A
Necessidade
Deseja tornar-se um gestor bem sucedido?
Então comece a estudar gestão estratégica, hoje mesmo.
Num mercado tão complexo e em
constante evolução, as empresas não conseguem sobreviver
quando apenas alguns dos gestores estão envolvidos na formulação
e implementação de estratégias. Independentemente
do nível e da área de especialidade, os gestor deveram conhecer
e perceber os conceitos básicos da gestão estratégica.
Alias, não só os gestores, como também os restantes
empregados, devem ser envolvidos no processo.
Neste artigo são abordados conceitos
como estratégia, gestão estratégica e componentes
dos processo da gestão estratégica. Destes componentes destacam-se
os mais críticos - as finalidades estratégicas: visão,
missão e objectivos.
A
Importância
A gestão estratégica
organiza os contributos que as diversas áreas têm a dar à
organização, servindo como linha orientadora à integração
dos esforços desenvolvidos pelos vários especialistas, dispersos
pelo organização.
Este tipo de gestão permite
desbloquear o individualismo seccionista, desassociado dos objectivos globais
da empresa. Um exemplo deste individualismo é a preocupação,
por parte de alguns departamentos, com apenas o grupo de interessados ("stakeoholders")
que lhe diz respeito mais directamente, ignorando as necessidades e interesses
da globalidade dos grupos de interessados (accionistas, clientes, fornecedores,
etc.). Permite ainda uma visão temporal mais favorável à
sobrevivência da organização, pensando-se constantemente
a curto e longo prazo.
Compromisso: Eficiência
versus Eficácia
A diferença entre estes dois
conceitos resume-se à diferença entre "fazer bem as coisas"
(Eficiência) e "fazer as coisas certas" (Eficácia).
Ao preocuparem-se tanto em fazer bem
as coisas, os gestores esquecem-se de verificar se estão a fazer
as coisas certas. A perspectiva estratégica ajuda a encontrar um
compromisso entre a eficiência e a eficácia.
Estratégias
Pretendidas e Estratégias Realizadas
As estratégias que os gestores
propõem, definem e que pretendem ver realizadas são as Estratégias
Pretendidas, e as que realmente se realizaram são as estratégias
Realizadas.
Estratégias Pretendidas
Consistem nestes três componentes:
finalidades, políticas e planos.
Fig.1 - Elementos duma Estratégia
Pretendida
Finalidades
Qualquer organização,
tem objectivos a longo prazo a outros a mais curto prazo. Para alcançar
um objectivo de longo prazo, tem que se realizar primeiro uma vasta série
de objectivos de curto prazo. Mas, temos que ter muito cuidado em não
investir tempo e recursos em objectivos de curto prazo que não nos
levam a alcançar os objectivos de longo prazo.
Há portanto, uma certa
hierarquia que vai desde uma visão alargada do que a organização
deverá ser, passando, depois, por um conjunto de objectivos mais
detalhados descrevendo a missão da organização,
e acabando nos chamados objectivos estratégicos, com um grau de
especificação mais elevado. Esta hierarquia de objectivos
é a base de todo o processos de gestão estratégica.
Políticas e Planos
As estratégias pretendidas
deveram funcionar como linhas mestras para a forma como a organização
trabalha para alcançar as suas finalidades. Estas linhas mestras
tomar a forma de políticas ou de planos. Basicamente
as políticas são linhas mestras que indicam limites ou restrições
sobre aquilo que se quer conseguir. Os
planos têm a ver com os meios que usamos para chegar a certos fins.
Como o tempo é critico, o tempo é frequentemente explicita
ou implicitamente citado.
Estratégias Realizadas
Ao contrário das estratégias
pretendias, que se focam nos aspectos futuros, as estratégias realizadas
referem-se ao passado. Apesar de se considerar que teoricamente, uma estratégia
pretendida é bem sucedida se for implementada e realizada na sua
totalidade (Estratégia Deliberada), as estratégias pretendidas
podem ser bastante diferentes das que realmente se realizam. Na prática
o que acontece frequentemente, é que a estratégia original,
é alterada muitas vezes durante a sua implementação,
quer devido a inesperados obstáculos, quer devido a oportunidades
não previstas no momento da definição da estratégia.
