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Da Weasel -> 3º Capítulo

           
 
 

 
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1 - PEDAÇO DE ARTE

 

O receio, que eu queria o teu relógio

O receio, quando te pergunto as horas sentado no passeio

Com essa expressão não me consegues enganar

Leio na tua cara tudo o que estás a pensar

Na minha testa vem escrita a palavra perdido

Mas qual de nós os dois será exactamente o mais esclarecido?

Aquilo que a tua mente censura é a expressão de uma cultura

Tentaram abafá-la, mas ela perdura

Tudo o que tu vês fazer e que depois te limitas a repetir

Sem sequer te dares ao trabalho de parar e reflectir

Tudo o que te ensinam na privada, jaula dourada

Onde por bons rapazes a menina foi violada

Tudo o que a mamã (que a trata por você desde bébé)

Lhe disse sobre a escumalha, sobre a ralé

Tudo isso é verdadeiro como um O.V.N.I. de Marte

Enquanto aquilo que eu te trago é um pedaço de arte

 

Estranho, mas eu apanho que algo em mim te dá tesão

Mas é tão difícil aceitar essa sensação

Imaginas por momentos como seria

Se te aventurasses a fazê-lo quem sabe um dia,

Se conseguisses experimentar sem ninguém dar por nada

Na volta davas uma queca bem suada

Deixava-te virada, estás a delirar, com certeza

Pensa só numa mistura dessa natureza

Passam-te pela cabeça as ideias mais tontas

Deixa as aventuras para a pocahontas

Afinal de contas...

Nem devias estar sozinha a esta hora

Mas a tua amiga normalmente não se demora

E agora só te apetece dar um grito

Um breve momento passa a ser infinito

Vai com calma, não quero que tenhas nenhum enfarte

Relaxa e aprecia este pedaço de arte

 

Eu não quero nada de ti, nem de mão beijada

Fiz-te uma simples pergunta, mais nada!

O preconceito espelhado na tua face

Foi suficiente para que eu desde logo me assustasse

É irónico, mas enojas-me, mais do que eu a ti

Bastou-me um segundo e logo, logo percebi

Nasci ontem mas passei a noite acordado

Conheço bué pessoas, de facto sou licenciado

Numa escola a que nunca terás acesso

Nem todo o dinheiro do mundo chega para o teu ingresso

Guarda o teu medo e segue lá o teu caminho

Só queria saber se ainda tava a dar o Marinho

Hoje quero ir ouvir um som doce como uma tarte

E deliciar-me com mais um pedaço de arte...

 

Peguei neste pedaço, mas com tudo o que é preciso

Desde palavras e sons, até mesmo um improviso

Puro como água, doce como uma tarte

Faz então a tua porque eu já fiz a minha parte...

 

Peguei neste pedaço, mas com tudo o que é preciso

Desde palavras e sons, até mesmo um improviso

Puro como água, doce como uma tarte

Faz então a tua porque eu já fiz a minha parte...

 

Peguei neste pedaço, mas com tudo o que é preciso

Desde palavras e sons, até mesmo um improviso

Puro como água, doce como uma tarte

Faz então a tua porque eu já fiz a minha parte...

 

Peguei neste pedaço, mas com tudo o que é preciso

Desde palavras e sons, até mesmo um improviso

Puro como água, doce como uma tarte

Faz então a tua porque eu já fiz a minha parte...

 

Peguei neste pedaço, mas com tudo o que é preciso

Desde palavras e sons, até mesmo um improviso

Puro como água, doce como uma tarte

Faz então a tua porque eu já fiz a minha parte...

 


 

2 - TUDO NA MESMA

 

Nada de novo neste panorama, a mesma trama:

O people na rua continua todo à mama

Permanentemente em estado de alerta

À espera da altura certa, numa porta entreaberta

Há esquemas novos em folha para serem postos em prática

De uma forma maquinal, automática

Nada mais natural para todos os vivos

Nativos cativos da rua para sempre esquivos

Agarrados não tão parados por um segundo

De um lado para o outro correm meio mundo, no fundo

Há banhadas para serem dadas (contos de fadas)

Histórias maradas para serem contadas

Comeca um estrilho por dá cá aquela palha (malha, malha)

Um bacano todo oudido, nunca falha, nunca falha

Da necessidade muitos fizeram virtude

Com a esperança de que talvez um dia tudo mude...

