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"Manual
de Pirotecnia - Fumigenos" VOLTAR | PÀGINA
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Os artefatos fumigenos são recipientes de tamanho e
modelos aproximadamente iguais que emitem fumaca quando
acionados. Formatos tipo vela ou cigarro são evitados.
Normalmente os fumigenos longos, de diâmetro reduzido
tem queima aleatória.
Basicamente são sempre recipientes metálicos contendo o
pó da composição solto, ou ligeiramente prensado, com
iniciador convencional, escada térmica e escorva..
Naqueles em que a composição é liquida a construção
é diferentes, pois são vaporizações com fonte externa
de calor. Os fumigenos usados para fazer o rastro de aviões
são apenas líquidos atomizados.
Primeiramente convém ter uma idéia aproximada do
tamanho das partículas da fumaça. Nos fumigenos que
produzem fumaça, por simples queima, o tamanho médio
das partículas é de 0.05 micros, enquanto nos fumigenos
de sublimação a partícula pode ser de 100 a 500 micros.
O polem das flores tem partículas entre l0 e 90 micros.
As partículas de produtos aerossóis ficam entre 0.1 e
90 micros.
Outro fator importante é a persistência da fumaça. Nos
fumigenos alem da densidade e volume de fumaça, avalia-se
a persistência a dissipação.
Os fumigenos serão sempre resultantes de queima ,
sublimação ou vaporização. O tempo de produção de
fumaça varia de 10 segundos a l5 minutos. Ha artefatos
de tempo maior todavia os tempos longos são característicos
de vaporizações.
Quanto ao uso: em teatros e locais fechados usam-se
vaporizações; em sinalização são sempre queima ou
sublimação
Produção
Para a produção devemos considerar primeiro as fumaças
brancas, mais faceeis de produzir. Apesar das variações
de efeitos, são todas produzidas a partir de uma composição
pirotécnica muito semelhante aos artefatos iluminativos.
Combustivel-oxidante e aglutinante.A fumaça HC, a mais
conhecida, tem inúmeras variações, a partir da formula
básica oxido de zinco-hexacloretano-aluminio. Recebe
prensagem, e queima formando densa nuvem de cloreto de
zinco e derivados.
As fumaças que usam enxofre necessitam de alta umidade
ambiental durante a queima para produzir as partículas
sulfuricas visíveis. Alias , a
maioria das fumaças brancas depende do ambiente para
completar o efeito, exigindo teores adequados de umidade
, temperatura , etc.
A fumaça resultante da queima de fósforo, quica a de
maior rendimento por grama de mistura, prefere ambientes
secos e quentes. Nas fumaças a visibilidade tem estreita
relação com o calor das partículas. O seu resfriamento
rápido acelera a dissipação.
As fumaças negras são praticamente iguais as brancas,
pedindo maiscarbono para criar as partículas escuras. .
E aqui os únicos produtos eficientes são os de anel
benzenico como o antraceno, faftaleno e pentacene.
Como regra uma queima bem oxigenada gera fumaça branca,
e mal oxigenada gera cinza ou preto. Na HC uma proporção
maior de hexacloretano produz fumaça cinza. O acréscimo
de resina de poliester transforma em cinza escuro.
Portanto as fumaças brancas e negras são resultado da
queima de algum produto. Variáveis são o arsênico que
queima produzindo fumaça amarela.
Uma nuvem de fumaça vermelha de oxido de ferro é obtida
sobrando oxigênio sobre ferro derretido.
Coloridas
As fumacascoloridas dos artefatos pirotécnicos são
sempre sublimações, de anilina principalmente . Existe
um grupo enorme de anilina cujo poder de sublimação é
admirável. Os corantes azo são exemplo disso.Até as
impressoras de computador usam hoje um processo de
impressão por sublimação de anilinas.
Para producao escolhe-se uma anilina mais apropriada a
sublimação através de um teste de chapa quente. Um
pouco de anilina , menos de uma grama , derramada sobre
uma chapa aquecida , produz uma nuvem da mesma cor da sua
solução. Se não vaporiza nem sublima , não serve para
fumigenos. temperatura da chapa: entre 1oo e 200 graus
centígrados.