Ou seja, raramente se vê uma
estratégia sobreviver na sua forma original. Às partes (planos)
que não chegam a ser realizadas, chamam-se Elemento Não-Realizado.
E aos novos elementos que surgem durante a realização,
chamam-se Estratégias Emergentes. Produzindo um produto final,
que é a combinação de estratégias deliberadas
com emergentes, tal como se pode ver pela Fig. 2:
Fig.2 - Evolução
duma Estratégia
Análise,
Formulação e Implementação
Gestão Estratégica é
uma processo que envolve três actividades principais: Análise
estratégica, Formulação da estratégia e Implementação
da estratégia.
Análise Estratégica
Necessária ao desenvolvimento
duma estratégia apropriada e base e todo o processo, consiste em
três partes: objectivos estratégicos, oportunidades e ameaças,
e forças e fraquezas..
A já referida hierarquia, de
visão, missão e objectivos, canaliza os esforços dos
gestores e empregados numa mesma direcção.
As finalidades estratégicas
tem dois papéis na organização: são o alvo
a atingir e são o elemento concentrador que permite à organização
atingir o alvo. Apesar da sua aparente independência, as finalidades
devem ser pensadas sempre com base na situação em que a organização
se encontra.
A análise das forças,
fraquezas, oportunidades e ameaças - conhecida na língua
inglesa por SWOT (Strenghness, Weakness, Opportunities, Threats) - é
caracterizada pelo cruzamento entre as forças e fraquezas internas,
com as oportunidades e ameaças externas. É desta análise
que depende o sucesso da gestão estratégica. De seguida
descrevem-se estas quatro factores.
Os recursos exteriores à organização
que poderão contribuir para o seu crescimento são oportunidades
no ambiente exterior a esta. (ex.: novos clientes). No entanto, o mesmo
ambiente que fora tema oportunidades também ameaças (ex.:
concorrência) para formular estratégias atractivas, os gestores
deveram conhecer as capacidades e os limites da sua organização.
Daqui emergem as suas forças (ex.: mão de obra altamente
qualificada) e as suas fraquezas (ex.: sistemas de informação
obsoletos).
Formulação da estratégia.
Uma boa análise estratégica
é a base da formulação da estratégia, que se
subdivide em quatro níveis: funcional, negócio,
empresarial e internacional. Estes níveis advém
do facto de que as empresas são compostas por negócios que
por sua vez são compostos por funções. O nível
internacional existe nas empresas que têm negócios
em mais do que um pais.
Nível de negócios
Este nível é o mais
importante dos quatro é aqui que as empresas se defrontam no campo
de batalha, para aumentar a sua fatia de mercado, sobre os seus adversários
(a concorrência).
Uma empresa com um leque de
produtos no mercado, terá que analisar em que sector de negócios
se encaixa cada produto. Deste modo se na estratégia cobrir mais
do que um dos produtos (ou mercados), então esses produtos podem
pertencer à mesma unidade estratégica de negócios
(SBU-strategic business unit), se não, então as operações
sobre esses produtos deveram ser repartidas por diferentes SBUs. Mais simples
é o caso dos negócios individuais, que concentram toda a
gestão estratégica num só ponto.
Nível funcional
As vantagens competitivas que tornam
possível a progressão dum negócio, ou área
de negócios, dependem da imagem e do valor que a organização
dá aos seus clientes. Tal valor deve ser desenvolvido pelas várias
áreas funcionais que compõe o negócio em questão.
Essas várias funções podem ser ligadas através
duma estrutura chamada cadeia de valores, que assume que todas as
funções são capazes de produzir valor paras os clientes.
