vejo na minha cabeça um corpo balançante
Brilha quando abraça o seu amante
E lembro-me de nós, da tua voz
De noites inenarráveis passadas a sós
A chuva que me atrai pica como um alfinete
Atirei-me de cabeça sem nenhum capacete
Nada de complexo, apenas um reflexo
Todas as loucuras têm o seu nexo
Já não digo o mesmo das emoções
Experimentadas nas minhas invariáveis deambulações
Vagabundo, nocturno caído num bueiro
Como tantos outros sem paradeiro, dá-me algum dinheiro
Para comer, não, não, não, dá-me algum amor para viver
Continua a não acontecer nada, maçada
Imagens desfocadas surgem à desfilada
E subitamente dou por mim assim
A pensar palavras abstractas como rim
Pai nosso que estais no céu
Sei que falo contigo do lugar do réu
Mas preciso de algo para sarar a minha chaga
Já agora diz-me, tens aí alguma vaga?
Pai nosso que estais no céu
Sei que falo contigo do lugar do réu
Mas preciso de algo para sarar a minha chaga
Já agora diz-me, tens aí alguma vaga?
Pai nosso que estais no céu
Sei que falo contigo do lugar do réu
Mas preciso de algo para sarar a minha chaga
Já agora diz-me, tens aí alguma vaga?
Pai nosso que estais no céu
Sei que falo contigo do lugar do réu
Mas preciso de algo para sarar a minha chaga
Já agora diz-me, tens aí alguma vaga?
5 - RAGGA AIRLINES
"Só som!"
Toda a gente critica o telemóvel do vizinho
Mas no fundo, toda a gente queria ter um igualzinho
Toda a gente grita todos diferentes, todos iguais!
Mas se calhar há uns quantos bacanos a mais
Toda a gente quer ser solidária
Mas na hora da verdade toda a gente desaparece da área
Toda a gente quer ser muito moderna
Mas a tacanhez, essa há-de ser eterna
Toda a gente quer fazer algo de original
Acabando por copiar aquilo que acham original
Toda a gente repara se acabo duas frases da mesma maneira
(Se fôr esse o caso toda a gente caíu na ratoeira)
Apenas quero confimar se estou a receber a devida atenção
Da parte de toda a gente que ouve essa canção
Toda a gente precisa de parar e relaxar um bocado
E eu como toda a gente já tou stressado
Pego no microfone e faço disso o meu talento
Por fora, por dentro, mostrando o meu rebento
Superficial, composto, directo e indirecto
Tá-se cool e tá-se bem
Entrega-te ao meu som, é agora que convém!
Toda a gente critica, toda a gente tem muita pica
Mas é na mesa do café que toda a acção fica
Não há dinheiro que pague esse solzinho...
Manda mas é vir mais um cafézinho!
Toda a gente critica, toda a gente tem muita pica
Mas é na mesa do café que toda a acção fica
Não há dinheiro que pague esse solzinho...
Manda mas é vir mais um cafézinho!
Toda a gente, até compra camisa
Mas dessa treta ao fim ao cabo já ninguém precisa
Toda a gente fala da situação em Timor
Muitos para ganharem algo, muito poucos por amor
Há até quem costume falar na revolução
Mas a revolução não vais ser transmitida na televisão
Ele tem de acontecer dentro de cada um
Caso contrário nunca chegaremos a lugar algum
Há quem queira resolver os problemas do mundo inteiro
De uma só vez, confiante, confiante, tal e qual um bom escuteiro
Mas enquanto se perseguem tão nobres ideais
Esquecemo-nos de limpar os nossos quintais
Tentamos combater todos os males da terra
Quando afinal é na nossa casa que começa a guerra
Toda a gente devia parar de falar, olhar para dentro e agir
Virgul, dá-lhe a seguir:
Pego no microfone e faço disso o meu talento
Por fora, por dentro, mostrando o meu rebento
Superficial, composto, directo e indirecto
Tá-se cool e tá-se bem
Entrega-te ao meu som, é agora que convém
Toda a gente critica, toda a gente tem muita pica
Mas é na mesa do café que toda a acção fica
Não há dinheiro que pague esse solzinho...