Inicialmente faz-se uma composição básica de baixo
poder calorifico, e sem produtos volateis capazes de
chama ou fácil inflamação. A esta composição básica
é acrescentada a anilina pura . Acende-se. A mistura
queima , produz calor e a anilina sublima-se, saindo
misturada aos gases da combustão.
Estes gases da combustão são a alma do artefato, pois
eles arrastam para fora o sublimado. Efeito venturi. Sem
eles a anilina carboniza.
Eles também transportam calor adicional para ambientar e
manter o calor das partículas, sustentando a
visibilidade. Portanto devem ser gases neutros. Não
reativos com o sublimado para evitar alterações de cor.
Diferente dos mistos de luz colorida onde os gases de
cloro gerados na combustão melhoram a intensidade de cor.
O maior inconveniente é o ponto de sublimação. A
quantia de calorias e temperatura , tem limites estreitos.
O misto base, que gero o calor não pode ultrapassar
esses limites, sob pena de queimar o sublimado,
produzindo fumaça branca ou negra. A fumaça negra
provem quase sempre da formação de chama.
Toda fumaça colorida é de fácil inflamação.Afinal é
um combustivel em forma de vapor misturador com o ar e
aquecido.
Para evitar a chama deve-se impedir a presença de partículas
superaquecidas na presença do ar. Fagulhas , não podem
existir.
Os produtos da combustão devem ser gasosos, resíduos sólidos
produzem uma massa de borra e cinzas , que oxidam e
queimam o sublimado que provem das partes inferiores do
artefato. A fumaça colorida fica esbranquiçada.
A temperatura normal varia de 120* a 250*m graus dentro
do recipiente , conforme a anilina. Quase todas
carbonizam a 300*. A composição basica, ou misto tem um
oxidante forte e um hidrato de carbono como combustível,
sendo a anilina o próprio aglutinante. Uma parte do
misto é mesclada a cinco partes de anilina pura .
Observe-se que o misto que tem que queimar tem suas partículas
afastadas umas das outras, ou seja cada partícula que
queima esta envolvida por uma quantidade de anilina. Isso
diminui a velocidade de queima do misto básico. Com a saída
da anilina, forma-se uma cinza ou borra porosa,
verdadeira espuma negra rígida, dentro do artefato.
Exatamente para facilitar a saída do sublimado, é que
se evita compactar demais as misturas fumigenas coloridas.
Raramente são prensadas. Acomoda-se com puncão e
pressao manual.
Como oxidantes, os sais de cloro e amônio são os
preferidos. Nitratos são rejeitados por deixarem uma
borra incandescente, e oxidam as anilina durante o
armazenamento do artefato. Esta oxidação muda a cor da
fumaça. Os oxidas em geral são evitados pelas mesmas
razoes.
Os combustíveis são aqueles de baixo poder calorifico.
derivados de carbono preferivelmente . Combustíveis
minerais são impróprios, principalmente por falta de
controle de queima nas baixas temperaturas requeridas
pelas anilinas sublimaveis.
O problema de acumulo de calor, capaz de acelerar a
combustão a ponto de romper o recipiente por pressão de
gases é muito comun. A queima inicia lenta, acumulando
calor, que vai acelerando o ritmo.
Maisqueima mais calor excedente, mais acelera, ate
detonação.
Um fumigeno, aparentemente inofensivo, queimando como um
cigarro, pode-se transformar em uma bomba após 5 ou l0
segundos de funcionamento.. Por essa razão os
recipientes costumam ser frágeis.
O controle da escada térmica, digamos escala exotermica
, deve ser rígido. Numa proporção menor apenas
esbranquiça a fumaça , e na maior torna-se perigosa.
Sendo sublimações, os fumigenos necessitam de
confinamento para produzir a fumaça. Nas fumaças
coloridas, o misto livre e solto apenas queima com chama
e fumaça preta. Só confinado e que funciona. As vezes
esse confinamento pode ser químico, em vez de mecânico.