Funções como produção, marketing, vendas e
serviços, contribuem directamente com valor para o cliente. A estas
funções chama-se funções primárias.
As funções secundárias como a gestão
os sistemas de informação e gestão de recursos humanos,
também produzem valor para o cliente, apesar de ser de uma forma
mais indirecta que as funções primárias.
Nível empresarial
Uma empresa expande através
da inclusão de áreas de negócios, isto é, diversificando
os seus negócios. As estratégias para diversificar, as áreas
de actuação, mais atraentes são aquelas onde a empresa
foca os seus conhecimentos, exclusivos, em áreas criticas. São
áreas onde o conhecimento está contido num grupo restrito
e é dificilmente transmitido. Esta forma de conhecimentos denomina-se
por competências fechadas. Numa empresa, onde algumas das
suas forças sejam competências fechadas, então essa
área de negócios é uma excelente oportunidade de diversificar
os negócios de empresa.
As estratégias ao nível
empresarial com base na diversificação, são melhor
constituídas se houver primeiro a análise dos requisitos
para o sucesso ao nível dos negócios, ou seja, o sucesso
na criação de valor para o cliente ao nível funcional.
Pode-se, portanto concluir, que a formulação de estratégia
deverá estar duramente ligada com os três níveis acima
descritos, para que se consiga maximizar a eficácia.
Nível internacional
As organizações
mais complexas integram na formulação da estratégia,
não são os níveis de negócios, funcional e
empresarial, para actuar noutros países.
Para lidarem com características
sociais, políticas, culturais e económicas diferentes das
do seu pais, este tipo de empresas enfrentam desafios muito para além
daqueles ao nível nacional.
No sentido de ganhar flexibilidade
nos mercados locais, algumas destas empresas dão quase autonomia
completa às unidades de negócio espalhado pelo mundo. A esta
descentralização chama-se Estratégia Multinacional,
porque cada unidade de negócio é apenas responsável
pelo seu mercado nacional. No oposto desta abordagem, está a Estratégia
Global que tenta tirar o máximo partido das forças da
empresa através da centralização das suas operações.
Nos últimos anos tem-se visto o aparecimento de estratégias
híbridas que tentam evitar o melhor das estratégias multinacionais
e globais.
Implementação da estratégia
Como já vimos anteriormente
a formulação duma estratégia não implica que
esta seja realizada. A implementação da estratégia
é o processo de transformar as estratégias pretendidas em
estratégias realizadas, e composta por: integração,
estrutura organizacional, controlo e liderança.
Para a completa realização
duma estratégia, são necessárias diversas formas de
integração. Uma delas é a integração
dos elementos existentes dentro da organização, necessários
à implementação da estratégia pretendida. Outra
forma de integração é ligar as funções
aos negócios, os negócios às empresas e as operações
internacionais às multinacionais. Mas o mais crítico é
integrar os objectivos a curto prazo com os objectivos a longo prazo descritos
na missão e visão da organização.
À implementação
duma estratégia são necessários alguns requisitos
como delegação de responsabilidades, canais de comunicação,
etc. É com base nestes requisitos que os gestores estabelecem a
estrutura organizativa necessária à implementação.
Durante este processo é preciso
controlar, por duas razões: manter os esforços focados no
mesmo objectivo e para proceder a ajustes sempre que necessário,
devido ao aparecimento de imprevistos. Os meios usados pelos gestores podem
ser prémios (compensações), regras ou até mesmo
a cultura da organização que influencie o comportamento dos
seus colaboradores.
Os lideres são os arquitectos
da estrutura organizativa, os engenheiros dos sistemas de controlo da organização
são principalmente a força por detrás de implementação
duma estratégia. Usam a cultura da empresa para levar a cabo as
suas visões e para ajustar as ideias de forma a influenciar os comportamentos
e ideias dentro da organização. A ética é um
elemento crítico e é da responsabilidade do líder,
pois e um dos elementos mais importantes da cultura da empresa e necessário
à sua sobrevivência.