 

Na mesma: as putas continuam a atacar, dealer's a dealar

Junkies a comprar, putos vivos a roubar

Não há nada de novo, não há nada de anormal

E as cenas desenrolam-se de forma casual

 

Na mesma: as putas continuam a atacar, dealer's a dealar

Junkies a comprar, putos vivos a roubar

Não há nada de novo, não há nada de anormal

E as cenas desenrolam-se de forma casual

 

Pretendendo, querendo, falando, mostrando uma nova actividade

Não sei o que pensam, não sei o que vêem a não ser a realidade

Um mundo fudido que toda a gente desfruta:

Agarrados, putos fudidos, inocentes e até mesmo filhos da puta

No meio disto tudo as prostitutas são as lixadas:

Levam porrada, são violadas e têm que estar caladas

Mas a vida continua e enquanto há vida há esperança

Penso eu, pensamos nós que um dia haverá então a tal mudança

Só queremos que sigam o verdadeiro rumo

Que sigam o caminho certo e não um caminho oportuno

Porque este rumo, sim, é o futuro

E se este não é o caminho certo, pelo menos é o mais seguro

 

Na mesma: as putas continuam a atacar, dealer's a dealar

Junkies a comprar, putos vivos a roubar

Não há nada de novo, não há nada de anormal

E as cenas desenrolam-se de forma casual

 

Na mesma: as putas continuam a atacar, dealer's a dealar

Junkies a comprar, putos vivos a roubar

Não há nada de novo, não há nada de anormal

E as cenas desenrolam-se de forma casual

 

Ao mesmo tempo que um drogado compra o produto

Uma velhinha é assaltada por um puto

Uma prostituta é violada e largada num viaduto, tudo isto é fruto

Resultado de uma desigualdade que nos rodeia

Pela cidade a criminalidade vagueia, começa a estender-se como uma teia

Ei-la aí: cada vez mais difícil de conter

Uns com ela a sofrer

Outros para o aumento dela contribuir, porque é dela que vão subsistir

Ladrões sempre haverão de existir, enquanto houver o que roubar...

Resta apenas saber-se o que vão roubar

Drogados sempre existirão enquanto houver dealers a traficar

Basta apenas lançar um pequeno olhar sobre o rumo dos acontecimentos para ver que as cenas têm tendência a piorar

É um cenário difícil de alterar...

É um cenário difícil de alterar...

É um cenário difícil de alterar...

 

Na mesma: as putas continuam a atacar, dealer's a dealar

Junkies a comprar, putos vivos a roubar

Não há nada de novo, não há nada de anormal

E as cenas desenrolam-se de forma casual

 

Na mesma: as putas continuam a atacar, dealer's a dealar

Junkies a comprar, putos vivos a roubar

Não há nada de novo, não há nada de anormal

E as cenas desenrolam-se de forma casual

 

Na mesma: as putas continuam a atacar, dealer's a dealar

Junkies a comprar, putos vivos a roubar

Não há nada de novo, não há nada de anormal

E as cenas desenrolam-se de forma casual

 

Na mesma: as putas continuam a atacar, dealer's a dealar

Junkies a comprar, putos vivos a roubar

Não há nada de novo, não há nada de anormal

E as cenas desenrolam-se de forma casual

 


 

3 - MICROCOSMICA

 

"Só som!"

 


 

4 - PREGOS

 

Acendo mais um cigarro

E mais uma vez faço um esforço para ver se não aparro

Quando engulo o último ansiolítico

Prevejo mais um serão apocaliptico

Contigo o conhecimento surgia como um rebento

Dizem que o tempo tudo cura, não me contento

Sinto o meu corpo em frente da televisão

Desesperadamente à espera de um empurrão, mas não

Continua a não acontecer nada, maçada

Imagens desfocadas surgem à desfilada

E subitamente dou por mim assim

A pensar palavras abstractas como rim

Abstracto? De bom grado

Assinaria um pacto, exacto, diabo passa-me o contracto

Vendo-te a alma quando o corpo for enterrado

Pronto para continuar a ser devorado

Porque é que hei de correr para o que quer que seja

Se afinal não é isso que o meu corpo deseja

Sinto-me como um bébé preguiçoso, e dorminhoco

Deixando-me levar a pouco e pouco

Continua a não acontecer nada, maçada

Imagens desfocadas surgem à desfilada

E subitamente dou por mim assim

A pensar palavras abstractas como rim

 

Pai nosso que estais no céu

Sei que falo contigo do lugar do réu

Mas preciso de algo para sarar a minha chaga

Já agora diz-me, tens aí alguma vaga?