O uso de resinas sintéticas para criar um
enclausuramento de cada partícula, quando misturada ao
misto, resulta no mesmo efeito que embalado em
recipientes.
A propósito dos recipientes, ha de observar-se cuidados
especiais pois eles funcionam como dissipadores do
excesso de calor em alguns casos e acumuladores de calor
em outros, conforme o misto .
Maquinas fumigenas
Existem maquinas térmicas para produção de fumaças. Já
durante a primeira gera os navios possuíam uma
verdadeira "panela de pressao"para vaporizar óleo
e criar um "fog"de camuflagem .
Basicamente essas maquinas ou dispositivos são providos
de um recipiente produtor de gases superaquecidos,
ligados por venturi ao tanque de óleo. Como em uma
pistola de pintura, os gases arrastam e volatizam o óleo.Comun
em avioes e maquinas agricolas.
Algumas maquinas usadas em teatros apenas aquecem e
pulverizam produtos químicos como, glicois e gelo-seco.
Os óleos são SAE 20 ou mais finos.ha tambem maquinas
que aquecem uma embalagem com anilina sublimavel. As
maquinas de fumaça atuais , usadas em discotecas e salões
de baile são dispositivos com resistencias eletricas que
aquecem em um tubo uma mistura de álcool e glicerina,
que se nebulizaapenas pela atomizacao
Serpentina de cobre,recipiente e bomba em plastico.
Gas butano comum com bico e registro de chama.
A maquina do esquema é para grandes volumes motivo pelo
qual usa a chama de um macarico a gaz . Na maquinas
pequenas basta uma reistencia eletrica de 2 a 4 mil watts.
Fumigenos Coloridos
Nos fumigenos coloridos a formulação básica é:
Anilina{ x%} + [Clorato de potássio 26% - Lactose 74%] (equilíbrio
de oxigênio).
Esta composição é uma verdadeira pólvora.
Perigossisima.
Outras composições que podem ser úteis tem como
oxidante o nitrato de potássio, e como combustível
outros açucares ou enxofre. Os retardadores de queima são
o carbonato de cálcio, bicarbonato de sódio, gilsonite,
terra de infusorios , etc.
Necessitando aglutinantes: óleo de linhaça, resinas
cloradas, PVA, Acetato de polivinila em acetato de etila
, etc.
A produção desses fumigenos observar principalmente a
segurança para evitar os perigos do clorato .
A fabricação inicia-se com os combustíveis anilina
lactose, retardante e depois de obter uma boa mescla,
lentamente em pequenas quantidades se acrescenta o
clorato já moído e peneirado. A mistura exige cuidados,
porque a anilina é muito volumosa, e não convém
atritar-la com o clorato, pois se inflama. O processo
manual mais apropriado é mesclar com utensílio de plástico,
lentamente para evitar o levantamento de pó e depois
passar em peneira de malha 30, diversas vezes. Quanto
mais se mistura mais rápida resulta a queima.
Usar um tambor ou um cone de mistura não funciona bem
devido as diferentes densidades. Normalmente separa a
anilina e cria núcleos explosivos.
Mesclar , por vez , não mais que cinco quilos de mistura.
Evitar a mistura poeira-ar, principalmente em lugares os,
pois pode ascender espontaneamente no ar. Não se
recomenda o uso de solventes voláteis pelo mesmo motivo
de inflamação expontânea.
Estas misturas , pela presença do clorato , não podem
ser prensadas. Algumas anilinas muito volumosas,(baixa
densidade) aceitam acomodação manual. Vibração
jamais, pois separa o oxidante. Fumaças feitas a base de
auramina( amarelas) são naturalmente explosivas. A
queima é perigosa.
Cores mescladas são resultado de mistura de anilina.
mesmo que não tenham o mesmo ponto de sublimação,
misturam-se varias cores de anilina para obter cores
especiais.
O cloro é um ativador do brilho da fumaça. O uso de
produtos com cloro torna a fumaca clara , brilhante, de
cor viva . Por esse motivo muitas formulas tem declorane,
hexacloretano, etc.