Planeamento
Formal e Gestão Incremental
Até aqui, já se viu que
a gestão estratégica é um processo complexo que consiste
na análise, formulação e implementação.
Gestores e trabalhadores, têm ambos papéis individuais a desempenhar,
que deve ser todo integrado de alguma forma. Os factores diversidade e
grande número de indivíduos envolvidos, são um grande
desafio em qualquer tentativa de gestão estratégica. Há
dois métodos para lidar com esta situação. Planeamento
Formal e Gestão Incremental, enquanto que o planeamento
formal procura o caminho mais curto para a organização mudar
duma situação para outra, a gestão incremental basea-se
no facto de que os gestores apesar de se mover na mesma direcção
de descrita no plano, eles movem-se em pequenos passos, testando em cada
a um a sua viabilidade e ajustando-se ao longo do caminho.
Planeamento Estratégico
Como o caminho mais rápido
entre dois pontos é uma linha recta, define-se o caminho percorrido
pela organização como um processo linear:
Fig. 3 - Evolução
e manutenção duma organização, para uma
nova estratégia, usando
Planeamento Formal
A descentralização do
poder trouxe um aumento de importância ao elemento formal. Peter
Drucker, uma das pessoas respeitadas em questões de gestão,
nos últimos trinta anos, compara o executivo e o seu plano com o
maestro a sua orquestra. O maestro não consegue tocar os instrumentos
tão bem como os músicos, verdadeiros especialistas, que são
supostos dar o seu melhor contributo. O maestro interpreta o trecho da
peça e comunica a sua lição global de como a peça
deverá ser tocada. Sem o maestro a peça sairia toda desafinada.
Em semelhança, a liderança e direcção do executivo
deve existir no plano estratégico para que a descentralização
e o trabalho individual funcionava eficazmente. Um processo de planeamento
formal é tipicamente um ciclo de actividades que leva um ano a ser
realizado. Consiste em quatro fases (ver figura 4):
1. Identificar e perceber as falhas
entre os objectivos estabelecidos e o desempenho, do passado.
2. Identificar recursos necessários
para tapar as falhas entre o actual desempenho e futuro objectivos.
3. Distribuir esses recursos.
4. Visualizar o uso dos recursos,
na mudança da organização no sentido dos objectivos.
Todas estas quatro fases requerem a
colaboração, nos quatro níveis de formulação
estratégica (negócios, funcional, em cada um dos contextos
estratégicos (ver Fig. 4).
Fig. 4 - Um processo
Típico de Planeamento Formal
Um processo de planeamento estratégico, tal como o da Fig.4,
serve para integrar a vasta gama de decisões e de acções
que a gestão estratégica requer. Quando bem feito, o planeamento
formal fornece à organização um " mapa de estradas"
que facilita a iniciativa individual.
Os executivos começam a perceber
que o seu poder consiste na habilidade de conseguir ter diversos membros
da organização com os mesmos objectivos e depois deu-lhe
liberdade (delegar) para decidirem como melhor alcançar esses objectivos.
Gestão incremental
Fig. 5 - Evolução
e manutenção duma organização, para uma
nova estratégia, usando
Gestão Incremental
Devido à incerteza relativamente
ao futuro, a maioria dos planos estratégicos são apenas linhas
mestras para orientação do trabalho de cada um, ou seja,
não é possível definir um conjunto de tarefas a realizar
por cada indivíduo. por causa destes factores, a gestão estratégica
não poderá ser vista, apenas, como o processo de desenhar
um plano e depois implementá-lo. na verdade, a maioria da gestão
é o processo de repensar e ajustar continuamente os planos e actividade
da organização.
Os gestores que, devido à falta
de informação, se recusam a adivinhar e dar a sua melhor
hipótese, gerem de maneira incremental mas com um propósito
bem definido. Estes tipo de gestão estratégica chama-se Incrementismo
Lógico e as suas seguintes características são
apresentadas de seguida.
