Educação à Distância
História
Evolução
Alunos
Professores
Material de apoio
Factores a considerar na criação de um curso à distância
Conclusão
Bibliografia


Página elaborada por Marco Aurélio Ribeiro Costa no âmbito da cadeira de Sstemas de Formação, 4 Janeiro 1999



 
 
 
História
            A educação à distância surgiu pela primeira vez decorria o ano de 1881, quando William Rainey Harper primeiro reitor e fundador da Universidade de Chicago, ofereceu um curso de Hebreu por correspondência, diga-se, com bastante sucesso.
            Em 1889 o Queen's College do Canadá disponibilizou uma serie de cursos à distância, também bem aceites, tendo como principais factores de aceitação o baixo custo e o afastamento geográfico dos grandes centros do país.
            Daí em diante muitos foram aqueles que disponibilizaram cursos aproveitando a tecnologia disponível no momento.
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Evolução
            Desde 1881 até hoje o mundo mudou bastante, mas onde se verifica maior transformação / evolução é sobre o mundo tecnológico. É sobre este prisma que se podem identificar três gerações evolucionais na educação à distância :
            Geração Textual : Até cerca de 1960 o único meio de aprendizagem à distância eram textos impressos. Este método deixava ao aluno a grande responsabilidade de aprender sozinho, não existia apoio pedagógico além dos textos já referidos.
            Geração Analógica : Entre 1960 e 1980 mantiveram-se os textos impressos como suporte, mas, surgiu como apoio o vídeo e o audio.
            Geração Digital: A terceira é a realidade dos nossos dias, onde são aplicados uma grande diferenciação de métodos. Desde textos à vídeo conferência, audio, vídeo, com forte apoio na Internet e comunicação via satélite. Tendo tanta tecnologia disponível, surge a necessidade de escolher as mais adequadas a cada caso.
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Alunos
            O tipo de alunos que procuram na educação à distância a forma de adquirir novos  conhecimentos, ou "apenas" reciclar conhecimentos esquecidos ou desactualizados é tão vasto quanto o âmbito da oferta.
            Com a educação à distância, mais que em qualquer outro método de ensinar, a responsabilidade cai em grande parte sobre o aluno. Não há contacto directo aluno-professor, não o contacto tradicional a que estamos habituados. É necessário que o aluno queira de facto aprender e esteja disposto a trabalhar para isso. Trabalho esse que será estudo, investigação, realização de trabalhos maioritariamente feitos sozinho. Para contrariar esta tendência individualista existe também a possibilidade do aluno pertencer a uma aula virtual, onde os alunos e o professor estão em video-conferência, audio-conferência ou em conversação escrita.
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Professores
            A função de professor sofre alterações de base. O professor não passa os seus conhecimentos através de exposição directa da matéria, tendo de imediato a reacção dos alunos, podendo corrigir a abordagem que está a seguir. Agora a aula está feita e o professor não a pode alterar, salvo raras excepções, quando se está em conferência. A sua tarefa divide-se mais que nunca em duas: Preparação de aulas para distribuição pelos alunos e não para apresentação, e responder a dúvidas que os alunos possam ter.
            O professor é o mentor que orienta o estudo do aluno. Recebe toda a informação do aluno: trabalhos, dúvidas, questões, analisa-a e devolve ao aluno orientações para ele prosseguir o seu estudo.
            O contacto professor-aluno continua a existir e dura todo o curso. Embora não haja contacto directo como no ensino tradicional, o aluno sabe que o professor está sempre lá para o auxiliar, e com a vantagem de não ter que existir uma hora e local marcado para tirar dúvidas; sempre que o aluno tiver dúvidas pode coloca-las via email e aguarda a resposta.
            A função do professor continua a ser fundamental no processo de ensinar. Embora as aulas existam sem ele, após a sua elaboração, é necessário um acompanhamento especializado no evoluir dos alunos, é necessário o conhecimento e sensibilidade pedagógica que só os professores possuem, para avaliar a aceitação e eficácia do curso e poder fazer as correcções necessárias.
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Material de apoio
            O grande desenvolvimento da educação à distância deve-se em grande parte à grande evolução das tecnologias que lhe servem de suporte: audio, vídeo, multimédia, vídeo-conferência, correio-electrónico sendo o grande meio de transmissão a Internet por enquanto ainda recorrendo aos correios para entregar manuais, CD, cassetes e outro material de apoio que ainda não seja viável transmitir Via-Internet. Por exemplo, nem todos têm um gravador de CD em casa ou espaço disponível em disco para armazenar 5 ou 6 CD de um curso.