Quanto aos tipos de anilinas, a lista é enorme, variando
de fabricante o nome comercial. Os azo, corantes simples,
são bons. As antraquinonas, e paranitroanilinas também
. Nomes comuns são benzatrene, corantes para óleo e
graxas, toluidina , crisoidina, auramina, indatrene,
sudam , rodamina,antraquinona, etc .
Fumigenos Brancos
Os fumigenos brancos de fósforo
produzem acido fosfórico na atmosfera, portanto seus
vapores são extremamente toxico. Uma das poucas misturas
eficientes é de fósforo vermelho e bióxido de manganês
(cinza). H também dispersões de fósforo em solventes e
bombas de fósforo branco.
O fosfeto de cálcio alumínio ou magnésio reage com água
produzindo os marcadores fumigenos marítimos.
TIPO FM - As fumaças de tetracloreto de titanio são
derivados da hidratação desse composto gerando vapores
corrosivos. O tetracloreto de silício e de estanho tem
similaridade.
TIPO H.C. são misturas de hexacloretano, oxido de zinco
e alumínio em pó. São as melhores e menos toxicas.
variam muito de composição. Uma variante é feita com
zinco metálico, perclorato de potassio e hexaclo benzeno
.
ENXOFRE - Nos tipos sulfonicos o agente fumigeno é o
trioxido de enxofre, o acido sulfurico, e o acido
clorosulfonico, alem do oleum. O tipo FS é uma mescla de
acido clorosulfonico e trioxido de enxofre, com vapores
corrosivos irritantes.
AMÔNIA- A amônia e as aminas aso bons agentes fumigenos.
Cloretos metálicos reagem com amônia, assim como
cloratos produzindo uma fumaça irritante. O tetracloreto
de titanio, os compostos de enxofre e outros reagem com
amônia para a produção de fumigenos especiais. Uma reação
bem simples e a mistura liquida de amoníaco e acido
muriatico.
TOXIDADE. Os agentes simples, de menor toxidade, para uso
em atividades especiais como p.e., testes em condutores
de ar condicionado em edifícios, túneis, testes de vedação
de aeronaves etc., podem ser feitos a base de vapores de
glicerina pura, ou com álcool, só aquecida. Óleos
vegetais comestíveis misturados com serragem e
acrescidos de um pouco de nitrato de potássio.
De qualquer forma todo fumigeno é perigoso em ambientes
fechados porque , ao menos , causa asfixia. O pulmão
humano retém e envenena o sangue , com quase todas as
fumaças.Fumacas com arsenico, ou similares causam a
morte. Derivados de fosforo tambem sao mortais.
Somente queime fumacas em locais abertos e ventilados
________________________________________________________
QUANTIDADE DE FUMACA produzida em ambiente com 75%UR
Fosforo 7.1 Cloreto Aluminio 5.0
Oleo 1.0 Cloreto Ferrico 3.1
Cloreto de Zinco 2.5
Fumaca H C.
. A fumaça branca tipo H.C. tem :
Alumínio 6.5 - Hexacloretano 46.9 - Oxido de zinco 46.9
grs.
A reação é: 2al + C2Cl6......2 Al Cl3 + 2Carbono
Com 280 kilocaloria desprendidas, logo o cloreto de alumínio
reage com oxido de zinco: 2al cl3 + 3 Zno........ 3 Zncl2
+ Al2 O3
Liberando l03 calorias e finalizando
2ALL + C2Cl6 + 3 ZNO....... 3 ZnCl2 + Al2)3 + 2 Carbono
Liberando 383 kilocalorias num total de 7l7 calorias por
grama de mistura queimada . Temperatura aproximada 520*
A reação oxido/carbono pode ser variada. baixando a
quantidade de alumínio a fumaça fica mais branca.
% AL Tempo de queima em segundos
9 55
8,4 64
7 84
5.5. 147
5 200
Abaixo de 5% de alumínio os resultados são errôneos.
Pode-se usar tetracloreto de carbono, ou clorito de ferro
anidro no lugar do hexacloreta.
