Os cânticos que eles entoavam dentro dos templos foram posteriormente denominados por "espirituais negros", cânticos esses que ainda hoje existem. A contrapartida profana desses cânticos são os "blues". Os blues não só deram origem ao jazz, mas também mantêm-se dentro dele na forma de temas, motivos melódicos sobre os quais os músicos jazz improvisam. Foi apenas no início do século XX que o jazz foi reconhecido e ganhou posição no meio musical deixando de ser tão marginalizado como até aí.
A estrutura do jazz assenta nesses dois elementos: "swing" e "blues". O músico de jazz tem como suporte o "swing" improvisa sobre uma melodia simples, quase sempre triste e muito carregada emocionalmente, os "blues" . Em todos os concertos o músico de jazz não se limita a reproduzir a música executada nos ensaios. Ele improvisa, ali, em palco correndo todos os riscos que daí lhe advêm.
Um factor que agora, na nossa sociedade conta é a imagem de quem interpreta e ao que parece por vezes conta mais do que a música. Quando assim é, algo está errado. As produtoras aproveitam-se de uma evidente falta de cultura musical existente no nosso país e produzem música de qualidade duvidável, ou, por vezes nem se duvída da falta da mesma. Depois é só criar uma boa estratégia de publicidade e temos no mercado mais um cantor uma cantora, ou até uma grupo deles que valem pela imagem que apresentam. Felizmente muita gente ouve boa música. Eu digo felizmente porque quem não a ouve não sabe as sensações que ela pode transmitir, os estados de espírito que ela provoca.
O que me preocupa é o facto de actualmente os media disporem de meios para construir ou destruir um artista, em particular um músico. O que nos devia preocupar a todos é que eles efectivamente usam esses meios.
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