 

Pai nosso que estais no céu

Sei que falo contigo do lugar do réu

Mas preciso de algo para sarar a minha chaga

Já agora diz-me, tens aí alguma vaga?

 

Basta! Dá-me um batuque que eu preciso dançar

Não! Dá-me antes a tua boca para eu a beijar

Vejo na minha cabeça um corpo balançante

Brilha quando abraça o seu amante

E lembro-me de nós, da tua voz

De noites inenarráveis passadas a sós

A chuva que me atrai pica como um alfinete

Atirei-me de cabeça sem nenhum capacete

Nada de complexo, apenas um reflexo

Todas as loucuras têm o seu nexo

Já não digo o mesmo das emoções

Experimentadas nas minhas invariáveis deambulações

Vagabundo, nocturno caído num bueiro

Como tantos outros sem paradeiro, dá-me algum dinheiro

Para comer, não, não, não, dá-me algum amor para viver

 

Continua a não acontecer nada, maçada

Imagens desfocadas surgem à desfilada

E subitamente dou por mim assim

A pensar palavras abstractas como rim

 

Pai nosso que estais no céu

Sei que falo contigo do lugar do réu

Mas preciso de algo para sarar a minha chaga

Já agora diz-me, tens aí alguma vaga?

 

Pai nosso que estais no céu

Sei que falo contigo do lugar do réu

Mas preciso de algo para sarar a minha chaga

Já agora diz-me, tens aí alguma vaga?

 

Pai nosso que estais no céu

Sei que falo contigo do lugar do réu

Mas preciso de algo para sarar a minha chaga

Já agora diz-me, tens aí alguma vaga?

 

Pai nosso que estais no céu

Sei que falo contigo do lugar do réu

Mas preciso de algo para sarar a minha chaga

Já agora diz-me, tens aí alguma vaga?

 


 

5 - RAGGA AIRLINES

 

"Só som!"

 


 

6 - TODAGENTE

 

Toda a gente critica o telemóvel do vizinho

Mas no fundo, toda a gente queria ter um igualzinho

Toda a gente grita todos diferentes, todos iguais!

Mas se calhar há uns quantos bacanos a mais

Toda a gente quer ser solidária

Mas na hora da verdade toda a gente desaparece da área

Toda a gente quer ser muito moderna

Mas a tacanhez, essa há-de ser eterna

Toda a gente quer fazer algo de original

Acabando por copiar aquilo que acham original

Toda a gente repara se acabo duas frases da mesma maneira

(Se fôr esse o caso toda a gente caíu na ratoeira)

Apenas quero confimar se estou a receber a devida atenção

Da parte de toda a gente que ouve essa canção

Toda a gente precisa de parar e relaxar um bocado

E eu como toda a gente já tou stressado

Pego no microfone e faço disso o meu talento

Por fora, por dentro, mostrando o meu rebento

Superficial, composto, directo e indirecto

Tá-se cool e tá-se bem

Entrega-te ao meu som, é agora que convém!

 

Toda a gente critica, toda a gente tem muita pica

Mas é na mesa do café que toda a acção fica

Não há dinheiro que pague esse solzinho...

Manda mas é vir mais um cafézinho!

 

Toda a gente critica, toda a gente tem muita pica

Mas é na mesa do café que toda a acção fica

Não há dinheiro que pague esse solzinho...

Manda mas é vir mais um cafézinho!

 

Toda a gente, até compra camisa

Mas dessa treta ao fim ao cabo já ninguém precisa

Toda a gente fala da situação em Timor

Muitos para ganharem algo, muito poucos por amor

Há até quem costume falar na revolução

Mas a revolução não vais ser transmitida na televisão

Ele tem de acontecer dentro de cada um

Caso contrário nunca chegaremos a lugar algum

Há quem queira resolver os problemas do mundo inteiro

De uma só vez, confiante, confiante, tal e qual um bom escuteiro

Mas enquanto se perseguem tão nobres ideais

Esquecemo-nos de limpar os nossos quintais

Tentamos combater todos os males da terra

Quando afinal é na nossa casa que começa a guerra

Toda a gente devia parar de falar, olhar para dentro e agir

Virgul, dá-lhe a seguir:

Pego no microfone e faço disso o meu talento

Por fora, por dentro, mostrando o meu rebento

Superficial, composto, directo e indirecto

Tá-se cool e tá-se bem

Entrega-te ao meu som, é agora que convém

 

Toda a gente critica, toda a gente tem muita pica

Mas é na mesa do café que toda a acção fica

Não há dinheiro que pague esse solzinho...