Manda mas é vir mais um cafézinho
Toda a gente critica, toda a gente tem muita pica
Mas é na mesa do café que toda a acção fica
Não há dinheiro que pague esse solzinho...
Manda mas é vir mais um cafézinho!
Toda a gente critica, toda a gente tem muita pica
Mas é na mesa do café que toda a acção fica
Não há dinheiro que pague esse solzinho...
Manda mas é vir mais um cafézinho!
Toda a gente critica, toda a gente tem muita pica
Mas é na mesa do café que toda a acção fica
Não há dinheiro que pague esse solzinho...
Manda mas é vir mais um cafézinho!
Toda a gente critica, toda a gente tem muita pica
Mas é na mesa do café que toda a acção fica
Não há dinheiro que pague esse solzinho...
Manda mas é vir mais um cafézinho!
Toda a gente critica, toda a gente tem muita pica
Mas é na mesa do café que toda a acção fica
Não há dinheiro que pague esse solzinho...
Manda mas é vir mais um cafézinho!
A noite era calma, a chuva era intensa,
Uma fartazana, mas isso é sem ofensa,
Só eu e ela naquele fartote,
Amor, prazer, e eu mostrava o meu forte,
Com muita calma, com muito amor,
Ela na minha alma e eu gritando por favor...
Nunca me deixes, preciso de ti
O amor é uma loucura e tu precisas de mim
Em qualquer altura, em qualquer lugar
Sinto a tua presença até no meu olhar...
Nunca me deixes, preciso de ti
O amor é uma loucura e tu precisas de mim
Em qualquer altura, em qualquer lugar
Sinto a tua presença até no meu olhar...
Meu amor, minha dor, meu prazer, meu terror,
Razão de toda a fé e descrença no criador,
Tarde de verão, noite de inverno
Brisa de paraíso ou chama de inferno,
És como um 2 em 1 versão concentrada
Para a minha razão angustiada, serenada,
Sempre ao meu lado. Sempre longe de mim,
Sempre mais que suficiente, sempre assim assim...
Nunca me deixes, preciso de ti
O amor é uma loucura e tu precisas de mim
Em qualquer altura, em qualquer lugar
Sinto a tua presença até no meu olhar...
Nunca me deixes, preciso de ti
O amor é uma loucura e tu precisas de mim
Em qualquer altura, em qualquer lugar
Sinto a tua presença até no meu olhar...
Agora, embora, tudo passou,
Ela endoideceu e logo me largou,
Sem preconceito, andar à deriva,
Eu andava só e não tinha mais saída,
Agora, meu irmão, pensa um bocado:
Como passarias se estivesses neste caso?
Entre duas paredes, num lugar estreito
É como querer nadar sem ter o braço direito...
Nunca me deixes, preciso de ti
O amor é uma loucura e tu precisas de mim
Em qualquer altura, em qualquer lugar
Sinto a tua presença até no meu olhar...
Nunca me deixes, preciso de ti
O amor é uma loucura e tu precisas de mim
Em qualquer altura, em qualquer lugar
Sinto a tua presença até no meu olhar...
Nunca me deixes, preciso de ti
O amor é uma loucura e tu precisas de mim
Em qualquer altura, em qualquer lugar
Sinto a tua presença até no meu olhar...
Nunca me deixes, preciso de ti
O amor é uma loucura e tu precisas de mim
Em qualquer altura, em qualquer lugar
Sinto a tua presença até no meu olhar...
8 - FLANKOUT
"Só som!"
Andei na escola com o Bruno (que era bom aluno)
Uma noite mijou na rua, foi pouco oportuno
Um jipe de geninhos ía a passar e viu a cena
Azar, levantaram logo a antena
Aí está um pretexto tão bom como outro qualquer
Geninho gosta mais de bater do que dormir com uma mulher
Nem conseguiram disfarçar o seu regozijo
Quando viram o puto a ficar da cor do mijo
"Com que então, fazes da rua casa-de-banho, campeão?
Mostra-nos lá a tua identificação!"
Antes de ter dito o que quer que fosse
Um deles já lhe tinha dado um calduce...
