Neste texto procura-se dar uma ideia muito geral do que é o Engenheiro Informático, descrevendo algumas das tarefas que pode executar, o tipo de responsabilidades que pode assumir e os tipos de organizações em que pode efectuar essas funções. Apresenta-se os vários perfis de emprego que o Engenheiro Informático pode ser chamado a desempenhar no mercado de trabalho e estabelece-se algumas diferenças entre os Engenheiros Informáticos, os Engenheiros Técnicos Informáticos e os Engenheiros de Sistemas, que são três vertentes de engenheiros na área informática. Como conclusão apresenta-se uma perspectiva da profissão.
O Engenheiro Informático assume tarefas relacionadas com a concepção de computadores e periféricos, instrumentos de programação, sistemas de informação e novas aplicações informáticas. Assume, também, tarefas de instalação e manutenção de redes, geralmente complexas que envolvem centenas de computadores. Pode assumir tarefas relacionadas com a criação de linguagens e desenvolvimento da utilização da Inteligência Artificial.
Devido à sua elevada preparação científica, o Engenheiro Informático pode assumir responsabilidades ao nível de direcção, planeamento ou coordenação dos serviços informáticos de empresas, escolas, organismos públicos ou outros tipos de organizações.
O Engenheiro Informático tem várias saídas profissionais, como por exemplo, bancos, seguradoras, hospitais, ensino universitário ou politécnico, hotéis, estações de televisão, empresas de hardware e software, empresas de consultoria e auditoria informática, indústria, telecomunicações, administração pública e investigação científica e desenvolvimento tecnológico.
Existe um vasto leque de perfis de emprego que se apresentam a seguir:
Há ainda um perfil de cientista quando o engenheiro informático segue uma carreira de investigação científica e de desenvolvimento tecnológico.
Para uma informação mais detalhada sobre este assunto, pode ser consultado em http://www.dei.uc.pt/~adf/enginf, um resumo de todos estes perfis de emprego.
A formação universitária do engenheiro informático dá-lhe uma preparação que lhe permite exercer qualquer um deste perfis.
Podem-se definir 3 vertentes de engenheiros na área informática. São eles os:
Os Engenheiros de Sistemas trabalham sobretudo ao nível do hardware, embora também trabalhem com software, essencialmente relacionado com os sistemas operativos. Os Engenheiros Informáticos e os Engenheiros Técnicos Informáticos trabalham sobretudo com software relacionado com aplicações. A nível de hardware são equivalentes aos Engenheiros de Sistemas. A principal diferença entre estas duas vertentes reside na sua formação académica: enquanto os Engenheiros Informáticos têm uma licenciatura (curso universitário de 5 anos), os Engenheiros Técnicos Informáticos têm um bacharelato (curso politécnico de 3 anos).
Contudo, o título profissional de engenheiro só é atribuído a licenciados na área da engenharia quando inscritos na Ordem dos Engenheiros. Em relação aos engenheiros técnicos, a inscrição na Associação Portuguesa de Engenheiros Técnicos apenas é permitida aos diplomados nos cursos reconhecidos por esta associação, embora não tenha capacidade para conceder a carteira profissional.
Esta profissão requer uma permanente actualização, por isso é frequente haver acções de formação. É preciso ter em conta que, com a criação de tecnologias específicas, as entidade empregadoras exigirão, cada vez mais, uma especialização em determinada área. Dentre as áreas de actividade que apresentam uma tendência para o aumento da procura de engenheiros informáticos, destacam-se as seguintes:
Esta é uma profissão com boas perspectivas de futuro, dado que a procura continuará a existir. Com o aparecimento do Euro e do problema do "Ano 2000", prevê-se que até cerca de 2002 haja uma grande procura de engenheiros informáticos.
Haverá também uma tendência para ir trabalhar para o estrangeiro.
Por todas estas razões apresentadas, o engenheiro informático deve ter uma formação sólida a todos os níveis: científico, tecnológico e de relações humanas.