Maconde 

Mini Caso de estudo

O que está em jogo na Maconde nos próximos anos é saber até que ponto é que a cooperação com um dos mais prestigiados fornecedores de tecidos do mundo, a Marzotto, se poderá tornar numa inovação estratégica a nível do posicionamento daquela empresa no mercado da moda masculina portuguesa e, no futuro, no próprio mercado internacional.

A colaboração com o grupo italiano estreitou-se com o lançamento de uma nova colecção para homem para o mercado nacional, denominada “Alto”, que visa, a preços verdadeiramente competitivos, servir uma solução topo de gama e mudar a imagem da Maconde em Portugal.

O objectivo é implantar uma marca de alta qualidade no “vestir português” e com um conceito “total” que vai incluir todo o tipo de roupa e peças essenciais para o bem vestir do homem.

No futuro, o desafio será a difusão internacional de uma marca própria “made in Portugal”, em parceria com grandes cadeias de retalho internacionais numa lógica de “loja dentro da loja”, estando já em curso uma maior atenção ao profissional jovem e a introdução de elementos de “merchandising” alusivos.

O facto de pessoas jovens assumirem papeis muito importantes na empresa permitiu a conjunção entre a sensibilidade do marketing e do uso das novas tecnologias, com a tradição familiar dos trapos. Esta conjunção é considerada o interface ideal entre a parte comercial e o mundo dos criativos de moda e dos tecidos, sendo fundamental para uma jovem e empreendedora gestão.

Ao entusiasmo da onda jovem juntou-se a facilitação que as chamadas novas tecnologias estão a fazer às fábricas e aos negócios de produções de bens tangíveis, como é a roupa. Os jovens empreendedores têm vindo a apoiar esta mudança estratégica através de um projecto comunitário denominado AITEAR, inserido no programa Esprit.

A introdução do uso do correio electrónico e da videoconferência nas relações com os parceiros do projecto AITEAR foi uma revolução que foi aceite com entusiasmo pelos jovens dirigentes da Maconde.
O uso de catálogos electrónicos de tecidos, a aprendizagem dos métodos de trabalho cooperativo e o desenvolvimento futuro do EDI numa plataforma Internet acelerá o relacionamento entre várias partes da cadeia de valor da confecção. A reposição rápida é uma variante do “just in time” e está na mesma onda da “resposta rápida”, hoje considerada a arma competitiva em diversos sectores industriais que vivem de satisfazer o cliente final com rapidez e qualidade total.