Começou a levar forte e feio
Quando acabaram, o Bruno já fazia parte do passeio
"Temos a tua morada", disseram-lhe ao ouvido,
"Chibas-te, e vais-te arrepender de ter nascido!"
Casos de Polícia / Pura malícia
Fracos de Espírito / Da rua fazem a sua delícia
Casos de Polícia / Pura malícia
Fracos de Espírito / Da rua fazem a sua delícia
Casos de Polícia / Pura malícia
Fracos de Espírito / Da rua fazem a sua delícia
Casos de Polícia / Pura malícia
Fracos de Espírito / Da rua fazem a sua delícia
O Bruno então cresceu mas o trauma sempre ficou
Por ironia do destino polícia se tornou
Ontem bom aluno, hoje mau polícia em Almada
E nunca resolve os casos sem ser à estalada
"Nunca faças aquilo que não gostas que façam a ti"
Mas hoje em dia é muito raro o polícia que pensa assim
Não pensam nas consequências e a prepotência é a delícia
Abusam da sua farda, deixando mal toda a polícia
Cada vez são menos aqueles que em serviço que realmente protegem
E mais aqueles que batem e mesmo em serviço bebem...
Mas enfim... o Bruno é polícia e ruim
Será que se tornou pelo seu passado ou tem prazer em ser assim?
Casos de Polícia / Pura malícia
Fracos de Espírito / Da rua fazem a sua delícia
Casos de Polícia / Pura malícia
Fracos de Espírito / Da rua fazem a sua delícia
Casos de Polícia / Pura malícia
Fracos de Espírito / Da rua fazem a sua delícia
Casos de Polícia / Pura malícia
Fracos de Espírito / Da rua fazem a sua delícia
Casos de Polícia / Pura malícia
Fracos de Espírito / Da rua fazem a sua delícia
Casos de Polícia / Pura malícia
Fracos de Espírito / Da rua fazem a sua delícia
Casos de Polícia / Pura malícia
Fracos de Espírito / Da rua fazem a sua delícia
Casos de Polícia / Pura malícia
Fracos de Espírito / Da rua fazem a sua delícia
Dá-me um cigarro, dá-me lume
Dá-me uma cerveja, já sabes, o costume
Dá-me uma mortalha que eu enrolo isso
Dá-me a pedra e deixa-te disso
Dá-me uns trocos para beber um café
Vá lá, já sabes que estou farto de estar em pé
E não me olhes com essa cara atravessada
Dá-me o telefone da tua namorada
(Porquê, porquê, porquê?) Porque ela tem uma coisa para mim
Quantas pedras de gelo queres no teu gin?
Dá-me a tua vida, dá-me qualquer uma
Troco na boa, na buinha pelos meus ténis Puma
Dá-me um coração, o meu foi roubado
A cabra que o levou nem sequer deixou recado
Dá-me um pouco da tua classe, quem sabe talvez resultasse
Prometo que não a estrago, tá-se?
Dá-me um bilhete para o cinema
Melhor, dá-me a cara de uma estrela de cinema
Um sorriso Pepsodent de orelha a orelha
Fofinho e inocente tal e qual uma ovelha
Dá-me a tua integridade cabotina
Achas que cabe tudo na mesma terrina?
Sabia-me mesmo bem agora uma gelatina
Dá-me um tiro se isso te faz sentir melhor
Dá-me um lenço, dá cá, eu limpo-te o suor
Não consegues atirar, bem me queria parecer isso
Dá cá essa merda, eu faço-te o serviço!
Outra vez a paranóia, não consigo afastar o stress
Sempre a pensar que o mal não adormece
"Tenta manter a calma, não te deixes vencer
Não permitas que a raiva se apodere do teu ser"
Mas eu não consigo evitar em pensar nisto todo o dia
Toda a noite me atrofia, a cabeça não está fria
De tanto matutar dói como se fosse estalar
Só quero um pouco de paz para poder recuperar
As ideias continuam a desfilar à minha frente
Sequências diabólicas de uma mente doente
Parece que está tudo a andar à volta
Na volta, daqui a bocado vou arranjar uma escolta
Para me acompanhar numa viagem ao outro lado
A pouco e pouco a nóia deixa-me aprisionado
Não tenho hipótese alguma de sucesso
E daqui prá frente já não há regresso
Paranóia, paranóia, paranóia, paranóia...