Manda mas é vir mais um cafézinho

 

Toda a gente critica, toda a gente tem muita pica

Mas é na mesa do café que toda a acção fica

Não há dinheiro que pague esse solzinho...

Manda mas é vir mais um cafézinho!

 

Toda a gente critica, toda a gente tem muita pica

Mas é na mesa do café que toda a acção fica

Não há dinheiro que pague esse solzinho...

Manda mas é vir mais um cafézinho!

 

Toda a gente critica, toda a gente tem muita pica

Mas é na mesa do café que toda a acção fica

Não há dinheiro que pague esse solzinho...

Manda mas é vir mais um cafézinho!

 

Toda a gente critica, toda a gente tem muita pica

Mas é na mesa do café que toda a acção fica

Não há dinheiro que pague esse solzinho...

Manda mas é vir mais um cafézinho!

 

Toda a gente critica, toda a gente tem muita pica

Mas é na mesa do café que toda a acção fica

Não há dinheiro que pague esse solzinho...

Manda mas é vir mais um cafézinho!

 


 

7 - DÚIA

 

A noite era calma, a chuva era intensa,

Uma fartazana, mas isso é sem ofensa,

Só eu e ela naquele fartote,

Amor, prazer, e eu mostrava o meu forte,

Com muita calma, com muito amor,

Ela na minha alma e eu gritando por favor...

 

Nunca me deixes, preciso de ti

O amor é uma loucura e tu precisas de mim

Em qualquer altura, em qualquer lugar

Sinto a tua presença até no meu olhar...

 

Nunca me deixes, preciso de ti

O amor é uma loucura e tu precisas de mim

Em qualquer altura, em qualquer lugar

Sinto a tua presença até no meu olhar...

 

Meu amor, minha dor, meu prazer, meu terror,

Razão de toda a fé e descrença no criador,

Tarde de verão, noite de inverno

Brisa de paraíso ou chama de inferno,

És como um 2 em 1 versão concentrada

Para a minha razão angustiada, serenada,

Sempre ao meu lado. Sempre longe de mim,

Sempre mais que suficiente, sempre assim assim...

 

Nunca me deixes, preciso de ti

O amor é uma loucura e tu precisas de mim

Em qualquer altura, em qualquer lugar

Sinto a tua presença até no meu olhar...

 

Nunca me deixes, preciso de ti

O amor é uma loucura e tu precisas de mim

Em qualquer altura, em qualquer lugar

Sinto a tua presença até no meu olhar...

 

Agora, embora, tudo passou,

Ela endoideceu e logo me largou,

Sem preconceito, andar à deriva,

Eu andava só e não tinha mais saída,

Agora, meu irmão, pensa um bocado:

Como passarias se estivesses neste caso?

Entre duas paredes, num lugar estreito

É como querer nadar sem ter o braço direito...

 

Nunca me deixes, preciso de ti

O amor é uma loucura e tu precisas de mim

Em qualquer altura, em qualquer lugar

Sinto a tua presença até no meu olhar...

 

Nunca me deixes, preciso de ti

O amor é uma loucura e tu precisas de mim

Em qualquer altura, em qualquer lugar

Sinto a tua presença até no meu olhar...

 

Nunca me deixes, preciso de ti

O amor é uma loucura e tu precisas de mim

Em qualquer altura, em qualquer lugar

Sinto a tua presença até no meu olhar...

 

Nunca me deixes, preciso de ti

O amor é uma loucura e tu precisas de mim

Em qualquer altura, em qualquer lugar

Sinto a tua presença até no meu olhar...

 


 

8 - FLANKOUT

 

"Só som!"

 


 

9 - CASOS DE POLÍCIA

 

Andei na escola com o Bruno (que era bom aluno)

Uma noite mijou na rua, foi pouco oportuno

Um jipe de geninhos ía a passar e viu a cena

Azar, levantaram logo a antena

Aí está um pretexto tão bom como outro qualquer

Geninho gosta mais de bater do que dormir com uma mulher

Nem conseguiram disfarçar o seu regozijo

Quando viram o puto a ficar da cor do mijo

"Com que então, fazes da rua casa-de-banho, campeão?