Os gestores têm a visão
do que eles querem que a organização esteja a fazer nos próximos
anos, mas tentam avançar de forma evolutória. Conseguem fazer
isto, criando um negócio flexível, continuando a fazer tentativas
à margem disso. Tais tentativas são vistas como opostas,
pois eles sabem que o futuro é imprevisível. Em vez de tentarem
prever o futuro, eles tentam tornar-se sensíveis aos desenvolvimentos
do ambiente envolvente, procurando novas tendências. Quando encontram
novas tendências, eles procuram fazer pequenas experiências
para ver de que maneira a organização reage. Conscientes
que não podem testar todas as experiências, eles encorajam
o aparecimento de experiências semelhantes dentro da organização.
Os gestores, que não é possível a existência
de um único ponto de vista na tomada de decisões e que as
mais importantes devem ser tomadas em todos os níveis de negócio.
Contrariamente ao que possa parecer,
a gestão incremental é mais usada do que parece e os gestores
não estão assim tão desfasados uns dos outros, relativamente
aos objectivos da organização. Algumas decisões, tomadas
por estes gestores, podem parecer desligadas, mas quando se vêm como
um todo, apercebe-se que é possível estarem, todos a levar
a organização no sentido das finalidades desta.
Visão,
Missão e Objectivos
Para que o propósito da organização
seja consistente e constante ao longo do tempo, é necessário
um conjunto de valores. Tais valores deverão ser duradouros e conhecidos
dentro de toda a organização. Isto é o que está
por detrás do incrementalismo lógico, acima referido, convertendo
as acções bem orientadas o que, sem este conjunto de valores,
seriam propostas sem objectivos.
Independentemente de se adoptar o planeamento
formal ou a gestão incremental, a consistência do propósito
da organização é absolutamente essencial ao processo
de gestão estratégica. Põe-se então a questão
de como criar tal consistência. Para tal, recorre-se à hierarquia
de finalidades estratégicas - visão, missão e objectivos.
A seguinte frase ajuda a compreender a forma como estes três
conceitos se conjugam: A visão provoca o empenho, de todos,
na missão da organização, através do
trabalho realizado com base nos objectivos estratégicos.
A visão, missão e objectivos formam ideias que verificam
a energia e as forças distribuídas dentro da organização.
São portanto o ponto de partida para o planeamento formal e providenciam
a energia e o sentido de orientação necessários para
garantir que a gestão incremental culmina no progresso global.
A Visão
Na gestão estratégica,
a visão refere-se aos objectivos de mais longo prazo e mais gerais.
A visão descreve as aspirações para o futuro sem especificar
os meios para as alcançar. As visões com mais efeito são
aquelas que criam inspiração e esta inspiração
é normalmente querer mais, maior e melhor. Isso pode ser por exemplo
prestar o melhor serviço ou desenvolver o produto mais
resistente, e deve ser sempre inspirativo.
Então se as visões são
para inspirar, elas têm que ser comunicadas e possivelmente para
muitas pessoas. A comunicação da visão pode ser feita
de duas maneiras: uma mais óbvia, através da missão
e outra menos óbvia usando a liderança. Apesar de poder parecer
menos óbvia a segunda maneira é talvez a melhor, basea-se
na capacidade de persuasão da liderança, através do
comportamento dos lideres na exposição da visão.
A Missão
A visão torna-se tangível
com a definição da missão. Esta reflecte aquilo em
que um líder pensa relativamente à organização
e Às direcções que ela deve seguir. Apesar da missão
ser especifica de cada organização, a definição
da missão deve conter as respostas às seguintes questões:
-
Qual a razão da nossa existência?
Qual é o nosso propósito?
-
O que é que é a nossa organização
tem de único ou distinto?
-
Que diferenças terá o nosso
negócio daqui por 3 ou 5 anos?
