PS3: Uma aqrquitectura diferente

Como já foi dito, a arquitectura usada na próxima consola da Sony, a Playstation 3, é baseada na família PowerPC 970 da IBM, mas contem enormes modificações a nível arquitectural e funcional. Foi desenvolvido pela Sony, Toshiba e IBM.

Este consórcio está a apostar na ideia de processamento em paralelo, dirigindo esforços no sentido de ter também hardware que controla e coordena esse paralelismo. Todo este esforço, crê o consorcio, irá ajudar bastante a consola ao nível do multimédia e da experiencia dada aos utilizadores/jogadores.

O que distingue então este processador da Playstation 3 dos outros processadores? Principalmente o facto de ser dividio em vários elementos:

- PowerPC Processing Element (PPE)

- Synergistic Processing Element (SPE)

- Element Interconect Bus (EIB)

Passamos agora a explicar o que faz cada um destes elementos.

Cada SPE é na realidade um processador independente, com a sua própria memoria cache.

O PPE é um processador dual-core que controla todos os outros SPEs.

Finalmente estes são interligados atrevés do EIB, um bus que permite intercambiar informação a grande velocidade.

Resta adicionar que ambos os PPEs e SPEs têm ligação directa a memória do tipo RAMBUS com uma largura de banda total de 76Gbyte/s.

Como foi dito, o “The Cell” vai ter vários SPEs. Espera-se que leve entre 4 e 8, sendo possível incluir mais em futuras versões deste processador.

Onde encaixa a arquitectura PowerPC nisto tudo? O PPE dual-core, que controla os SPEs é fortemente (se não completamente) baseado no PowerPC 970 da IBM.

É ele quem vai decidir onde enviar os dados para processar e se ocupa das tarefas de gerênciamento posteriores. É um processador de 64-bits, inicialmente fabricado num processo de 90nm e, posteriormente, já se planeia uma versão de 65nm.

A velocidade de relógio também é espantosa, tendo sido possível ver o “The Cell” a trabalhar a uns espantosos 5.6Ghz mas prevê-se que, em uso normal, apenas funcione a 4Ghz.

Prevê-se que o desempenho ronde os 250GFLOPS, o que é um valor abismal para uma “simples” consola de jogos.