Mostra-nos lá a tua identificação!"

Antes de ter dito o que quer que fosse

Um deles já lhe tinha dado um calduce...

Começou a levar forte e feio

Quando acabaram, o Bruno já fazia parte do passeio

"Temos a tua morada", disseram-lhe ao ouvido,

"Chibas-te, e vais-te arrepender de ter nascido!"

 

Casos de Polícia / Pura malícia

Fracos de Espírito / Da rua fazem a sua delícia

 

Casos de Polícia / Pura malícia

Fracos de Espírito / Da rua fazem a sua delícia

 

Casos de Polícia / Pura malícia

Fracos de Espírito / Da rua fazem a sua delícia

 

Casos de Polícia / Pura malícia

Fracos de Espírito / Da rua fazem a sua delícia

 

O Bruno então cresceu mas o trauma sempre ficou

Por ironia do destino polícia se tornou

Ontem bom aluno, hoje mau polícia em Almada

E nunca resolve os casos sem ser à estalada

"Nunca faças aquilo que não gostas que façam a ti"

Mas hoje em dia é muito raro o polícia que pensa assim

Não pensam nas consequências e a prepotência é a delícia

Abusam da sua farda, deixando mal toda a polícia

Cada vez são menos aqueles que em serviço que realmente protegem

E mais aqueles que batem e mesmo em serviço bebem...

Mas enfim... o Bruno é polícia e ruim

Será que se tornou pelo seu passado ou tem prazer em ser assim?

 

Casos de Polícia / Pura malícia

Fracos de Espírito / Da rua fazem a sua delícia

 

Casos de Polícia / Pura malícia

Fracos de Espírito / Da rua fazem a sua delícia

 

Casos de Polícia / Pura malícia

Fracos de Espírito / Da rua fazem a sua delícia

 

Casos de Polícia / Pura malícia

Fracos de Espírito / Da rua fazem a sua delícia

 

Casos de Polícia / Pura malícia

Fracos de Espírito / Da rua fazem a sua delícia

 

Casos de Polícia / Pura malícia

Fracos de Espírito / Da rua fazem a sua delícia

 

Casos de Polícia / Pura malícia

Fracos de Espírito / Da rua fazem a sua delícia

 

Casos de Polícia / Pura malícia

Fracos de Espírito / Da rua fazem a sua delícia

 


 

10 - O SERVIÇO

 

Dá-me um cigarro, dá-me lume

Dá-me uma cerveja, já sabes, o costume

Dá-me uma mortalha que eu enrolo isso

Dá-me a pedra e deixa-te disso

Dá-me uns trocos para beber um café

Vá lá, já sabes que estou farto de estar em pé

E não me olhes com essa cara atravessada

Dá-me o telefone da tua namorada

(Porquê, porquê, porquê?) Porque ela tem uma coisa para mim

Quantas pedras de gelo queres no teu gin?

Dá-me a tua vida, dá-me qualquer uma

Troco na boa, na buinha pelos meus ténis Puma

Dá-me um coração, o meu foi roubado

A cabra que o levou nem sequer deixou recado

Dá-me um pouco da tua classe, quem sabe talvez resultasse

Prometo que não a estrago, tá-se?

Dá-me um bilhete para o cinema

Melhor, dá-me a cara de uma estrela de cinema

Um sorriso Pepsodent de orelha a orelha

Fofinho e inocente tal e qual uma ovelha

Dá-me a tua integridade cabotina

Achas que cabe tudo na mesma terrina?

Sabia-me mesmo bem agora uma gelatina

Dá-me um tiro se isso te faz sentir melhor

Dá-me um lenço, dá cá, eu limpo-te o suor

Não consegues atirar, bem me queria parecer isso

Dá cá essa merda, eu faço-te o serviço!

 


 

 11 - PARA A NÓIA

 

Outra vez a paranóia, não consigo afastar o stress

Sempre a pensar que o mal não adormece

"Tenta manter a calma, não te deixes vencer

Não permitas que a raiva se apodere do teu ser"

Mas eu não consigo evitar em pensar nisto todo o dia

Toda a noite me atrofia, a cabeça não está fria

De tanto matutar dói como se fosse estalar

Só quero um pouco de paz para poder recuperar

As ideias continuam a desfilar à minha frente

Sequências diabólicas de uma mente doente

Parece que está tudo a andar à volta

Na volta, daqui a bocado vou arranjar uma escolta

Para me acompanhar numa viagem ao outro lado

A pouco e pouco a nóia deixa-me aprisionado

Não tenho hipótese alguma de sucesso

E daqui prá frente já não há regresso

 

Paranóia, paranóia, paranóia, paranóia...