Paranóia, paranóia, paranóia, paranóia...
Paranóia, paranóia, paranóia, paranóia...
Paranóia, paranóia, paranóia, paranóia...
Suores frios passeiam, corpo abaixo, corpo acima
Ferida aberta em carne viva que a nóia reanima
Permanentemente a queimar não deixa de me lembrar
Que esta dor está aqui veio para ficar
Tento a todo o custo manter a sensatez
Digo a mim mesmo pra não perder a lucidez
Mas da luz ao fim do túnel já nada resta
E como nos filmes de sexta-feira à noite no canal Fiesta
Sinto que já não sobra nenhum buraco aberto
Onde eu me possa enfiar, talvez perto do deserto
Posso fugir mas não me posso esconder
Posso até rezar mas não há nada a fazer
Mais cedo ou mais tarde ela apanha o passo
Quase que já posso sentir a cabra apertar o laço
Paranóia, paranóia, paranóia, paranóia...
Paranóia, paranóia, paranóia, paranóia...
Paranóia, paranóia, paranóia, paranóia...
Paranóia, paranóia, paranóia, paranóia...
O que era o produto de uma mente destorcida
Passou para outro nível logo de seguida
A alucinação deu lugar a uma constante realidade
Com requintes dignos de um livro de Marquês de Sade
Experiêncio uma metamorfose no corpo inteiro
Começa pela pele que lavo no chuveiro
Mas isto vai avançando para um estado cada vez mais precário
O meu corpo tornou-se num espécie de monstruário
Uma escoriação, um hematoma ou apenas mais uma chaga
Sucedem-se rapidamente como rimas do Vírgul a dar no Ragga
Olho-me ao espelho e já nada consigo distinguir
Parece que fui atropelado por um camião TIR
Não aceito mais ácidos marados do Quaresma
A minha vida nunca mais voltará a ser a mesma
Paranóia, paranóia, paranóia, paranóia...
Paranóia, paranóia, paranóia, paranóia...
Paranóia, paranóia, paranóia, paranóia...
Paranóia, paranóia, paranóia, paranóia...
12 - DENTRO DELA
"Só som!"
13 - ENCOSTEI-ME PARA TRÁS NA CADEIRA DO CONVÉS
"Sem letras!"
Contador de histórias, não consigo dormir
Leva-me a outro lado, faz-me sorrir
Faz-me ver coisas novas outra vez
Sentir a vida sem demais porquês
Sem qualquer tipo de preocupações
Quero experimentar um turbilhão de sensações
Porque as imagens que tu me mostras são raras
Raras como pérolas dentro de ostras, eu sei que não passam de uma ilusão
Mas eu prefiro-as ao dia-a-dia cinzentão
E durante momentos esqueço tudo
3 minutos tornam-se 3 dias de entrudo
Contador de histórias, quero dormir
Faz-me sonhar até a manhã vir
Assim tenho coragem para mais um dia
E faço de conta que não reparo na apatia
Contador de histórias, não consigo dormir
Conta-me uma história, faz-me sorrir
Do pormenor mais insignificante
Imediatamente consegues tornar algo de fascinante
Sensibilidade à flôr da pele
Fluindo palavras como cores vivas num pastel
Pintado especialmente para mim, não devia ter fim
Mas porque é que tem de ser assim?
Sabes que o meu apetite é insaciável
Às vezes consegue-se mesmo tornar-se intolerável...
Desculpa lá dread, se não nasci no gueto
Desculpa lá, se a pele da minha cara é demasiado clara, para me achares um verdadeiro preto.
Não há espiga, vamos fumar o cachimbo da paz
Eu, tu e um novo rico de fato lilás
Tu roubas-lhe o dinheiro... Eu roubo-te a intolerância e o preconceito
Vocês roubam-me o desconforto perfeito! (Vai mais uma passa?)
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