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arquivo virtual de cartografia urbana portuguesa Síntese histórica.
 

As cidades medievais planeadas. A regularidade dos traçados

Entre o século III, em que se inicia o declínio das cidades europeias, e o renascimentos urbano do século XIII, existem elos de continuidade com o a cultura da Antiguidade Clássica que permanecem ao longo da idade média. São eles que vão permitir o florescimento das cidades medievais planeadas a partir do século XIII. Em Portugal a fundação de cidades novas esteve ligada aos processos de reconquista e de repovoamento dos territórios conquistados aos Mouros, e de reorganização política e económica do Reino. D. Afonso III e D. Diniz fundaram várias destas cidades (6) em zonas de fronteira ou em áreas que necessitavam de ser colonizadas ou desenvolvidas economicamente.

Os traçados destas cidades medievais eram regulares, tendendo para uma organização ortogonal de ruas e de quarteirões. Os quarteirões tinham uma forma rectangular alongada, sendo cada um deles constituído por um número idêntico de estreitos lotes urbanos paralelos uns aos outros, com uma frente para uma rua principal e outra frente para uma rua de traseiras. Estruturava-se assim uma hierarquia de ruas de frente e de traseiras, que se alternavam, com diferentes perfis e diferentes características arquitectónicas, cortadas por transversais. Cada quarteirão era composto por um número idêntico de lotes, e as dimensões das ruas principais e secundárias, dos quarteirões e dos lotes eram constantes dentro de cada cidade.

Ver também: As Formas Urbanas das Cidades de Origem Portuguesa cap.6.

Valença


Viana


Monsaraz

Monção

Estremoz