Sensores

Na generalidade, as aplicações de realidade virtual, não fazem qualquer sentido sem que o utilizador possa interagir com o mundo criado. Ou porque é necessário “mover” um objecto, ou simplesmente para se deslocar dentro do mundo torna-se fundamental a existência de mecanismos que forneçam informação do mundo real ao sistema computacional. Usualmente esta informação limita-se ao estado da pessoa que interactua com o sistema, por ser esta a categoria de informação indispensável e que mais sentido faz incluir no mundo virtual.

 

Sensores de Posição – Orientação

Este é o tipo de sensor mais largamente utilizado. Destina-se unicamente a inferir e comunicar ao computador a posição espacial e a orientação de determinada parte do corpo, ou objecto ao qual está associado.

Primariamente, a sua utilização serve para determinar e controlar o ponto de vista fornecido ao utilizador. Assim, a montagem mais comum deste sensor é aquela que se destina a uma utilização associada ao movimento da cabeça, de forma permitir a inferência do ponto no espaço para onde está orientado o ponto de vista individual.

Imagem 6 - Fotografia do sistema sensor Polhemus IsoTrackO seu funcionamento baseia-se na geração de um campo magnético [Polhemus 99], cuja intensidade e orientação é conhecida, e num pequeno sensor electro - magnético que consegue detectar pequenas variações na intensidade e  orientação do campo gerado. O gerador de campo magnético fica, numa instalação convencional, numa posição fixa, enquanto o sensor é associado ao corpo ou objecto alvo. É possível, e aconselhável em situações de utilização avançada, a conjugação de dois sensores no mesmo ponto para uma melhor localização, pois é necessário proceder ao cruzamento de informação de dois sensores para inferir todas as componentes da posição e orientação (limitação inerente às características físicas dos campos magnéticos).

Como complemento à utilização destes sensores como identificadores do ponto de vista do mundo virtual, pode-se utilizar um detector de movimento dos olhos, de forma a obter com uma exactidão o ponto para onde o utilizador olha.

Em resultado da utilização de campos magnéticos nestes dispositivos a sua utilização está fortemente condicionada a ambientes livres de interferências magnéticas intensas e da presença de grandes objectos metálicos.

 

Sensores de posicionamento corporal

Nos casos em que se pretenda uma interacção do utilizador com os objectos do mundoImagem 7 - Fotografia de uma luva  5DT virtual (permitir que se agarrem objectos, por exemplo) torna-se necessário obter informação da posição corporal, normalmente das mãos. Para tal recorrem-se a luvas sensoriais, que identificam os movimentos das articulações da mão e calculam a configuração que a mão apresenta em cada instante.

Com o intuito de melhorar a interactividade, é associado um sensor de posição - orientação com a luva, e em casos mais específicos são fornecidos estímulos tácteis aos  dedos do utilizador [5DT 2000].