            A evolução destas tecnologias permite não só um mais fácil acesso à informação como também mais qualidade na mesma. Agora é possível ter animações, jogos didácticos, cores que quando utilizados convenientemente facilitam a aprendizagem, ajudam à concentração e acima de tudo tornam o processo de aprender mais agradável, menos enfadonho.
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Factores a considerar na criação de um curso à distância
            Quem procura um curso à distância procura horários flexíveis ou ajustáveis, procura não ter que se deslocar para assistir  a aulas podendo faze-lo em casa  ou no escritório. Estas são as vantagens de tempo e espaço.
            Alguém que tenha uma vida profissional activa e frequente um curso normal, pode regularmente não ter tempo para se deslocar ao local de aulas à hora marcada e ter que faltar a aulas, podendo perder a motivação, não acompanhar a evolução da matéria, e consequentemente abandonar o curso. O escalonamento do curso bem como a flexibilidade de horários deve permitir ao aluno escolher o horário e a velocidade de aprendizagem que mais lhe convier. Estes factores abonam bastante a educação à distância e são muitas vezes o motivo pelo qual os alunos optam por esta forma de aprender. No entanto só por si estes factores não garantem o sucesso do curso, há questões como as metodologias pedagógicas que fazem a diferença entre um curso bem sucedido ou mal sucedido. Por bem sucedido entende-se um curso onde os alunos não só aprendem como também têm prazer em aprender e idealmente ficam preparados para continuar a evoluir por si só.
            Cada curso deve ser construído a pensar no perfil dos alunos que se quer atrair para ele. É fundamental conhecer a capacidade de acesso e quais os meios as pessoas a quem se destina o curso possuem, para poder seleccionar quais  as metodologias a utilizar, e fundamentalmente que tecnologias usar. Não se pode conceber um curso apoiado em computadores onde o meio de transmissão seja a Internet, quando as pessoas a que se destina não têm acesso ou têm dificuldade de acesso, assim perder-se-iam as vantagens de tempo e espaço.
            Nem sempre as tecnologias mais evoluídas serão as mais indicadas, uma vez que muitas pessoas podem não ter acesso a elas, como já vimos, mas acima de tudo podem não saber utiliza-las, é necessário ir de encontro ao nível de conhecimento dos alunos que se querem cativar.
            A escolha do tema do curso é o último factor referido, mas por certo o primeiro a ser pensado. Deve ser um tema apelativo, interessante e acima de tudo um tema sobre o qual haja interesse em aprender. Poderíamos ter o curso mais bem estruturado do mundo, se ninguém quiser aprender sobre ele o curso não terá sucesso.
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Conclusão
            Cada vez mais as pessoas profissionalmente activas tem necessidade de se cultivar, de continuar a evoluir para não ficarem "obsoletas", cada vez mais surgem novas tecnologias que se implantam e entram pelo dia-a-dia das pessoas forçando-as a aprender.  Cada vez mais também, as pessoas não têm tempo livre para isso. Surge um problema que tem uma possível solução na educação à distância. As pessoas não têm possibilidade de se deslocar para aprender, podem faze-lo em casa, ou no escritório; as pessoas não têm tempo para ir a aulas nas horas a que elas se realizam, podem faze-lo de noite, de madrugada, ao fim-de-semana, nos feriados, resumindo, sempre que lhes convier.
            A educação à distância pode assumir um papel fulcral no complemento à educação que se obtém nas escolas e que cada vez mais rapidamente fica incompleto ou mesmo desactualizado. Tudo depende da aceitação que os cursos tiverem nas pessoas.
            Fazer com que resulte é uma tarefa que fica destinada a quem estuda e elabora material pedagógico, as potencialidades desta forma de ensinar conjugadas com a revolução tecnológica em curso, têm como tecto a capacidade de aprendizagem dos humanos: ilimitada, e como alcance, de momento, o nosso planeta.
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Bibliografia
"Online Education: Pedagogical, Administrative, and Technological Opportunities and Limitations", Morton Flate Paulsen
"Educação à distância mediada por computadores (EDMC): Directires de projecto para pós-graduação", Maurício Plates
"Aplicações de recursos computacionais na ensino à distância", Rachel Capelini Suzuki, e Tatiane Regina Bonfim
"Colaboração em salas de aula online : Tarefas de grupos e padrões de interacção online", Lucio Teles
"Ambientes de aprendizagem pessoal: algumas possibilidades para a educação à distância", Rafael Capaverde Santos e Solange Capaverde Santos
Núcleo de ensino à distância
    http://www.ugf.br/nead.htm
    http://www.unb.br/cca/distancia.html
Universidade de indiana
    http://www.indiana.edu/~iudisted/dlcourses/
Intelecto (Textos sobre educação à distância)
    http://www.intelecto.net/textos2.htm
Centro de educação à distância
    http://www.tarleton.edu/tsuoverviews/depts/itdl/itdl.html
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