O tamanho das particulas é importante. Carbonato de
zinco ( 7% ) é um bom retardador.
Para acomodar usar prensagem moderada. O iniciador deve
ser de alta produção de calor. ferro silício/zarcão (oxido
de chumbo). Térmite.
Para fumaças cinzentas aumentar o alumínio( +l0%) e
retirando oxido de zinco acrescentar carbono : l0 a l5%
de resina de poliester, ou antraceno , etc.
Ha formulações quie colocam magnésio em pó pela
facilidade de queima ( 5%) e diminuem o alumínio . Ou
acrescentam nitratos estáveis , como potássio, ( 8 a l5%)
e outra fonte de cloro, para ficar mais branca.
Misturar os componentes na peneira, e prensar em um
recipiente de ferro. Uma lata. Colocar 2% de iniciador de
alto calor. Na tampa deixar dois furos medios.
Pode ser carregada solta, com um saquinho iniciador no
meio da mistura, preso ao estopim.
Uma formula variante, carregada solta é:
Hexacloro 269
Oxido Zinco 486
Nitrato Potassio 13
Aluminio 40
Magnesio (80) 34
PVC 158
Para escurecer, fazendo ficar preta ou cinza colocar l00
a 150 de resina poliester ou similar. O aluminio é do
tipo escuro.
Simulacro de granada ,para uso militar
Clorato de potássio 59%-Aluminio piro 32 9% - Trisulfeto
de antimônio 23% Enxofre 9%-{ Opção: Clorato Potássio
l kg. -Alumínio Escuro 300 gr.- Trisulfeto Antimônio l50
gr.-Enxofre 200gr.} A cobertura da caixa faz-se:
Carbonato Cálcio 264-Breu l36 -Parafina l32 - Óleo de rícino
64
Este tipo de granada fumigena é de uso militar - (anti-disturbios,
granada de efeito mral , etc) . Usa-se tambem para
exercicio de tropas.
O disparo é com trava ou pino de seguranca. Altura l00mm.
Um tipo semelhanten é usada em aeronaves para salvatagem
Fumaca uso militar
PARA TRACADORES : Uso restrito para
marcacao de tiros.
Arsênico 30 = Enxofre 20 = Nitrato Potássio 50
.............................................................................................
Iodato de Potássio 6 = Silicuro de Cálcio 4 = Cromato
de Potássio l .
.............................................................................................
Nitrato de Potássio 27 ou 56
Trisulfeto de Arsênico 27 ou 27
Enxofre 27 ou 7
Trisulfeto de Antimônio 19 ou 10
..............................................................................................
São fumaças não sublimáveis - São queimas. MUITO
TOXICAS.
Fumaca Azul
Clorato de Potássio 30% = Lactose
10% = Bicarbonato de Sódio l% =
Serragem 4% = Anilina Azul sublimavel solúvel na Graxa
55%
Fumaça Vermelha
Produto A B
______________________________________________________
Anilina Laranja 240 -
Clorato Potássio 120 35
Lactose 50 17
Rodamina 110 -
Anilina Metylamino - 45
Toluidina - 3
=================================================
Fumaça Amarela
Clorato de Potássio 36 22
Lactose 14 13
Auramina 80 60
Bicarbonato Sódio - 3
__________________________________
As anilinas:Crysoidina, Paranitroanilina, Benzatrene,
Indatrene, Amarelo Sudam, tambem sao usáveis entre 3% e
30% .
Fumaca Preta
Clorato de Potassio 240 = Hexacloretano 130 = Naftaleno
130
.................................................................................................................
Nas fumacas Pretas usa-se residuos de asfalto ou
creosotos que contem 30% a 70% de naftaleno e antreceno
impuros ( porem, uteis).
