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Por isso, teremos que pensar e agir, não só em termos de formação futura mas também de formação contínua.

Algumas vezes temos dito - e bem - que um CIP não faz um Dirigente: sensibiliza candidatos a Dirigentes para o essencial do método, para a universalidade do escutismo, para o alto grau de responsabilidade que vão assumir.

O Ciclo de formação de responsáveis de Jovens, em vigor no C.N.E., compreende os seguintes cursos:

C.I. Curso de Introdução, destinado essencialmente aos candidatos a Dirigentes, que ainda não sejam associados.

C.I.P. Curso de Iniciação Prática destinado a todos aqueles que são chamados a exercer funções de Instrutores ou Chefes Adjuntos de Unidade.

C.A.P. Curso de Aprofun-damento Pedagógico, destinado a todos aqueles que são chamados a exercer funções de Chefe de Unidade.

Portanto, a seguir ao CIP, aquele que pensar vir a dirigir uma Unidade deve preocupar-se em frequentar o C.A.P. específico da Secção onde deseja desempenhar tal função.

E depois? - perguntareis. Depois e durante (isto é, sempre!) terás que ser tu a procurar as ocasiões de formação que tens ao teu alcance:

1. Publicações - escutistas ou não.

2. Reuniões avulsas de formação promovidas pela Junta Regional, Secretariados Dioce-sanos ou da Paróquia.

3. Reuniões de formação promovidas pelos Agrupamentos, para os seus dirigentes ou abertos a outros.

Dir-se-á que nem sempre estas reuniões de formação se realizam ou se verificam com a frequência desejável, o que é verdade (mas também é verdade que muitas vezes são ignoradas por aqueles a quem se destinam...).

Mas a nossa formação futura, para ser contínua, não pode depender apenas do que nos vem das estruturas organizativas da Associação ou da Diocese.

Teremos que ser nós, movidos pela consciência de que a formação nunca está completa, a procurarmos todos os meios para a aperfeiçoarmos.

E, neste campo, teremos de voltar à prática que se perdeu, de nos reunirmos regularmente com os outros Dirigentes da nossa Região, em reuniões destinadas à troca de experiências, ao estudo de novas metodologias que vão surgindo, à experimentação de novas técnicas, ou à reciclagem das consagradas, à simples reflexão de textos bíblicos ou outros sempre actuais, a aplicação do Método, etc.

É nestas reuniões que se faz a formação contínua dos Dirigentes (sejam patas-tenras ou patas-duras...), a formação futura e a reciclagem.

Isto, noutros tempos, fazia-se um pouco em "Patrulhas de estudo", que desapareceram não se sabe bem por quê, e a verdade é que, a par do desaparecimento, baixou a qualidade do escutismo. Simples coincidência?

Em resumo, sugerimos-te que, além das ocasiões de formação regulamentares, ou outras avulsas, que se realizarem, procures juntar-te com os outros Dirigentes - do teu Agrupamento, mas também (ainda melhor!) de Agrupamentos próximos do teu - numa primeira fase uma vez por mês (depois concluirás sobre a periodicidade desejável), com os objectivos acima definidos.

Mas não te deixes levar pela tentação de tais reuniões servirem apenas - ou princi-palmente - para se organizarem actividades para os jovens, como muitas vezes acontece. As actividades Inter-Agrupamentos, não têm nada a ver com o aperfeiçoamento da formação dos Dirigentes - ou têm muito pouco a ver com isso. São coisas diferentes, ambas muito válidas mas têm "sedes próprias".

Para ilustrarmos de forma valiosa o que acima fica dito, aí vão algumas citações de um livro que também deves ter na tua mesa de cabeceira "A ARTE DE SER CHEFE".

"A competência não é o fundamento exclusivo da autoridade do chefe. No entanto, o chefe deve desenvolver sem cessar a sua competência para estar à altura de melhor servir. A sua autoridade moral aumentará na medida em que der provas do seu valor".

É à força de prever e de preparar que alguém se torna capaz de improvisar, quando as circunstâncias o exigem. Pelo contrário, se, deliberadamente, alguém se abandona à inspiração do momento, expõe-se à derrota".

"Antes de tudo, há que proceder à avaliação das pessoas, como duma casa, para ver o que valem".

"Um homem, que se encontra perante uma missão que o ultrapassa, sente-se ridículo e incapaz; um homem que está no lugar que lhe convém parece sempre inteligente"

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E ainda , leiamos B.P. no AUXILIAR DO CHEFE ESCUTA (também livro de mesa de cabeceira):

"A tarefa do Chefe-Escuta é como o golfe ou a ceifa ou a pesca à mosca. Quem se apressa não chega ao fim, pelo menos não chega com o resultado que se obtém com o andamento alegre e calmo. Mas é preciso andar. De nada serve estar parado. Não há alternativa: é progresso ou inércia. Avancemos e com o sorriso no rosto".

Se, com estas longas linhas, consegui despertar os Dirigentes da minha Região para a necessidade de uma avaliação e formação contínua, sinto-me feliz. Se não o consegui...vou fazer a minha auto-avaliação.

Deixo para os mais audazes e interessados a "Formula da Vida de Um Dirigente":

No próximo número explicarei esta fórmula.

 

Ap = FA + AP
               J

 

Sempre Alerta Para Servir

Manuel Silva

 

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