Paranóia, paranóia, paranóia, paranóia...

Paranóia, paranóia, paranóia, paranóia...

Paranóia, paranóia, paranóia, paranóia...

 

Suores frios passeiam, corpo abaixo, corpo acima

Ferida aberta em carne viva que a nóia reanima

Permanentemente a queimar não deixa de me lembrar

Que esta dor está aqui veio para ficar

Tento a todo o custo manter a sensatez

Digo a mim mesmo pra não perder a lucidez

Mas da luz ao fim do túnel já nada resta

E como nos filmes de sexta-feira à noite no canal Fiesta

Sinto que já não sobra nenhum buraco aberto

Onde eu me possa enfiar, talvez perto do deserto

Posso fugir mas não me posso esconder

Posso até rezar mas não há nada a fazer

Mais cedo ou mais tarde ela apanha o passo

Quase que já posso sentir a cabra apertar o laço

 

Paranóia, paranóia, paranóia, paranóia...

Paranóia, paranóia, paranóia, paranóia...

Paranóia, paranóia, paranóia, paranóia...

Paranóia, paranóia, paranóia, paranóia...

 

O que era o produto de uma mente destorcida

Passou para outro nível logo de seguida

A alucinação deu lugar a uma constante realidade

Com requintes dignos de um livro de Marquês de Sade

Experiêncio uma metamorfose no corpo inteiro

Começa pela pele que lavo no chuveiro

Mas isto vai avançando para um estado cada vez mais precário

O meu corpo tornou-se num espécie de monstruário

Uma escoriação, um hematoma ou apenas mais uma chaga

Sucedem-se rapidamente como rimas do Vírgul a dar no Ragga

Olho-me ao espelho e já nada consigo distinguir

Parece que fui atropelado por um camião TIR

Não aceito mais ácidos marados do Quaresma

A minha vida nunca mais voltará a ser a mesma

 

Paranóia, paranóia, paranóia, paranóia...

Paranóia, paranóia, paranóia, paranóia...

Paranóia, paranóia, paranóia, paranóia...

Paranóia, paranóia, paranóia, paranóia...

 


 

12 - DENTRO DELA

 

"Só som!"

 


 

13 - ENCOSTEI-ME PARA TRÁS NA CADEIRA DO CONVÉS

 

"Sem letras!"

 


 

14 - CONTADOR DE ESTÓRIAS

 

Contador de histórias, não consigo dormir

Leva-me a outro lado, faz-me sorrir

Faz-me ver coisas novas outra vez

Sentir a vida sem demais porquês

Sem qualquer tipo de preocupações

Quero experimentar um turbilhão de sensações

Porque as imagens que tu me mostras são raras

Raras como pérolas dentro de ostras, eu sei que não passam de uma ilusão

Mas eu prefiro-as ao dia-a-dia cinzentão

E durante momentos esqueço tudo

3 minutos tornam-se 3 dias de entrudo

Contador de histórias, quero dormir

Faz-me sonhar até a manhã vir

Assim tenho coragem para mais um dia

E faço de conta que não reparo na apatia

Contador de histórias, não consigo dormir

Conta-me uma história, faz-me sorrir

Do pormenor mais insignificante

Imediatamente consegues tornar algo de fascinante

Sensibilidade à flôr da pele

Fluindo palavras como cores vivas num pastel

Pintado especialmente para mim, não devia ter fim

Mas porque é que tem de ser assim?

Sabes que o meu apetite é insaciável

Às vezes consegue-se mesmo tornar-se intolerável...

 


 

15 - CACHIMBO DA PAZ

 

Desculpa lá dread, se não nasci no gueto

Desculpa lá, se a pele da minha cara é demasiado clara, para me achares um verdadeiro preto.

Não há espiga, vamos fumar o cachimbo da paz

Eu, tu e um novo rico de fato lilás

Tu roubas-lhe o dinheiro... Eu roubo-te a intolerância e o preconceito

Vocês roubam-me o desconforto perfeito! (Vai mais uma passa?)

 


 
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