Fumaças Alaranjadas
Produto 1 2 3 de............até
__________________________________________________________
Anilina Laranja 360 47,2 48,2 3000 a 3200
Clorato de Potássio 260 18 17,5 100 a 950
Lactose 20 11 10,5 600 a 550
Rodamina 5 3 2,5 300 a 50
Gilsonite - - 11,5 -
Auramina - 20,8 9,7 560 a 500
Malha 80/l00 ou mais fina
A anilina Laranja é de baixo ponto de sublimação (ou
vaporização)
Chaff
Num tempo de gerras eletronicas parece até primitivo o
uso de artefatos pirotecnicos como armas de defesa .
Todavia testadas em combates no Oriente Medio e no
Atlantico Sul (Malvinas), estas armas "descartaveis"
sao um meio auxiliar poderoso. A maioria das ameacas de
gerra moderna é vuneravel a um simples pirotecnico
chaff, ou de chama ou de fumaca.
Chaff é uma medida anti-radar que consiste em inumenros
filamentos prateados capazes de refletir o sinal do radar.
No inicio eram fitas de aluminio. Atualmente filamentos
finissimos como cabelo que se espalham no ar e forman um
alvo falso para o radar. Espalhados por foguetes pequenos
eles formam, no ar um volume que confunde o radar, seja
ele de uma aeronave, missel ou qualquer outra ameaca.
No mar, p.e. , funciona assim : Uma instalacão no conves
do navio detecta a aproximacao de um missel agressor
dirigindo-se direto para o seu casco . Imediata e
automaticamente ele dispara dezenas de foguetes em varias
direcoes , espalhando os filamentos no ar. A "floracão"
ou abertura da nuvem de filamanentos a uns 400 metros
longe do navio ocorre em 0,5 segundos. Portanto 2
segundos apos detectado,o missel agressor tem uma escolha
de alvos e desvia-se para o alvo falso de chaff sem
atingir o navio. Poderia ser uma novem de fumaca termica
, lancada pelo foguetes ou outrio meio ( ar-comporimido).
Ou poderiam ser apenas pirotecnicos de anti-
infravermelho.
Helicopteros de gerra tem granadas termicas para lancar
em caso de ser perseguido por misseis ou foguetes de
direcionamento por sensores infrared. Estas granadas,
queimando no ar, criam uma armadilha para os misseis ,que
se confundem . Nos carros de combate ha tambem granadas
de fumaca termica capazes de obstruir a acao de sensores
ao calor.
O sensores de calor, volume , radar , luz , ruido e
muitos outros sao facilmente confundidos e enganados por
verdadeiras armadilhas pirotecnicas de fabricacao simples
. Simples e baratas, que podem ser facilmente trocadas
conforme avancam os aperfeicoamentos eletronicos. .
As chamas , fumacas termicas , foguetes de filamentos e
similares na verdade sao meios de distracao e ocultacao ,
pois podem criar um alvo falso, com movimento inclusive,
em tempo menor que qualquer outra defesa. Com uma dezena
de dolares inutilizam-se artefatos de milhoes de dolares,
com os misseis balisticos intercontinentais.
E a construcão é simples. Sao foguetes com ou sem
paraquedas que carregam velas com formulas apropridas
para gerar o calor, comprimento de onda , tempo, etc,
necessarios . a cada caso. Os ultimos tipos interferem até
nas transmissoes de radio
Sinalizador para Submarino
.
O sinalizador para submarinos, é um foguete de
sinalizacao comun , colocado dentro de um tubo de treis
polegadas, que tem um dispardor na base. O submarino
ejeta o tubo , que sobe a superficie e detona soltando o
foguete que sobe. Os modelos mais modernos nao sao mais
com um estopim de retardo , mas com uma bateria de agua
salgada. Esta bateria, ou pilha é uma placa de magnesio
e uma de prata que reagindo com a agua do mar acionam o
Squib. O magnesio reage com a agua salgada liberando
hidrogenio.e gerando amperagem suficiente para o Squib.
Havia, anos atras, até uma lata de pó de magnesio que
enchia um balao de hidrogenio para levantar uma antena de
radio de emergecia
Tambem usa-se uma bateria feita a partir de uma tela de
algodão impregnada de uma mistura de cloreto de cobre ,
grafite, e cola leve, junto a uma chapa de cobre ,
separador e a chapa de magnesio metalico.