-
Quem são, ou deveriam ser, os nossos
principais clientes, ou segmentos de mercado?
-
Quais são os nossos principais
produtos? E quais serão?
-
Quem são, ou deveriam ser, as nossas
principais preocupações económicas?
-
Quais são os nossos valores, aspirações
e prioridades filosóficas?
Uma definição de missão
que responda a estas questões tem as 3 seguintes vantagens:
-
Uma definição de missão
estabelece os limites que servem de orientação na formulação
da estratégia
-
Uma definição de missão
estabelece padrões para o desempenho da organização
em múltiplas dimensões
-
Uma definição de missão
sugere padrões para o comportamento ético dos indivíduos
Os Objectivos
Apesar das definições
de missão serem mais especificas do que a ideia que o visionário
tinha em mente, elas definem mesmo assim direcções pouco
concretas, ou seja, acções pouco especificadas. Portanto,
tal como a definição da missão tenta tonar a visão
mais especifica, os objectivos são tentativas de tornar a missão
mais concreta.
Os objectivos estratégicos definidos
nas diversas organizações, partilham algumas características,
as quais são de seguida apresentadas:
Objectivos que abrangem questões
lucrativas e não lucrativas
Dada a diversidade de interesses, dos
accionistas, referidos na definição da missão, não
é surpresa nenhuma que a maioria das organizações
tenha objectivos que sejam de natureza lucrativa a não lucrativa.
Objectivos que podem ser alcançados
com um esforço extra
Os melhores objectivos parecem ser
aqueles que requerem da organização um esforço suplementar,
para serem alcançados. Costumam-se chamar a estes objectivos manifestamente
importantes e quase impossíveis. Ao estabelecer contentemente
objectivos que exijam mais esforço, é mais provável
que a organização consiga atingir todo o seu potencial. Mas,
… isto não quer dizer que se deva estabelecer sempre objectivos
muito difíceis, pois objectivos irrealistas podem causar danos graves
na organização.
Objectivos que incluem a variável
"tempo"
Virtualmente, todos os objectivos requerem
a concepção temporal, se é que são para ter
alguma utilidade. A definição dos objectivos não terá
sentido se não incluírem limitações de tempo.
Objectivos que facilitam os compromissos
Dada a grande variedade de objectivos
que são definidos, alguns podem acabar por se contradizer. É
pois, preciso ter em atenção a escolha de objectivos que
não comprometam a possibilidade de encontrar um compromisso entre
duas escolhas.
Objectivos que minimizam os conflitos
Aqueles que forem bem especificados,
sem ambiguidades e que não ponham os membros da organização
em rivalidade, minimizam a possibilidade do aparecimento de conflitos.
Os objectivos são a base do comportamento cooperativo na gestão.
Se concentrarmos os esforços no progresso global da empresa, em
vez de ser nos departamentos e secções, podem-se criar relações
intraorganizacionais benéficas, tais como a partilha de informações
e recursos.
Objectivos que possam ser quantificados
Apesar de não se possível
quantificar todos os objectivos, é sempre importante visualizar
o progresso à luz dos objectivos mais importantes. Exemplo disto
é o caso das empresas onde melhorar a qualidade é um objectivo
muito importante, mas a qualidade não é nada fácil
de medir. Por esta razão, as essas empresas em vez de usar a qualidade
como um objectivo usam outros factores como reclamações na
garantia, taxas de defeitos, etc. Para conseguir definir quanto um objectivo
é quantificável, muitas empresas usam uma regra na forma
de pergunta: "Quantificando desta forma, saberemos quando alcançamos
o nosso objectivo?"
Objectivos que evitam consequências
indesejáveis
Muitos riscos se podem correr, ao definir
objectivos e maneiras de os quantificar, sem ter em conta as ramificações
dos comportamentos que este podem motivar. Se os gestores não forem
suficientemente cuidadosos, podem estar a causar comportamentos indesejáveis,
provocados pela má medido do desempenho.
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