O MK-25 tambem tem bateria de agua salgada.
Puff
Um artefato de uso militar interessante é um bala de
canhão que explode no céu formando uma esfera de fumaça
vermelha. Como um balão de 10 metros de diâmetro. Usa-se
para marcação de tiro antiaéreo.
O puff-round é uma bala (granada) de canhão de 127mm (diâmetro)
, que pode atingir 30 mil metros de distancia. Com um
mecanismo de espoleta de precisão, o puff explode num
ponto certo do céu. Forma-se instaneamente uma bola
vermelho-alaranjado. Os artilheiros em exercício, com
diversos armamentos treinam tiro procurando acertar a
bola colo se ela fosse um alvo aéreo (um avião). A bola
permanece visível e praticamente imóvel por 3 a 4
minutos para depois dissipar-se.
A construção do puff inicia-se pelo carregamento do
corpo da bala (granada) com um tubo central menor que a
cavidade normal da bala, e no diâmetro da abertura
superior da espoleta . Em volta do tubo, preenchendo o
espaço ha uma massa de resina de poliester e carbonato
de cálcio, que foi carregada pela parte inferior .
No fundo do tubo coloca-se 80 gramas de pólvora rápida
. Preenchendo o tubo o misto, acomodado com pressão
manual. Com uma vareta faz-se um furo axial de 6 mm e
nele coloca-se dois estopins nus. Na parte superior duas
gramas de pólvora negra como escorva. Coloca-se 40 cm de
estopim enrolado como mola . Tampa-se com um disco de
cartão que tem um furo central.
Quando a espoleta de tempo da bola atua a sua carga
explosiva ascende , estopim e misto. A carga de pólvora
no fundo encarrega-se de expulsar tudo para fora do tubo
instantaneamente. Essa carga é decisiva para evitar que
a bala faca um risco colorido no céu. Se a carga não
expulsar o misto instantaneamente não se forma a bola de
fumaça.
A composição é :Alaranjado p/ graxa 360 grs. Lactose
20. Clorato de potássio 260 Rodamina 10
O peso médio do projetil carregado é de 24,5 Quilos. A
prensagem do misto no tubo de alumínio central é com
punção de madeira . Socado. As roscas são protegidas
com graxa . A produção é 80 carregamentos homens/dia.
MK- 25
Este artefato militar é para marcar o local de um
resgate aéreo no mar. É um fumigeno branco , lançado
de avião em um ponto do mar que ascende em contato com a
água e permanece soltando fumaça branca por 15 ou 30
minutos. É uma peca tubular de 6 cm de diâmetro com 40/50
cm de comprimento. Na parte superior tem uma um bico e
tampa para saída da fumaça e embaixo tem um alojamento
para a bateria elétrica de iniciação.
Internamente , ha um tubo de papelão que forra o corpo,
para isolacao térmica. O peso total é de
aproximadamente 1,4 kg. O misto, em forma de vela, tem no
mínimo 1,1 kg.A composição é
[ a ] [ b ]
Fósforo Vermelho mh 30 53,4 5l
Bióxido de Manganês mh 100 35,3 35
Zinco metálico mh 100 3,4 3
Carbonato de cálcio 2 -
Magnésio mh 60/100 5,9 8
Óleo Linhaça - 3
Hostaflex Cm l3l a l0%-Acetona 10 -
(resina Cloreto-AcetatoVinil)
Estas formulas [b] quando analisadas na Absorção Atômica
( detecta o produto base), acusa: P 49,6; Mn l9,6 ; Zn 2,3
; K 0,5 ; Pb 0,01 ; Mg 6,8 ; Fe 0.2 ; Ti 0.01 ; Ca 0.06 ;
A mescla do misto exige muito cuidado. Primeiro peneirar
o fósforo vermelho na malha 30 e depois acresentar-lo a
uma mistura binaria feita com os demais produtos os
demais produtos. Ha dois tipo de manganês, quanto a cor
; um cinza outro amarronzado (não queiman igual).
Prensagem em cinco incrementos ; no máximo uma tonelada
sobre diâmetro 2 polegadas da vela. Papel amianto fino
no isolamento. Iniciação de ferro-silicio e zarcão
solta (30 grs.) na parte superior. Com 700 grs. totais
queima 13 minutos. Com 1,1 kg [a] queima ate 22 / 28
minutos.
O magnésio é ponto chave. Abaixo de 5% a queima é errática
.
O acendimento é por squib. Uma espoleta elétrica
ativada por uma bateria feita a base de uma película de
prata . Ou a base de cloreto de cobre.
O iniciador é : Zarcão 70% ; Ferro-Silicio 20% ; Alumínio
Piro 2% ; Adesivo ( resina/Acetato Etila) 3%.
O traçado é : Fósforo 47 - Magnésio 15 - C Cálcio 3
- B Manganês 33 - Zinco 2 ( ou seja , no traçado
aumenta-se magnésio para produzir mais calor inicial)
Armadilha Iluminativa
A Armadilha iluminativa é
um artefato usado para proteger campos e cercas .
Funciona através de um arame colocado a vinte centímetros
do nível do solo, preso a apoios ou arvores , ou pilares.
Quando um intruso penetra na área, ele tropeça no arame
e aciona o dispositivo de disparo . O artefato emite uma
luz, seja na forma de uma vela simples ou de um foguete.
Serve para fazendas , quartéis, praias etc. .
O artefato de luz é simples e comum .
O disparo é baseado em uma trava do percutor da espoleta
de forma redonda. No furo central tem treis saliências
radiais, que seguram o percutor pela sua frange ou cabeça.
Quando esta argola esta no centro o percutor esta armado,
Quando ela sae de centro o percutor se solta e a mola
aciona a espoleta, que ascende a vela.
Os arames seguram a trava em um ponto cento equilibrado.
São treis arames estendidos e tensos por molas. Se um
arame se rompe a trava move-se pelas molas dos dois
outros arames. Se um arame e puxado ela também se move e
dispara. Para a montagem do dispositivo coloca-se
primeiros os arames. No lugar em que a trava ficar,
coloca-se o artefato por baixo ,preso ao solo.
Facho para Armadilha
Produto ..........................................Formula
__________________________________
Nitrato Potássio Malha l00 .................620
Magnésio Malha 80........................... 300
PVC Malha 80/ l00 ..............................80
Um facho de longa duração pode-se fazer com muito
cuidado e para uso imediato com Nitrato e Urotropina
prensada .
Cinco Estrelas
Ha um artefato 5 estrelas que serve para sinalizacão.
Mas pode -se fazer tambem para espetaculos. A tecnica de
queimar cinco ou mais estrelas no ar, a mais de 100
metros de altura é ligeiramente diferente da bomba comum
de multiplas baladas .
As estrelas sao luzes simples de 5 a 20 mil candelas com
duracão de 3 a l5 segundos.
Escolhido o misto conforme a cor prensa-se uma pastilha
de 25mm de diametros por 10 mm de espessuar com furo
central de 5 mm.Parece um biscoito rosquinha. Na
periferia um anel de cartao que serve de reforco e
sustenta a escorva. Empilhadas uma sobre a outra colocam-se
dois estopims pelos furos centrais. Com um barbante, pelo
furo central se amarra o pacote de 3 até 10 estrelas. No
momento de sacar usa-se a carga de depotagem com o fogo
orientado para o furo com os estopins . Usando um foguete
eles ocupam justo o tubo do foguete, tampadas pela ogiva.
Se usar um tubo de arremesso a acomodacao é igual. (
Tubo de aremesso é um tubo que contem a carga util, uma
polvora de depotagenm e um retardo . Fechado deixa uma
abertura para acender o retardo. Serve por exemplo para
ser lancado por um tubo canhão. No ar ele se abre )
O fogo da depotagem pelo furo central das estrelas queima
a amarracão os estopim e ascende as escorvas que cuidam
de separar o "sanduiche", o empilhado. Caem
queimando, medianamente separadas.
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